quinta-feira, 11 de maio de 2017

Rio terá força-tarefa federal contra o crime organizado

O plano, que tem as assinaturas dos ministérios da Defesa e da Justiça, do Gabinete de Segurança Institucional e da Casa Civil, será apresentado hoje ao presidente Michel Temer

O governo federal vai criar uma força-tarefa exclusiva para combater o crime organizado no Rio, com o objetivo de prender chefes do tráfico de drogas e contrabandistas de armas de guerra. O plano, que tem as assinaturas dos ministérios da Defesa e da Justiça, do Gabinete de Segurança Institucional e da Casa Civil, será apresentado hoje ao presidente Michel Temer e ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, durante uma reunião à tarde no Palácio do Planalto, em Brasília. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) coordenará um núcleo dentro da operação, que atuará de forma sistêmica na segurança pública do estado, buscando resultados em curto prazo, mas pensando em efeitos de média e longa duração.

Os ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen; da Defesa, Raul Jungmann; e da Justiça e Segurança Pública, Osmar Serraglio, levarão a Temer uma proposta que inclui combater o tráfico em favelas e regiões de fronteiras, acabar com a lavagem de dinheiro de bandidos e apreender armas, especialmente fuzis.

Alimentação e hospedagem

Apesar de 300 agentes da Força Nacional terem chegado ao Rio há dois dias, nenhuma autoridade soube dizer, ontem, quando eles irão reforçar o policiamento nas ruas. Segundo o Ministério da Justiça, os militares ainda terão que passar por treinamentos no Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Por dia, o governo federal gasta R$ 224 com cada agente, para pagar alimentação e hospedagem. O grupo deve permanecer 90 dias no estado, a um custo mínimo de R$ 6 milhões. O prazo pode ser prorrogado.

Um plano de ação da Força Nacional também deve ser entregue hoje. Os militares deverão atuar no policiamento de vias expressas da cidade, como as linhas Vermelha e Amarela e Avenida Brasil, e no patrulhamento de áreas com alto índice de roubo de cargas.

Jornal Extra

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