A vinda de uma DH prova que tem muita gente matando e morrendo
POR GIRLANE RODRIGUES
Números de homicídios em Campos deixa a criminalidade em cidades da Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio para trás
Para cada 100 mil habitantes da região de Campos, 46,42 pessoas foram assassinadas entre janeiro e novembro de 2016. Esses números colocam a cidade no auge de um ranking de violência que deixa a criminalidade em cidades da Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio, por exemplo, atrás da área do 8º Batalhão de Polícia Militar. Esses dados alarmantes fizeram com que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovasse um orçamento para 2017 destinado à construção de uma delegacia especializada em investigação de homicídios (DH) em Campos. Será a segunda no interior, já que a primeira será construída em Macaé.
A proposta foi apresentada pela comissão de segurança pública e assuntos de polícia da Alerj. Em 2016 ficou decidido que uma DH seria construída em Macaé e que Campos e Cabo Frio receberiam núcleos da delegacia especializada. Mas, o vice-presidente da bancada, Bruno Dauaire, fez uma emenda para a construção de outra DH em Campos. “Campos, por si só tem um índice grande de criminalidade. Por isso o ideal é aqui tenha também uma sede própria da delegacia, com toda estrutura e materiais físico e humano”, disse Bruno.
O parlamentar explica que o orçamento aprovado foi de R$ 200 mil e que na cidade já há delegados capacitados para assumir a função e um espaço pré-definido para o funcionamento da DH, nos altos da 134ª Delegacia Legal. A DH de Campos também atenderia a região Noroeste do estado.
Números assustam
Segundo dados do gabinete do parlamentar, a área do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Campos) que abrange, ainda, os municípios de São João da Barra, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana registra mais mortes para cada 100 mil habitantes do que a área do 20º BPM que compreende as cidades de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense. Lá, a média de homicídios foi de 41.44 casos para cada 100 mil habitantes em 2016.
O levantamento do gabinete ainda identificou que na cidade de Duque de Caxias com população estimada em 886.917 mil habitantes, foram registrados 39,23 assassinatos para cada grupo de 100 mil moradores.
Delegado Geraldo Rangel considera positiva a instalação de uma DH na cidade
Visão técnica
O delegado Geraldo Rangel, titular da 134ª Delegacia Legal do Centro de Campos considera positiva a instalação de uma DH na cidade, embora não tenha sido comunicado da aprovação desse orçamento para Campos. Segundo ele “a DH foca no tipo do crime e os policiais são treinados para investigar esse tipo criminal e pode desenvolver o trabalho muito mais técnico e específico”. Com a investigação mais precisa e os resultados de prisões alcançados, a sensação de impunidade diminui e, conseqüentemente, a criminalidade também.
Estatísticas criminais
Entre janeiro e novembro de 2016 – último mês em que o Instituto de Segurança Pública divulgou – 286 pessoas foram assassinadas na área do 8º BPM. Este número inclui os crimes de homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e auto de resistência (mortes em ações policiais). Neste mesmo período, 365 foram vítimas de atentados violentos. De acordo com o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Campos), tenente-coronel Fabiano de Souza Santos, a implantação de uma Delegacia de Homicídios em Campos vai ajudar muito o trabalho da PM. Segundo ele, só em janeiro de 2017, 15 assassinatos foram registrados na área do 8º BPM.
Criminalidade em alta
Ano passado, a violência no município fez mais vítimas. No fim do ano, mais precisamente no dia 22 de dezembro, o agente de endemias José Cláudio Viana Alves, conhecido como Cacá, foi vítima de latrocínio. Ele estava próximo de casa, na esquina da Avenida Alberto Torres com rua Alfredo Salgado, no Parque Correntes quando dois criminosos em uma moto roubaram os pertences dele. De acordo com a polícia, a vítima reagiu. Ele foi atingido a tiros, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu. Os suspeitos foram presos.
Outro crime que chamou atenção em Campos em 2016 foi o assassinato de um casal, no Parque Aurora. Na madrugada do dia 14 de dezembro, os idosos Dilma Pinto Basílio, de 59 anos e Isaías Correa, de 58, foram surpreendidos dentro de casa por dois bandidos. Eles foram – segundo a polícia – covardemente assassinados com mais de 10 tiros na cabeça e corpo enquanto dormiam.
O delegado Pedro Emílio Braga, adjunto da 134ª Delegacia Policial, informou que o crime teve ligação com o tráfico de drogas, já que traficantes da região acreditavam que o casal seria informante da polícia e assassinou os dois. “Na realidade, o casal não era informante da polícia”, garantiu Pedro Emílio. Dias após o crime, quatro suspeitos foram presos pela polícia.
