Aldir Sales e Arnaldo Neto/Foto: Leitor/Rodrigo Silva
O sábado foi de sol em Atafona e, apesar do calor, os trabalhos de demolição da caixa d’água, um dos símbolos do distrito, continua. A Defesa Civil notificou a Cedae, responsável pela estrutura, sobre a interdição no dia 22 de setembro. Desde o início de dezembro o processo de demolição por martelete foi iniciado com o objetivo de não levar danos aos imóveis vizinhos.
Um das referências de Atafona, a caixa d’água da Cedae está com a estrutura comprometida pela força da ação do mar, que há décadas avança no litoral sanjoanense. Inicialmente, a Prefeitura chegou a determinar que a demolição ocorresse até o dia 30 de setembro. No entanto, a companhia teria pedido dilatação do prazo para a retirada de equipamentos como bombas e tubulações. Enquanto isso, o acesso à caixa d’água ficou proibido à população.
O abastecimento foi garantido pela empresa e vem sendo feito a partir de um poço aberto na chegada da praia.
Jornalista, membro da Academia Campista de Letras e pesquisador da história de Atafona, João Noronha comentou sobre a construção do primeiro reservatório e a necessidade do atual.
— O campista governador (1966-1967) do Estado do Rio de Janeiro Teotônio Ferreira de Araújo (1918-1978) implementou o sistema de saneamento e água encanada até o antigo Pontal. Com o aumento populacional de Atafona, a primeira caixa d’água não estava dando vazão para a demanda. Foi então que no final dos anos 1980, início dos anos 1990, foi construída a segunda caixa d’água, essa que está comprometida hoje. A estrutura dela é de concreto e com cisternas que funcionam como reservatório abaixo dela — explicou o pesquisador.
Fmanha/Show Francisco
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