Prevenir é melhor que remediar, mas no Brasil não há lei nem orientação quanto ao descarte correto de medicamentos vencidos.
CAMPOS POR THIAGO GOMES
Assim como para a musicoterapeuta Amélia Lima, o descarte correto de medicamento é uma dúvida e também um problema. Muitas pessoas simplesmente não sabem a quais órgãos devem entregar as cartelas de comprimidos, seringas ou frascos depois de vencido o prazo de validade, já que não é indicado jogar esses itens no lixo comum ou esgoto.
Como em Campos o poder público não oferece mais este serviço à população, a secretaria de Desenvolvimento Ambiental orientou que as pessoas busquem redes de farmácias para descartar o material. No entanto, estes estabelecimentos não têm a obrigação de fazê-lo.
Ana Amélia tenta, já há algum tempo, se desfazer de medicamentos com a validade vencida, mas ela ainda não encontrou um local que os recolha. A musicoterapeuta esteve na farmácia
do Hospital Geral de Guarus (HGG), onde foi informada de que a unidade hospitalar só cuida de seus próprios rejeitos. Outra tentativa foi na Vigilância Sanitária, onde também recebeu um sonoro “não”.
“Eu faço coleta seletiva, descarto lixo eletrônico e pilhas nos locais corretos, mas simplesmente não sei o que fazer com os medicamentos. Já estive em alguns locais e ninguém soube me informar o que fazer com esses remédios”, disse a musicoterapeuta, que sugeriu esta matéria para a equipe do Jornal Terceira Via.
CAMPOS POR THIAGO GOMES
Assim como para a musicoterapeuta Amélia Lima, o descarte correto de medicamento é uma dúvida e também um problema. Muitas pessoas simplesmente não sabem a quais órgãos devem entregar as cartelas de comprimidos, seringas ou frascos depois de vencido o prazo de validade, já que não é indicado jogar esses itens no lixo comum ou esgoto.
Como em Campos o poder público não oferece mais este serviço à população, a secretaria de Desenvolvimento Ambiental orientou que as pessoas busquem redes de farmácias para descartar o material. No entanto, estes estabelecimentos não têm a obrigação de fazê-lo.
Ana Amélia tenta, já há algum tempo, se desfazer de medicamentos com a validade vencida, mas ela ainda não encontrou um local que os recolha. A musicoterapeuta esteve na farmácia
do Hospital Geral de Guarus (HGG), onde foi informada de que a unidade hospitalar só cuida de seus próprios rejeitos. Outra tentativa foi na Vigilância Sanitária, onde também recebeu um sonoro “não”.
“Eu faço coleta seletiva, descarto lixo eletrônico e pilhas nos locais corretos, mas simplesmente não sei o que fazer com os medicamentos. Já estive em alguns locais e ninguém soube me informar o que fazer com esses remédios”, disse a musicoterapeuta, que sugeriu esta matéria para a equipe do Jornal Terceira Via.
De acordo com a farmacêutica Ponala Queiroz, fazer o descarte de medicamentos no lixo comum ou no esgoto doméstico não é uma boa solução. Isso porque os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar algumas substâncias dos medicamentos, que acabam contaminando o meio ambiente, podendo, assim, causar danos à saúde.
“A população acaba ficando à mercê de uma falta de regulamentação sobre o assunto. Pois não é indicado jogar este material no lixo e também não há órgão com a obrigação de recolhê-los. Algumas farmácias até fazem o serviço, mas são poucas, pois elas atuam de forma voluntária e isso tem um custo. Os pontos de recolhimento precisam encaminhar os medicamentos a uma empresa especializada, que os incinera”, esclareceu a farmacêutica.
Especialistas têm uma preocupação especial com os antibióticos, pois, quando expostos ao meio ambiente, podem tornar as bactérias resistentes ao seu princípio ativo. Alguns laboratórios disponibilizam postos de coleta, mas o serviço não está disponível para todas as regiões.
Em nota, a Prefeitura informou que “a Vital Engenharia Ambiental, que faz a coleta e limpeza do município, é responsável por recolher o lixo hospitalar, encaminhado para o autoclave para o devido tratamento.
A secretaria de Desenvolvimento Ambiental orienta aos cidadãos que possuem em casa medicamentos vencidos que procurem redes de farmácia, que possuem coletores, para o descarte correto, já que não podem ser descartados junto ao lixo doméstico”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com sede em Brasília, informou ao Jornal Terceira Via que não tem qualquer orientação a dar sobre o descarte de medicamentos.
Consumo
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um dos países que mais consomem medicamentos no mundo. Os brasileiros estão em sexto lugar no ranking, segundo dados divulgados em 2016, perdendo apenas para Rússia, China, Índia, Japão e Estados Unidos, o primeiríssimo da lista.
“A população acaba ficando à mercê de uma falta de regulamentação sobre o assunto. Pois não é indicado jogar este material no lixo e também não há órgão com a obrigação de recolhê-los. Algumas farmácias até fazem o serviço, mas são poucas, pois elas atuam de forma voluntária e isso tem um custo. Os pontos de recolhimento precisam encaminhar os medicamentos a uma empresa especializada, que os incinera”, esclareceu a farmacêutica.
Especialistas têm uma preocupação especial com os antibióticos, pois, quando expostos ao meio ambiente, podem tornar as bactérias resistentes ao seu princípio ativo. Alguns laboratórios disponibilizam postos de coleta, mas o serviço não está disponível para todas as regiões.
Em nota, a Prefeitura informou que “a Vital Engenharia Ambiental, que faz a coleta e limpeza do município, é responsável por recolher o lixo hospitalar, encaminhado para o autoclave para o devido tratamento.
A secretaria de Desenvolvimento Ambiental orienta aos cidadãos que possuem em casa medicamentos vencidos que procurem redes de farmácia, que possuem coletores, para o descarte correto, já que não podem ser descartados junto ao lixo doméstico”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com sede em Brasília, informou ao Jornal Terceira Via que não tem qualquer orientação a dar sobre o descarte de medicamentos.
Consumo
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um dos países que mais consomem medicamentos no mundo. Os brasileiros estão em sexto lugar no ranking, segundo dados divulgados em 2016, perdendo apenas para Rússia, China, Índia, Japão e Estados Unidos, o primeiríssimo da lista.
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