Estiagem faz fundo do Rio Paraíba aparecer em São Fidélis Foto: Welliton Rangel/Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul e Itabapoana
Em função da estiagem dos últimos meses, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) reduziu nesta semana o abastecimento de água no município de Carapebus, no Norte Fluminense. Segundo a Cedae, os moradores da cidade devem consumir água de forma equilibrada e evitar o desperdício, visando não passar problemas maiores no abastecimento.
Segundo a companhia, a falta de chuvas levou à redução dos níveis do Córrego Grande e da Lagoa Maricota, onde a Cedae capta água para tratamento e distribuição para a população de Carapebus. Ainda de acordo com a companhia, estão sendo realizadas manobras operacionais para tentar minimizar os efeitos da seca, que tem castigado todo o interior do Estado do Rio.
A estiagem nos municípios das regiões Norte e Noroeste Fluminense foi tema de uma reunião entre as prefeituras e a Defesa Civil estadual, na última semana.
Itaocara e Miracema já decretaram situação de emergência. Miracema e Varre-Sai também tiveram o abastecimento de água reduzido pela Cedae.
São Fidélis decreta situação de emergência
Seca afeta a pecuária, com insuficiência de água nos mananciais Foto: Divulgação
Na última segunda-feira (2), o prefeito de São Fidélis, Amarildo Alcântara publicou decreto declarando situação de emergência nas áreas do município afetadas por estiagem, relatando que o desastre decorre de severa escassez de chuvas nos últimos quatro meses, tendo sido registrado em todo este período, apenas 42,07 milímetros (mm) – bem abaixo da média histórica, que é de 153,39mm para esta época do ano, perfazendo uma queda de 72.57%, segundo dados do Corpo de Bombeiros.
A falta de chuvas na região além de estar se tornando um problema crônico, afeta diretamente a população de São Fidélis, que tem sua economia baseada no cultivo de culturas como cana-de-açúcar e na agropecuária (gado de corte e pecuária leiteira). Ainda na agricultura, o município se caracteriza pela policultura, tendo também como principais culturas o arroz, milho, tomate, banana, algodão e goiaba, bem como rico potencial na fruticultura, olericultura, floricultura, silvicultura e exploração da pesca, que gera renda e empregos a dezenas de famílias.
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