segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Servidores em greve bloqueiam portões da Prefeitura por tempo indeterminado

Eles querem ser ouvidos pela vice-prefeita e clima segue tenso
Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas



Os portões da Sede Administrativa da Prefeitura de Campos (Cesec) estão fechados e nenhum funcionário tem acesso ao interior do prédio, em virtude de um ato de um grupo de servidores municipais que iniciam nesta segunda-feira (4) uma greve de sete dias. A prefeitura de Campos já se posicionou sobre a greve, dizendo que o prefeito Rafael Diniz mantém diálogo aberto com os servidores, inclusive recebeu um grupo na semana passada.

Desde o início da manhã o grupo liderado pelo sindicato da categoria (Siprosep) está diante do Cesec para conscientizar os servidores da necessidade da paralisação em razão de inúmeras reivindicações que precisam ser atendidas.

A vice-prefeita Conceição Santanna não foi impedida de entrar na Prefeitura, mas foi solicitado que ouvisse os servidores, mas ela não aceitou. Posteriormente voltou atrás e pediu que apenas cinco representantes entrassem na sede para serem ouvidos, porém os servidores não aceitaram, já que eles queriam que todos participassem do diálogo.

VEJA A POSIÇÃO DA PREFEITURA, SERVIDORES E SINDICATO



Servidor

Um servidor, que preferiu se identificar apenas pelas iniciais A.J.F., falou ao Campos 24 Horas.

“O servidor que não se mobilizar agora não vai ter aposentadoria. Todo mundo fala do empréstimo da Caixa Econômica, e o empréstimo da PrevCampos do servidor, onde está? O servidor ajudou o município emprestando dinheiro e agora querem forçar a ele a trabalhar mais ou não ter reajuste? Essa é uma luta por reajuste, planos de cargos e salários, por condições em hospitais e em escolas. O serviço público tem que ser de qualidade”.

Presidente do Sindicato dos Servidores
“O que a gente quer é que ele chame toda a categoria para conversar, o que ele já fez, mas o problema é que com o prefeito tudo tudo é não.”, disse Sérgio Almeida (foto ao lado).

GUARDA MUNICIPAL

“Nossa situação de trabalho está precária. Nós não temos nem renovação de uniforme há quatro anos. Precisamos também de treinamentos. A Guarda é parte da Segurança Pública e deve ser tratada desse jeito, como parte da Segurança Pública. Precisamos de treinamentos e melhorias”, Felipe Cherry.

O clima segue tendo diante da prefeitura já que o grupo diz que o bloqueio é por tempo indeterminado. A Prefeitura ainda não disse ainda não informou o percentual de adesão assim como não disse quais os setores da prefeitura foram afetados com a greve.

NOTA DA PREFEITURA
A prefeitura de Campos informa que conversado constantemente todos os servidores e que, inclusive, o prefeito recebeu na última semana pessoalmente tanto representantes de sindicatos quanto de comitês formados pelos servidores.

É importante ressaltar que o salário do servidor público de Campos está rigorosamente em dia, o que tem sido a prioridade da atual gestão.

A prefeitura informa ainda que que orientou os manifestantes, que impedem a entrada de servidores na manhã desta segunda-feira (04) na sede da Prefeitura, que formassem uma comissão para que fossem recebidos. No entanto, os manifestantes não aceitaram a proposta.

VEJA O QUE DIZ O PROCURADOR DO MUNICÍPIO

REIVINDICAÇÕES DOS SERVIDORES MUNICIPAIS


O presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep), Sérgio Almeida, na pauta de reivindicações do Siprosep há itens de grande importância, como um plano de saúde e os enquadramentos da Educação e aposentados no Plano de Cargos e Salários. “Se a prefeitura custear pelo menos 50% de um plano de saúde, o sindicato banca o restante. Pouca gente sabe quanta custa ao sindicato para dar assistência a centenas de servidores que precisam constantemente de exames, médicos e carros para transportá-los até grandes centros para tratamentos. E o sindicato não tem saída e acaba custeando tudo isso, pois não podemos deixar de amparar servidores que passam por problemas de saúde”, ressaltou.

A respeito do Plano de Cargos, o presidente falou sobre a insatisfação na Educação e dos aposentados. “Os servidores da Educação querem os benefícios do PCS a cada dois anos, a exemplo do que acontece com as demais categorias, e não a cada três anos como está previsto. Já os aposentados da prefeitura e da Câmara Municipal precisam também do enquadramento do Plano de Cargos. Estive com o presidente Marcão Gomes e ele me garantiu que até setembro resolverá o caso dos aposentados, mas da prefeitura ainda aguardamos uma posição”, afirmou.

AINDA HOJE

Ainda nesta segunda estão previstos atos unificados dos servidores públicos municipais, junto com a Educação, que realiza também uma paralisação de 24 horas. Já às 18h haverá assembleia específica da Educação na sede do sindicato da CEDAE.

REIVINDICAÇÃO DO SEPE


Foi decidido durante assembléia nesta quarta-feira (30) uma paralisação de 24 horas que irá acontecer na próxima segunda-feira (04) nas escolas da rede municipal de Campos.

A assembléia, que foi realizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), reivindica os direitos dos profissionais da categoria, além de revisão do plano de cargos e eleições para diretores de escola. Uma nova reunião está marcada para esta quinta-feira (31).

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