Usando vinagre e bicarbonato como combustível, estudantes brasileiros fizeram voar por mais de 300 metros de distância um foguete construído com garrafas PET, em experiência que mobilizou cerca de 530 alunos do ensino médio e professores em um hotel fazenda localizado em Barra do Piraí, no Rio de de Janeiro. Todos eles estão reunidos na Jornada de Foguetes, evento realizado pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, que começou no dia 23 deste mês e termina na próxima sexta-feira (3). As equipes, formadas por três estudantes e um professor, foram escolhidas em um processo seletivo que envolveu 1.632 escolas públicas e privadas de diversos estados.
Além de participarem de uma disputa onde vencem os que levarem seus foguetes mais longe, os jovens têm contato com engenheiros da Agência Espacial Brasileira e com outros profissionais do setor. Nessa segunda-feira (30) foi a vez de ouvirem uma palestra com o brasileiro Marcos Pontes, primeiro astronauta sul-americano a realizar uma viagem ao espaço. De acordo com João Batista Garcia Canalle, coordenador da olimpíada, o lançamento dos foguetes não ocorre na vertical por motivos de segurança. Os protótipos partem com uma inclinação de 45 graus e são impulsionados pelo gás liberado na mistura de vinagre e bicarbonato de sódio. Ele diz que o foguete que atingiu a maior distância, até o momento, chegou a 300,7 metros de distância.
Em evento promovido pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, estudantes preparam lançamento de foguetes de garrafas PET. – Foto: Divulgação/Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
O recorde em uma edição do evento pertence a um lançamento realizado há 4 anos, quando o protótipo caiu a 333 metros do local de partida. Além da distância alcançada, são avaliados acabamento, originalidade e segurança. Os campeões recebem material didático e um troféu no formato de um foguete. Canalle entende que o Brasil tem potencial para se desenvolver no setor espacial e diz que a formação dos jovens é essencial. “Não há dúvida de que essa atividade vai crescer muito no futuro próximo. No momento, temos sérias restrições financeiras, assim como a ciência, em geral, mas acreditamos que esta é uma situação momentânea. Assim que o Brasil retomar o crescimento, mais recursos serão alocados nas atividades espaciais”.
Segundo o coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, embora o Brasil seja usuário de informações transmitidas por satélites, geralmente, os equipamentos são comprados no exterior ou fabricados em parceria com outras nações. Também não há no país um veículo lançador, isto é, um foguete com potência suficiente para colocar um satélite de órbita. Por outro lado, o Brasil tem duas bases de lançamento, ambas próximas à linha do equador, o que é considerada uma ótima localização. Na palestra, Marcos Pontes falou um pouco sobre sua experiência pessoal e deu dicas para os jovens que sonham em construir uma trajetória na área. “Existe uma perspectiva muito boa de carreira, que tem aumentado em vários países, e é possível ter sucesso ao se aprofundar nas áreas ligadas à tecnologia espacial ou de aviação”, disse o astronauta.
De acordo com Pontes, embora a atual situação no Brasil seja complicada, a existência de uma forte rede internacional faz com que os profissionais competentes consigam se inserir, por exemplo, nos Estados Unidos ou na Europa e trabalhar no setor público ou privado. Pontes destacou ainda a importância de ter pessoas capacitadas na área para o momento em que o Brasil tomar ações e fizer crescer o seu programa espacial, pois será fundamental ter mão de obra pronta a assumir o desafio. Para o astronauta, o cenário já é melhor do que o de 2006, quando ele viajou ao espaço a bordo da nave russa Soyuz TMA-8. “Naquela época, não havia nenhum curso superior público de engenharia aeroespacial. Tínhamos alguns de engenharia aeronáutica, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) por exemplo. Depois o próprio ITA criou o curso de engenharia aeroespacial, assim como a Universidade de São Paulo (USP) e as universidades federais de Minas Gerais, de Brasília e do ABC Paulista, entre outras”.
FONTE: Agência Brasil
Além de participarem de uma disputa onde vencem os que levarem seus foguetes mais longe, os jovens têm contato com engenheiros da Agência Espacial Brasileira e com outros profissionais do setor. Nessa segunda-feira (30) foi a vez de ouvirem uma palestra com o brasileiro Marcos Pontes, primeiro astronauta sul-americano a realizar uma viagem ao espaço. De acordo com João Batista Garcia Canalle, coordenador da olimpíada, o lançamento dos foguetes não ocorre na vertical por motivos de segurança. Os protótipos partem com uma inclinação de 45 graus e são impulsionados pelo gás liberado na mistura de vinagre e bicarbonato de sódio. Ele diz que o foguete que atingiu a maior distância, até o momento, chegou a 300,7 metros de distância.
Em evento promovido pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, estudantes preparam lançamento de foguetes de garrafas PET. – Foto: Divulgação/Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
O recorde em uma edição do evento pertence a um lançamento realizado há 4 anos, quando o protótipo caiu a 333 metros do local de partida. Além da distância alcançada, são avaliados acabamento, originalidade e segurança. Os campeões recebem material didático e um troféu no formato de um foguete. Canalle entende que o Brasil tem potencial para se desenvolver no setor espacial e diz que a formação dos jovens é essencial. “Não há dúvida de que essa atividade vai crescer muito no futuro próximo. No momento, temos sérias restrições financeiras, assim como a ciência, em geral, mas acreditamos que esta é uma situação momentânea. Assim que o Brasil retomar o crescimento, mais recursos serão alocados nas atividades espaciais”.
Segundo o coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, embora o Brasil seja usuário de informações transmitidas por satélites, geralmente, os equipamentos são comprados no exterior ou fabricados em parceria com outras nações. Também não há no país um veículo lançador, isto é, um foguete com potência suficiente para colocar um satélite de órbita. Por outro lado, o Brasil tem duas bases de lançamento, ambas próximas à linha do equador, o que é considerada uma ótima localização. Na palestra, Marcos Pontes falou um pouco sobre sua experiência pessoal e deu dicas para os jovens que sonham em construir uma trajetória na área. “Existe uma perspectiva muito boa de carreira, que tem aumentado em vários países, e é possível ter sucesso ao se aprofundar nas áreas ligadas à tecnologia espacial ou de aviação”, disse o astronauta.
De acordo com Pontes, embora a atual situação no Brasil seja complicada, a existência de uma forte rede internacional faz com que os profissionais competentes consigam se inserir, por exemplo, nos Estados Unidos ou na Europa e trabalhar no setor público ou privado. Pontes destacou ainda a importância de ter pessoas capacitadas na área para o momento em que o Brasil tomar ações e fizer crescer o seu programa espacial, pois será fundamental ter mão de obra pronta a assumir o desafio. Para o astronauta, o cenário já é melhor do que o de 2006, quando ele viajou ao espaço a bordo da nave russa Soyuz TMA-8. “Naquela época, não havia nenhum curso superior público de engenharia aeroespacial. Tínhamos alguns de engenharia aeronáutica, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) por exemplo. Depois o próprio ITA criou o curso de engenharia aeroespacial, assim como a Universidade de São Paulo (USP) e as universidades federais de Minas Gerais, de Brasília e do ABC Paulista, entre outras”.
FONTE: Agência Brasil
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