terça-feira, 24 de outubro de 2017

Acolhimento LARA recebe audiência concentrada nesta semana

A juíza se desloca para as instituições a fim de agilizar o processo de adoção ou reinserção à família biológica
CAMPOS POR TAYSA ASSIS TAYSA ASSIS

Todo trabalho realizado no acolhimento tem um objetivo principal: reinserir a criança na sua família biológica ou em uma família substituta, que a abrace com todo amor. Com isso, duas vezes ao ano acontecem audiências concentradas onde todos os casos das crianças e adolescentes que estão em uma instituição de acolhimento são avaliados e discutidos com a juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de Campos, Drª Maria Daniella Binato. A juíza se desloca para os acolhimentos e realiza as audiências que, nesta semana, acontecem no LARA.

Para a psicóloga do LARA, Terly Pereira esse novo formato de audiências é maravilhoso. “Agilizou muito o processo de adoção. Deu um novo impulso para resolver a vida de cada um dos acolhidos na instituição, tornou mais humanizado. Hoje, as crianças conseguem entender quem é a juíza. Antigamente, elas (crianças) achavam que era uma figura muito distante, imaginavam como Deus. Nas audiências concentradas, a juíza Daniella olha nos olhos de cada uma daquelas crianças para decidir a vida delas”.

Ainda segundo Terly, outro fato positivo das audiências concentradas é a diminuição do nível de ansiedade e preocupação das crianças. “Após cada caso ser decidido, o sentimento deles em estar dentro ‘do local onde o acolheu’ é muito melhor, o que minimiza o sofrimento de cada um deles”, relatou a psicóloga.

A nova lei de adoção 1210 determina que as audiências precisam ser realizadas em pelo menos seis meses, onde a vida de cada criança tem que ser discutida. A primeira audiência concentrada aconteceu no mês de abril.

Segundo o Plano Nacional de Convivência Familiar, o local de cada uma dessas crianças de acolhimento crescer não é no abrigo, mas tudo isso exige campanhas, aumento de direitos, programas sociais que protegem as famílias, para que as crianças não sejam inseridas pela pobreza. O papel de cada instituição é zelar por todas as políticas e discussões. Consolidar direitos, lutar para que a criança conviva em um ambiente familiar e tenha seus direitos preservados para que possa crescer com dignidade.

História do LARA

O LARA foi criado em 1987, como o nome Lar de Amparo ao Recém Nascido Abandonado. Após dois anos passou a ser parceiro da Fundação Municipal da Infância e da Juventude com a instituição Monsenhor Severino. Onze anos depois, a Prefeitura de Campos assumiu o acolhimento oficialmente e o local passou a se chamar Lar de Acolhimento, Respeito e Amor, o LARA.

A instituição se mantém com verba do município, mas também com ajuda de voluntários e parceiros. Formado por 102 funcionários entre equipe técnica composta por assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, médicos, pedagogos, cuidadores e home care, e toda coordenação, e funciona 24 horas por dia.

O local é uma casa, ampla tomada de amor e respeito. Abriga crianças e adolescentes de zero a dezoito anos de idade. O local é o único na cidade que recebe mãe adolescente.

Visitas ao LARA
O LARA recebe visitas de voluntários e pessoas que desejam conhecer o local dando carinho e amor às crianças e adolescentes que vivem ali. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 15h às 15h30 e das 15h30 às 16h. É necessário passar pela equipe técnica antes das visitas. Para eventos é preciso agendamento prévio.

Nenhum comentário: