quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Chuvas em Minas e SP aumentam nível dos rios da região

Segundo Defesa Civil, o aumento ainda não gera riscos de transbordamento em Campos, Itaperuna e Cardoso Moreira
POR ULLI MARQUES


Medição do Rio Paraíba do Sul (Foto: Silvana Rust)

Os órgãos de Defesa Civil de Campos, Itaperuna e Cardoso Moreira afirmaram que as recorrentes chuvas na Zona da Mata Mineira e na região do Baixo Paraíba não devem ser suficientes para ocasionar o transbordo do Rio Paraíba do Sul e do Rio Muriaé, que cortam esses municípios. Segundo os especialistas, a medição do nível dos rios está dentro da normalidade, embora haja previsão para tempestades nessas regiões até domingo (26).

Em Campos, o nível do Rio Paraíba do Sul esteve em 6,35 metros nesta terça-feira (7) e o transbordo só acontece quando ultrapassa os 10 metros. Já em Itaperuna, o Rio Muriaé esteve com a cota de 2,90 metros, o que a Defesa Civil do município considera uma faixa de “vigília” ou “observação simples”, isto é, não representa perigo. Em Cardoso Moreira, a Defesa Civil não soube informar o nível exato do Rio Muriaé, que também corta a cidade, mas, de acordo com o órgão, a situação está “tranquila” e “não há riscos”.

O subcomandante da Secretaria de Defesa Civil em Campos, major Edisson Pessanha, informou que a previsão é de chuva pelo menos até quinta-feira (9) e que o Rio Paraíba do Sul pode encher ao longo da semana, mas a cota não deve ultrapassar os limites da “normalidade”, segundo ele. Quanto à chuva de segunda-feira (6), o major disse que não houve alagamentos ou ocorrências no município.

A Defesa Civil de Itaperuna também esclareceu que a cota de transbordo do Rio Muriaé é em 4m20. Somente em uma hora de chuva na segunda-feira, o rio encheu 36 centímetros, o que é considerado um número alto, porém ainda não representa risco de transbordamento. “Quando o rio ultrapassa o limite de 2m90, os agentes já ficam em estado de alerta e quando chega à cota de transbordo, é considerada situação de alarme. Mas antes de chegar a esse ponto, nós fazemos trabalhos de prevenção nas áreas mais baixas”, explicou o supervisor da DC.


Alagamento na BR-356 (Foto: Reprodução)

Quanto ao vídeo do alagamento na BR-356 compartilhado nas redes sociais e reproduzido no Jornal Terceira Via, o órgão esclareceu que a rodovia federal possui pontos com “grandes depressões” e que é comum que haja um pequeno acumulo de água nesses locais durante as chuvas. “Essa situação só é considerada preocupante quando a água atravessa os dois lados na rodovia e quando o nível do alagamento ultrapassa o eixo da roda dos automóveis, mas não foi o que ocorreu ontem”, disse o supervisor.

Sobre possíveis deslizamentos, a Defesa Civil de Itaperuna disse que a Prefeitura ainda não possui equipamentos para monitorar e precisar o risco de queda de barrancos ou encostas, mas existe um trabalho de observação e prevenção dessas situações. “O risco geológico é mais grave que o risco hídrico, porque enchente é menos perigosa, no sentido de tirar a vida, do que uma queda de encosta. Mas sempre que percebemos que a chuva está forte e que há possibilidade de deslizamento, nós alertamos as famílias que vivem nas áreas de risco”, concluiu.
Terceira Via/Show Francisco

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