POR GIRLANE RODRIGUES
Números de homicídios em Campos deixa a criminalidade em cidades da Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio para trás
Para cada 100 mil habitantes da região de Campos, 46,42 pessoas foram assassinadas entre janeiro e novembro de 2016. Esses números colocam a cidade no auge de um ranking de violência que deixa a criminalidade em cidades da Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio, por exemplo, atrás da área do 8º Batalhão de Polícia Militar. Esses dados alarmantes fizeram com que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovasse um orçamento para 2017 destinado à construção de uma delegacia especializada em investigação de homicídios (DH) em Campos. Será a segunda no interior, já que a primeira será construída em Macaé.
A proposta foi apresentada pela comissão de segurança pública e assuntos de polícia da Alerj. Em 2016 ficou decidido que uma DH seria construída em Macaé e que Campos e Cabo Frio receberiam núcleos da delegacia especializada. Mas, o vice-presidente da bancada, Bruno Dauaire, fez uma emenda para a construção de outra DH em Campos. “Campos, por si só tem um índice grande de criminalidade. Por isso o ideal é aqui tenha também uma sede própria da delegacia, com toda estrutura e materiais físico e humano”, disse Bruno.
O parlamentar explica que o orçamento aprovado foi de R$ 200 mil e que na cidade já há delegados capacitados para assumir a função e um espaço pré-definido para o funcionamento da DH, nos altos da 134ª Delegacia Legal. A DH de Campos também atenderia a região Noroeste do estado.
Números assustam
Segundo dados do gabinete do parlamentar, a área do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Campos) que abrange, ainda, os municípios de São João da Barra, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana registra mais mortes para cada 100 mil habitantes do que a área do 20º BPM que compreende as cidades de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense. Lá, a média de homicídios foi de 41.44 casos para cada 100 mil habitantes em 2016.
O levantamento do gabinete ainda identificou que na cidade de Duque de Caxias com população estimada em 886.917 mil habitantes, foram registrados 39,23 assassinatos para cada grupo de 100 mil moradores.
Delegado Geraldo Rangel considera positiva a instalação de uma DH na cidade
Visão técnica
O delegado Geraldo Rangel, titular da 134ª Delegacia Legal do Centro de Campos considera positiva a instalação de uma DH na cidade, embora não tenha sido comunicado da aprovação desse orçamento para Campos. Segundo ele “a DH foca no tipo do crime e os policiais são treinados para investigar esse tipo criminal e pode desenvolver o trabalho muito mais técnico e específico”. Com a investigação mais precisa e os resultados de prisões alcançados, a sensação de impunidade diminui e, conseqüentemente, a criminalidade também.
Estatísticas criminais
Entre janeiro e novembro de 2016 – último mês em que o Instituto de Segurança Pública divulgou – 286 pessoas foram assassinadas na área do 8º BPM. Este número inclui os crimes de homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e auto de resistência (mortes em ações policiais). Neste mesmo período, 365 foram vítimas de atentados violentos. De acordo com o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Campos), tenente-coronel Fabiano de Souza Santos, a implantação de uma Delegacia de Homicídios em Campos vai ajudar muito o trabalho da PM. Segundo ele, só em janeiro de 2017, 15 assassinatos foram registrados na área do 8º BPM.
Criminalidade em alta
Ano passado, a violência no município fez mais vítimas. No fim do ano, mais precisamente no dia 22 de dezembro, o agente de endemias José Cláudio Viana Alves, conhecido como Cacá, foi vítima de latrocínio. Ele estava próximo de casa, na esquina da Avenida Alberto Torres com rua Alfredo Salgado, no Parque Correntes quando dois criminosos em uma moto roubaram os pertences dele. De acordo com a polícia, a vítima reagiu. Ele foi atingido a tiros, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu. Os suspeitos foram presos.
Outro crime que chamou atenção em Campos em 2016 foi o assassinato de um casal, no Parque Aurora. Na madrugada do dia 14 de dezembro, os idosos Dilma Pinto Basílio, de 59 anos e Isaías Correa, de 58, foram surpreendidos dentro de casa por dois bandidos. Eles foram – segundo a polícia – covardemente assassinados com mais de 10 tiros na cabeça e corpo enquanto dormiam.
O delegado Pedro Emílio Braga, adjunto da 134ª Delegacia Policial, informou que o crime teve ligação com o tráfico de drogas, já que traficantes da região acreditavam que o casal seria informante da polícia e assassinou os dois. “Na realidade, o casal não era informante da polícia”, garantiu Pedro Emílio. Dias após o crime, quatro suspeitos foram presos pela polícia.
Terceira Via/Show Francisco
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