sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Após Chapecó, corpo de Bruno Rangel segue para Campos



Matheus Berriel e Camilla Silva/Foto: Reprodução

Morto no acidente que vitimou 71 pessoas no voo da Chapecoense, o atacante Bruno Rangel, maior artilheiro da história do clube, será sepultado em Campos. A família ainda não tem informação precisa quanto ao dia e local do sepultamento. A previsão é de que o corpo do atacante chegue a Campos no sábado (3), e que seja conduzido por um carro do Corpo de Bombeiros no trajeto entre o Aeroporto Bartolomeu Lisandro e local do velório. Em sessão realizada na tarde de quinta-feira (1), o presidente da Câmara de Vereadores, Edson Batista, anunciou que o salão da instituição estava disponível para a realização do velório do atleta, mas Joelson Rangel, irmão de Bruno, afirmou que deve acontecer provavelmente na Igreja Batista do Parque Prazeres.

Na noite desta quarta, no horário previsto para o jogo entre Atlético Nacional e Chapecoense, as torcidas prestaram homenagem aos mortos, tanto no Brasil quanto na Colômbia. Na Arena Condá, torcedores do clube catarinense fizeram uma oração, acompanharam um vídeo de homenagem enviado pelos torcedores colombianos e cantaram o hino da Chape. No estádio Atanasio Girardot, vestidos de branco, torcedores do Atlético cantaram: “Vamos, vamos, Chape”.

Em Campos, na praça do Santíssimo Salvador, desportistas e amigos de Bruno se reuniram em oração, levando flores e velas.

Familiares do jogador iriam à Bolívia para o reconhecimento do corpo, mas não foi necessário. Joelson, irmão de Bruno, viajou para Chapecó, onde um velório coletivo acontecerá na Arena Condá, estádio da Chapecoense, também sem definição de data e horário.

O governo da Colômbia deve liberar os corpos nas próximas horas e eles seguirão para Chapecó. “Ainda não temos previsão da chegada desses corpos. Vai ter uma cerimônia no clube e só depois serão liberados para as cidades”, disse Joelson.

Em entrevista a um site, Girlene Rangel, viúva de Bruno, disse que, na noite anterior ao acidente, ficou esperando uma ligação do marido para avisar sobre a chegada a Medellín, mas foi surpreendida pela notícia da tragédia na televisão. “Eu estou sem chão”, disse.

Velório coletivo no sábado

O presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, informou que o velório de vítimas da tragédia com o voo da delegação do clube vai ocorrer na manhã de sábado (3).

Tozzo recebeu por telefone a nova previsão de chegada dos aviões da Força Aérea Brasileira na tarde desta quinta. Eles devem pousar em Chapecó entre meia-noite e seis da manhã de sábado.

– Pela informação que recebi, os corpos vão chegar na madrugada de sábado. Então, provavelmente, o cerimonial será feito no sábado pela manhã. Pelo que recebi em um telefonema agora, entre meia noite e seis da manhã de sábado os corpos vão chegar. Os corpos foram todos identificados, estão na funerária passando pelo embalsamamento e vão chegar aqui nesse horário – afirmou Tozzo.

Em áudio, piloto revela a falta de combustível

Um áudio de 11 minutos, divulgado nesta quarta pela Blu Radio, da Colômbia, revela pedidos insistentes para pousar do piloto do avião que transportava a delegação da Chapecoense. A conversa seria a última que ele teve com a torre de controle do aeroporto.

Na gravação, Miguel Quiroga, que pilotava o Avro RJ85, relata falta de combustível e pede várias vezes para pousar momentos antes do acidente. O primeiro pedido acontece aos dois minutos da gravação.

Uma controladora responde que a “próxima chance” para pouso seria em sete minutos, porque havia emergência com outra aeronave. Assim, ela ordena para que o avião que transportava a Chape permaneça no ar. Em seguida, autoriza a aproximação da outra aeronave.

Depois, a torre avisa que o avião da Chapecoense está a 8.2 milhas (cerca de 13 quilômetros) da pista. Na próxima pergunta sobre altitude, o piloto não se comunica mais.
Show Francisco

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