quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Após velório coletivo, corpo de Bruno virá para Campos


Matheus Berriel/Foto: Divulgação

Morto no acidente que vitimou 71 pessoas no voo da Chapecoense, o atacante Bruno Rangel, maior artilheiro da história do clube, será sepultado em Campos. A família ainda não tem informação precisa quanto ao dia do sepultamento.

O corpo do atacante chegará a Campos entre sexta-feira (dia 2) e sábado (dia 3), sendo conduzido por um carro do Corpo de Bombeiros no trajeto entre o Aeroporto Bartolomeu Lisandro e a Câmara Municipal, onde ocorrerá o velório. Segundo José Paulo, irmão de Bruno, a família ainda não decidiu onde ocorrerá o sepultamento.

Na noite desta quarta, no horário previsto para o jogo entre Atlético Nacional e Chapecoense, as torcidas prestaram homenagem aos mortos, tanto no Brasil quanto na Colômbia. Na Arena Condá, torcedores do clube catarinense fizeram uma oração, acompanharam um vídeo de homenagem enviado pelos torcedores colombianos e cantaram o hino da Chape. No estádio Atanasio Girardot, vestidos de branco, torcedores do Atlético cantaram: “Vamos, vamos, Chape”.

Em Campos, na praça do Santíssimo Salvador, desportistas e amigos de Bruno se reuniram em oração, levando flores e velas.

Familiares do jogador iriam à Bolívia para o reconhecimento do corpo, mas não foi necessário. Joelson, irmão de Bruno, viajou para Chapecó, onde um velório coletivo acontecerá na Arena Condá, estádio da Chapecoense, também sem definição de data e horário.

O governo da Colômbia deve liberar os corpos nas próximas horas e eles seguirão para Chapecó. “Ainda não temos previsão da chegada desses corpos. Vai ter uma cerimônia no clube e só depois serão liberados para as cidades”, disse Joelson.

Em entrevista a um site, Girlene Rangel, viúva de Bruno, disse que, na noite anterior ao acidente, ficou esperando uma ligação do marido para avisar sobre a chegada a Medellín, mas foi surpreendida pela notícia da tragédia na televisão. “Eu estou sem chão”, disse.

Em áudio, piloto revela a falta de combustível

Um áudio de 11 minutos, divulgado nesta quarta pela Blu Radio, da Colômbia, revela pedidos insistentes para pousar do piloto do avião que transportava a delegação da Chapecoense. A conversa seria a última que ele teve com a torre de controle do aeroporto.
Na gravação, Miguel Quiroga, que pilotava o Avro RJ85, relata falta de combustível e pede várias vezes para pousar momentos antes do acidente. O primeiro pedido acontece aos dois minutos da gravação.

Uma controladora responde que a “próxima chance” para pouso seria em sete minutos, porque havia emergência com outra aeronave. Assim, ela ordena para que o avião que transportava a Chape permaneça no ar. Em seguida, autoriza a aproximação da outra aeronave.

Depois, a torre avisa que o avião da Chapecoense está a 8.2 milhas (cerca de 13 quilômetros) da pista. Na próxima pergunta sobre altitude, o piloto não se comunica mais.
Fmanha/Show Francisco

Nenhum comentário: