Marco Antônio de Luca fez parte de grupo fotografado com guardanapos na cabeça ao lado do ex-governador Sérgio Cabral em Paris.
Por Fernanda Rouvenat, G1 Rio
PF investiga desvios em verbas de merenda e alimentação de presos no Rio
Agentes da Polícia Federal prenderam, na manhã desta quinta-feira (1°), o empresário Marco Antônio de Luca, ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, que pertencem ao mesmo grupo familiar e estão entre as principais fornecedoras de alimentos e merenda para o estado do Rio de Janeiro. Também são cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços. A operação foi batizada de “Ratatouille” e é mais um desdobramento da operação Lava Jato no estado.
Por volta das 6h, os agentes chegaram à casa de Marco Antônio na Avenida Vieira, Souto, em Ipanema. A Masan tem vários contratos de fornecimento de comida com o estado. Juntas, as empresas Masan e Milano receberam cerca de R$ 700 milhões do estado do RJ nos últimos 10 anos. Só durante a gestão do atual governador Luiz Fernando Pezão, que sucessor de Cabral, foram R$ 200 milhões.
Segundo as investigações, Marco de Luca pagou pelo menos R$ 12,5 milhões em propina para a organização criminosa liderada por Cabral para ganhar esses contratos. São investigados contratos de alimentação hospitalar, escolar e de presídios. Marco Antônio será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Marco Antônio de Lucca foi preso por agentes da PF em Ipanema (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
O nome "Ratatouille" remete a um prato típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris/França, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do estado do Rio de Janeiro e empresários que possuíam negócios com o Estado.
A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Quarenta policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na capital fluminense (Barra da Tijuca, Centro, Ipanema e Leblon) e nos municípios de Mangaratiba/RJ e Duque de Caxias/RJ.
Agentes da Polícia Federal chegaram no começo da manhã ao apartamento de Marco Antônio (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Foto com guardanapo na cabeça
O empresário é um dos integrantes do grupo que fez uma comemoração de luxo com Cabral e outras pessoas vinculadas ao governo, além de empresários, em Paris, na França. Na época, um parte do grupo apareceu em fotos com guardanapos na cabeça. Na investigação sobre corrupção no Tribunal de Contas do Estado, ele foi levado para prestar depoimento.
Sérgio Cabral e Sérgio Côrtes aparecem em foto que ficou conhecida como 'farra do guardanapo' (Foto: Reprodução / TV Globo)
De acordo com depoimento de Luiz Carlos Bezerra ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, Marco Antônio é a pessoa identificada como Loucco no controle de caixa do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral. São pelo menos 30 registros entre agosto de 2014 e novembro de 2016 feitos por “Loucco”.
Agentes chegaram ao edifício de Marco Antônio pouco antes das 6h (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Por Fernanda Rouvenat, G1 Rio
PF investiga desvios em verbas de merenda e alimentação de presos no Rio
Agentes da Polícia Federal prenderam, na manhã desta quinta-feira (1°), o empresário Marco Antônio de Luca, ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, que pertencem ao mesmo grupo familiar e estão entre as principais fornecedoras de alimentos e merenda para o estado do Rio de Janeiro. Também são cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços. A operação foi batizada de “Ratatouille” e é mais um desdobramento da operação Lava Jato no estado.
Por volta das 6h, os agentes chegaram à casa de Marco Antônio na Avenida Vieira, Souto, em Ipanema. A Masan tem vários contratos de fornecimento de comida com o estado. Juntas, as empresas Masan e Milano receberam cerca de R$ 700 milhões do estado do RJ nos últimos 10 anos. Só durante a gestão do atual governador Luiz Fernando Pezão, que sucessor de Cabral, foram R$ 200 milhões.
Segundo as investigações, Marco de Luca pagou pelo menos R$ 12,5 milhões em propina para a organização criminosa liderada por Cabral para ganhar esses contratos. São investigados contratos de alimentação hospitalar, escolar e de presídios. Marco Antônio será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Marco Antônio de Lucca foi preso por agentes da PF em Ipanema (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
O nome "Ratatouille" remete a um prato típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris/França, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do estado do Rio de Janeiro e empresários que possuíam negócios com o Estado.
A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Quarenta policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na capital fluminense (Barra da Tijuca, Centro, Ipanema e Leblon) e nos municípios de Mangaratiba/RJ e Duque de Caxias/RJ.
Agentes da Polícia Federal chegaram no começo da manhã ao apartamento de Marco Antônio (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Foto com guardanapo na cabeça
O empresário é um dos integrantes do grupo que fez uma comemoração de luxo com Cabral e outras pessoas vinculadas ao governo, além de empresários, em Paris, na França. Na época, um parte do grupo apareceu em fotos com guardanapos na cabeça. Na investigação sobre corrupção no Tribunal de Contas do Estado, ele foi levado para prestar depoimento.
Sérgio Cabral e Sérgio Côrtes aparecem em foto que ficou conhecida como 'farra do guardanapo' (Foto: Reprodução / TV Globo)
De acordo com depoimento de Luiz Carlos Bezerra ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, Marco Antônio é a pessoa identificada como Loucco no controle de caixa do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral. São pelo menos 30 registros entre agosto de 2014 e novembro de 2016 feitos por “Loucco”.
Agentes chegaram ao edifício de Marco Antônio pouco antes das 6h (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
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