terça-feira, 31 de outubro de 2017

Médicos fazem críticas à Saúde no Rio durante acordo assinado por Crivella e Dória para o setor

Rio terá exames e cirurgias à noite; municípios vão fazer licitações em conjunto. No fim, médicos grevistas cobraram pagamentos.

Dória e Crivella fecharam acordo na área de saúde pública. (Foto: Gabriel Barreira/ G1)

A assinatura de um acordo de cooperação na área de saúde com os prefeitos do Rio, Marcelo Crivella (PRB), e de São Paulo, João Dória (PSDB), nesta terça-feira (31) foi marcada por uma saia justa no Palácio da Cidade.

Assistido por servidores e funcionários, inclusive com médicos grevistas, o evento acabou com cobranças por pagamentos atrasados nas OSs.

Crivella afirma que os pagamentos das nove OSs serão quitados nesta terça-feira, mas os médicos protestaram também por conta das condições de trabalho.

O acordo prevê licitações em conjunto dos dois municípios para compra de medicamentos e outros insumos, além da instalação do programa Corujão, para a realização de exames à noite.

Ao ser questionado sobre os problemas nas OSs e no Hospital Salgado Filho, um médico gritou: "Cadê o nosso pagamento?". Cerca de 10 grevistas se pronunciaram.

"Todas as dificuldades (da Saúde) são reais, mas não nos levam a fechar as portas. Não é de agora que as emergências estão lotadas. Poderíamos ter feito o CER do Salgado Filho em vez de obras das olimpíadas, ponte estaiada, túneis a ciclovia que caiu", criticou o prefeito.

Em outro momento, Crivella foi interrompido:

- Nós atendemos de janeiro a julho 3,5 milhões nas clínicas da família...

- Nós (médicos) não, você.

"A questão vai muito além de salário, o meu entrou esse mês. Se fosse só pelo salário então, eu não estaria aqui. Mas há falta de insumos: de folha de papel para fazer a receita a medicamentos. Essa falta de materiais, que são comprados pela prefeitura, não é de hoje. A Insulina para os diabéticos é comprada num pregao da prefeitura mas o relato é que não tem e as poucas unidades que tem estão acabando. Como faz? A gente não consegue fazer nosso trabalho", disse a médica Ana Peixoto.
G1/Show Francisco

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