quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Caso da Universitária: Delegado aguarda exame sobre gravidez

Confira alguns detalhes do crime


O delegado titular da 146ª DP/Guarus, Luis Maurício Armond, concedeu uma coletiva na manhã desta quarta-feira (23) para esclarecer informações sobre o caso da universitária Ana Paula Ramos, assassinada com três tiros no último sábado (19) na Praça do Parque Rio Branco, em Guarus. Armond confirma que a suspeita de mandante é Luana, cunhada da vítima.

De acordo com o delegado, a princípio a informação era de que se tratava de um assalto, no qual dois homens teriam feito a abordagem para roubar o celular e que por Ana Paula reagir, teria sido baleada. Essa informação foi passada pelo primeiro acusado que foi preso em sua casa pela Polícia Militar, que foi reconhecido como um dos autores, por Luana, na delegacia.

Ainda segundo Armond, no decorrer das investigações após a primeira prisão, foi identificado o segundo autor, que também foi reconhecido por Luana. Ele foi preso numa residência no Parque Santa Clara e dando continuidade as investigações foi descoberto que não se tratava de um latrocínio, e sim de um homicídio que teria sido encomendado pela cunhada da vítima.

Luana teria entrado em contato com o namorado (Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros) de uma amiga de infância, através de uma rede social, alegando que queria dar um susto em uma pessoa que estaria namorando o ex-marido de sua madrinha e que estaria maltratando uma criança fruto dessa relação anterior. Marcelo então intermediou a contratação dos autores e combinaram um encontro numa padaria na praça em Custodópolis um dia antes do crime.

Ocorre que, a Polícia Civil conseguiu localizar duas testemunhas identificaram os autores nesse encontro, reconhecendo todos os envolvidos, os executores, o intermediário e inclusive Luana. O delegado destaca que essas testemunhas não têm nenhuma ligação com os envolvidos.

O delegado acrescenta que no dia do crime Luana entrou em contato com um dos executores porque inicialmente o homicídio seria executado na Praça de Custodópolis, porém eles alegaram que o local era muito movimentado, tendo muitas pessoas, e passaram a combinar o outro local, a Praça do Parque Rio Branco. Daí Luana simulou toda a situação, na qual elas iriam tomar um sorvete e em seguida iriam para o local onde Luana iria ver um vestido para o casamento da vítima.

Em seguida, os executores chegaram ao local, Luana entregou o envelope com o restante do dinheiro (R$ 500), e eles executaram Ana Paula, já que tentou fugir, atirando ainda na cabeça. Armond relata que Luana nega ter relação com o crime, mas segundo o delegado foi feita uma acareação com um dos executores e ele contou que os fatos. Inclusive no celular de um dos executores foi encontrada uma foto na qual ostentavam o dinheiro proveniente do crime.

VEJA ALGUMAS REVELAÇÕES DO DELEGADO

SUPOSTA INVEJA E AMEAÇAS – Há informações de que havia uma possível inveja entre as partes, mas isso iremos verificar, indicações de supostas ameaças, que talvez não tenham sido levadas tão a sério sobre esses fatos que também necessitamos apontar”.

SUPOSTA RELAÇÃO ENTRE LUANA E OUTRA PESSOA – “A versão foi levantada, mas nada foi confirmado. O noivo de Ana Paula e o marido de Luana foram ouvidos e hoje mais uma vez o noivo da vítima será ouvido, assim como o marido de Luana. Serão feitas acareações e vamos confrontar”.

‘Nossas investigações são contundentes em apontar a autoria da Luana como mandante do fato, os outros dois como executores e Marcelo como intermediário”, finalizou o Luis Maurício, acrescentando que acredita ‘que a passionalidade seja o plano de fundo do crime”.

GRAVIDEZ – Não há informações sobre isso. Até agora, constatação é que não havia indício de gravidez. Vamos esperar que esses laudos cheguem formalmente, mas informalmente nos foi repassado que não há gravidez.

Campos 24 Horas/Show Francisco

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