Daniela Abreu/Foto: Divulgação
O ministério da Educação (MEC) anunciou nessa quinta-feira (12) um reajuste de 7,64% para os professores, já a partir deste mês. A medida aumenta em R$ 163,18 os salários de profissionais da educação base, passando dos atuais R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. O reajuste deste ano é inferior ao do ano passado, que foi de 11,36% e, embora o MEC enfatize que é um aumento real acima da inflação de 2016, que fechou o ano em 6,29%, para os representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), não foi motivo de comemoração.
Após o anúncio, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que “é algo importante porque significa, na prática, a valorização do papel do professor, que é central na garantia de uma boa qualidade da educação. Não se pode ter uma educação de qualidade se não tivermos professores bem remunerados e motivados”.
Para a coordenadora do Sepe em Campos, Graciete Santana, o indicado seria que o Estado do Rio de Janeiro e os municípios adotassem o mesmo índice para reajustar os salários aplicados. Ela disse que o Estado paga R$ 1.106,00 por 16 horas de trabalho, mas que a reivindicação da categoria, no ano passado, durante o período de greve, foi de que o Estado adotasse o índice nacional, já que as perdas salariais com a inflação são superiores à reposição.
— Se o Estado e os municípios tivessem reposto o índice apontado pelo MEC, nós não teríamos sofrido tantas perdas ao longo dos anos — disse a coordenadora, apontando que a situação dos professores do município é a mesma do Estado.
Seguindo a linha da explicação dada por Graciete, questionado sobre o impacto do reajuste nas contas do Estado em tempos de crise, a secretaria de Estado de Fazenda informou que “o Estado do Rio já paga acima do piso há alguns anos” e que, por isso, não haverá impacto na economia.
A Prefeitura de Campos também foi questionada sobre o assunto, mas não enviou resposta.
Fmanha/Show Francisco
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