Preso em novembro, ex-governador Sérgio Cabral é um dos investigados
O DIA
Rio - A Polícia Federal concluiu, na tarde desta sexta-feira, a 1ª fase da Operação Calicute e indiciou 16 pessoas durante as investigações, inclusive o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e aliados. Etapa da Operação Lava Jato em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, a ação tem objetivo de apurar o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo estado. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.
Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, foi preso por agentes da PFReprodução Internet
De acordo com informações da PF, os indiciados vão responder por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A polícia afirmou ainda que outros inquéritos serão instaurados para que haja maior aprofundamento na investigação.
A Operação Calicute também tem como foco analisar o esquema de corrupção envolvendo a construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish. Delatores citaram o nome de Cabral e o relacionaram a recebimento de propinas milionárias. O ex-governador foi preso no dia 17 de novembro em casa, no Leblon, Zona Sul do Rio, e foi hostilizado por moradores nas ruas.
Naquela ocasião, outros aliados também foram presos: Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, braço direito de Cabral desde os anos 1990 como secretário de governo do Rio; Hudson Braga, ex-secretário de obras do ex-governador e um dos coordenadores da campanha do atual governador Luiz Fernando Pezão; Luiz Carlos Bezerra; Carlos Miranda, sócio de Cabral na SCG Comunicação; Wagner Jordão Garcia; ex-assessor; Alex Sardinha da Veiga; José Orlando Ribeiro e Luiz Paulo Reis.
Nesta sexta-feira, o RJTV, da Rede Globo, revelou ainda a relação de Carlos Miranda, apontado como operador do esquema, com o presidente eleito do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Aloysio Neves. A reportagem mostrou que 2012 e 2015, as declarações de Neves e Cabral foram feitas do mesmo computador de Miranda. Na quinta-feira, Nusia Ancelmo Mansur, pediu exoneração da Corte, e ontem foi a vez de Fanny Maya. Ela é tia de Adriana Ancelmo.
Justiça bloqueia R$ 1 bi de Cabral
A Justiça do Rio bloqueou R$ 1 bilhão em bens de Cabral, da empresa multinacional Michelin e de outras cinco pessoas. A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público, depois que a Justiça considerou irregular a concessão de incentivos fiscais de R$ 1,03 bilhão à Michelin pelo governo do estado, a partir de 2010.
Tanto Cabral quanto a Michelin haviam sido condenados, em outubro deste ano, pela 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio a ressarcir os cofres públicos pela concessão irregular de benefícios do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na época da condenação, Cabral divulgou nota, por meio de sua assessoria de imprensa, considerando a decisão judicial equivocada, já que, segundo ele, o incentivo permitiu que a Michelin consolidasse suas fábricas dentro do estado e, o que triplicou o ICMS pago.
Além de Cabral e da Michelin, tiveram seus bens bloqueados o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Júlio Bueno, o ex-presidente da agência estadual de fomento InvesteRio Maurício Chacur,a ex-diretora de operação da InvesteRio, Roberta Simões Araújo, a ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio - Codin Maria da Conceição Lopes Ribeiro e Pedro Paulo Novellino do Rosário, então diretor da Codin.
De acordo com informações da PF, os indiciados vão responder por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A polícia afirmou ainda que outros inquéritos serão instaurados para que haja maior aprofundamento na investigação.
A Operação Calicute também tem como foco analisar o esquema de corrupção envolvendo a construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish. Delatores citaram o nome de Cabral e o relacionaram a recebimento de propinas milionárias. O ex-governador foi preso no dia 17 de novembro em casa, no Leblon, Zona Sul do Rio, e foi hostilizado por moradores nas ruas.
Naquela ocasião, outros aliados também foram presos: Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, braço direito de Cabral desde os anos 1990 como secretário de governo do Rio; Hudson Braga, ex-secretário de obras do ex-governador e um dos coordenadores da campanha do atual governador Luiz Fernando Pezão; Luiz Carlos Bezerra; Carlos Miranda, sócio de Cabral na SCG Comunicação; Wagner Jordão Garcia; ex-assessor; Alex Sardinha da Veiga; José Orlando Ribeiro e Luiz Paulo Reis.
Nesta sexta-feira, o RJTV, da Rede Globo, revelou ainda a relação de Carlos Miranda, apontado como operador do esquema, com o presidente eleito do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Aloysio Neves. A reportagem mostrou que 2012 e 2015, as declarações de Neves e Cabral foram feitas do mesmo computador de Miranda. Na quinta-feira, Nusia Ancelmo Mansur, pediu exoneração da Corte, e ontem foi a vez de Fanny Maya. Ela é tia de Adriana Ancelmo.
Justiça bloqueia R$ 1 bi de Cabral
A Justiça do Rio bloqueou R$ 1 bilhão em bens de Cabral, da empresa multinacional Michelin e de outras cinco pessoas. A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público, depois que a Justiça considerou irregular a concessão de incentivos fiscais de R$ 1,03 bilhão à Michelin pelo governo do estado, a partir de 2010.
Tanto Cabral quanto a Michelin haviam sido condenados, em outubro deste ano, pela 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio a ressarcir os cofres públicos pela concessão irregular de benefícios do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na época da condenação, Cabral divulgou nota, por meio de sua assessoria de imprensa, considerando a decisão judicial equivocada, já que, segundo ele, o incentivo permitiu que a Michelin consolidasse suas fábricas dentro do estado e, o que triplicou o ICMS pago.
Além de Cabral e da Michelin, tiveram seus bens bloqueados o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Júlio Bueno, o ex-presidente da agência estadual de fomento InvesteRio Maurício Chacur,a ex-diretora de operação da InvesteRio, Roberta Simões Araújo, a ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio - Codin Maria da Conceição Lopes Ribeiro e Pedro Paulo Novellino do Rosário, então diretor da Codin.
Show Francisco
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