quarta-feira, 5 de julho de 2017

PF cumpre novos mandados contra desvios no transporte público do RJ


Operação Ponto Final já resultou na prisão de 11 pessoas ligadas ao transporte público no estado.

Polícia Federal realiza um desdobramento da Operação Ponto Final, na manhã desta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro. Os agentes saíram da sede da PF, no Centro, por volta das 5h30, com rumo a diferentes endereços. Eles visam cumprir três mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Por volta das 6h20, os agentes saíram de um prédio da Rua Alberto de Campos, em Ipanema, na Zona Sul da cidade, conduzindo coercitivamente um homem.

Na segunda-feira (3), a ação foi desencadeada e resultou na prisão de 10 pessoas ligadas ao transporte público no estado. Além dessas, o empresário Jacob Barata Filho, foi preso na noite de domingo (2) no aeroporto Internacional Galeão quando tentava embarcar para Portugal. Também foram cumpridos menos 30 mandados de busca e apreensão.

De acordo com a investigação da PF e do Ministério Público Federal, que haveria um esquema criminoso que chegou a movimentar R$ 260 milhões em propinas. Esse esquema criminoso envolvia agentes públicos, políticos e também representantes de órgãos responsáveis por fiscalizar o transporte público e também empresários desse setor de transporte.

Nesta terça, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que dez dos presos na operação já passaram a noite de segunda-feira (3), na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, região central do Rio.

Estão presos na unidade Jacob Barata Filho, Marcelo Traça Gonçalves, Lelis Marcos Teixeira, João Augusto Morais Monteiro, Marcelo Marques Pereira de Miranda, Carlos Roberto Alves, Otacílio de Almeida Monteiro, Eneas da Silva Bueno, Claudio Sa Garcia de Freitas e David Augusto da Câmara Sampaio.

Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, foi preso em Florianópolis pela Polícia Federal e transferido para a unidade carioca, mas, segundo a Seap, ainda não deu entrada no presídio de Benfica.

O único foragido é José Carlos Reis, Lavoura. Conselheiro da Fetranspor suspeito de receber R$ 40 milhões, ele está em Portugal. A Interpol foi acionada.

Saiba como funcionava o esquema

Um dos mais antigos esquemas de corrupção no Estado do Rio. Assim definiu o procurador da República Eduardo El Hage quando explicou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (3), como atuavam aqueles que o Ministério Público Federal acusa de integrarem uma organização criminosa que saqueou os cofres do estado em troca de vantagens no serviço de transportes públicos.

Para o MPF, o ex-governador Sérgio Cabral é um dos líderes da quadrilha. O G1 buscou nos documentos da Operação Ponto Final detalhes sobre como funcionava o esquema.

G1

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