De acordo com o 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), viaturas foram acionadas para verificar a informação de que os veículos com oito ocupantes estavam parados próximo ao cruzamento da Beira Valão com avenida Nilo Peçanha. Populares disseram que os demais envolvidos estariam em dois carros, um Corolla cinza e um Jeep preto, no sinal do cruzamento com a avenida 28 de Março. Após revista, foi constatado que três deles estavam armados.
Ainda segundo a PM, os militares detidos estavam com suspeitos com diversas passagens judiciais, o que seria contra o regimento interno da corporação e, por isso, foram enquadrados segundo o mesmo regimento e encaminhados e escoltados até suas unidades, tendo identidades e armas recolhidas.
Um segundo resumo chegou à redação da Folha da Manhã, como sendo da 6ª DPJM, revelando que, por volta das 11h, a chefia da unidade foi acionada por um promotor público, que informou que policiais militares à paisana, em companhia de cidadãos civis, estavam em veículos estacionados em frente a um condomínio onde mora um juiz.
Uma equipe teria verificado que um subtenente do 35º BPM (Itaboraí) estaria portando uma pistola calibre 380 com cinco munições; um segundo sargento da reserva da Polícia Militar, lotado em setor administrativo, portando um revólver calibre 38; e um terceiro sargento de batalhão não identificado, portando um revólver calibre 38. Eles estariam em um Corolla e um JEEP Cherokee, acompanhados de outras quatro pessoas. Verificaram ainda que as armas estavam em situação regular e que nada de ilícito teria sido encontrado, mas os três teriam entrado em contradição e apresentado versões diferentes. O primeiro teria alegado estar a passeio e depois teria dito que estaria fazendo segurança de um dos civis que seria empresário. Um civil apontado pelos militares teria dito que estaria na cidade para receber uma quantia em dinheiro, mas não disse quem iria pagar ou qual a quantia.
Suposto miliciano do RJ estaria no grupo
De acordo com o resumo da Polícia Militar, teria sido constatado que quatro dos detidos já teriam passagens por homicídio, formação de quadrilha, extorsão, entre outros crimes e que outro suspeito teria fugido do local. Os policiais detidos teriam se reservado ao direito de se manterem calados e, após condução à 134ª DP, teriam sido escoltados às suas unidades.
O homem que conseguiu fugir seria um miliciano da comunidade de Gardênia Azul, no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste do RIO DE JANEIRO, preso em 2012 em ação que contou com apoio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra a milícia chefiada por um ex-vereador local. Preso desde 2009, à época, ainda controlaria a atividade no local. Ele foi apontado como responsável por cobrança de taxas de moradores e comerciantes da comunidade.
A Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil foram questionadas pela equipe de reportagem, mas não enviaram resposta até o fechamento desta edição. A assessoria da Polícia Militar respondeu apenas que “de acordo com a 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, na tarde de quarta-feira, três policiais militares foram abordados por uma equipe do 8º BPM quando estavam com outras quatro pessoas na avenida 28 de Março, no Centro de Campos. O grupo foi revistado e verificou-se que entre as quatro pessoas, algumas tinham anotações criminais. Todos foram conduzidos para a 134ª DP e em seguida os policiais foram levados para prestar esclarecimentos na 6ª DPJM, sendo então encaminhados para suas respectivas unidades, onde estão presos administrativamente para que seja dado prosseguimento ao procedimento apuratório interno”.
Folha da Manha/Show Francisco
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