quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Manifestantes ocupam Alerj e pedem saída de Pezão e prisão de Cabral

Eles conseguiram ingressar no plenário da Alerj, mas não conseguiram falar com o presidente da Casa
Foto: Divulgação

Um grupo de manifestantes que ocupou o prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde de hoje (8), em protesto contra o pacote de medidas econômicas do governo do estado, desocupou o prédio pacificamente, às 17h, após cerca de duas horas de manifestação.

A maioria dos manifestantes era de representantes de policiais, bombeiros e agentes penitenciários. Eles ocuparam o plenário da Alerj e discursaram contra as medidas de corte de gastos.

Manifestantes ocupam Alerj

Manifestantes discursam neste momento em frente em Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa (Alerj) que permanece cercado por representações de servidores de diferentes categorias que repudiam o projeto com o pacote de medidas para combater a crise do Estado enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à Casa de leis. Um grupo que se reunia nas escadarias da Alerj conseguiu derrubar os tapumes e entrou no Palácio Tiradentes. Pouco depois, os manifestantes ocuparam o plenário.

Uma parte dos manifestantes conseguiu ingressar no plenário da Alerj, mas não conseguiu falar com o presidente da Casa, deputado Jorge Picciani, que se encontra reunido com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, Marfan Vieira.

Com palavras de ordem, os manifestantes querem o impeachment de Pezão, por crime de responsabilidade, e pedem ainda a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), apontado como principal causador do rombo nas finanças do Estado.

Os organizadores do movimento fizeram uma petição on line pela qual pretendem reunir 15 mil assinaturas pelo impeachment do atual governador.

Representantes dos policiais falam em deflagrar uma paralisação por tempo indeterminado.

A sala gabinete do deputado Wagner Montes encontra-se completamente destruída. Os manifestantes alegam que “tudo foi forjado para incriminar os manifestantes”.

“Alguém tem que pagar por isso e não seremos nós. Até isenção de tributos para prostíbulos eles deram e agora querem avançar sobre nossos direitos. Já não basta os atrasos de salários, o 13º parcelado, com servidores passando até fome. Não vamos recuar. Queremos a retirada de pauta deste projeto. Ou o governo retira este projeto ou tudo pode acontecer. Não vamos recuar…”, disse o representante dos policiais, Fábio Neira, a uma emissora de rádio.

O protesto é calculado em cerca de 13 mil pessoas que se aglomeram em torno do prédio da Alerj.

Caso de polícia


Em nota, o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), disse que a “a invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao Estado Democrático de Direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de Justiça e não vai impedir o funcionamento do parlamento”.

Segundo Picciani, os prejuízos ao patrimônio público serão “registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados”.
Show Francisco

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