Pedido será submetido ao STJ, já que governador do Rio tem foro privilegiado. Pezão nega manobra
Foto: Divulgação
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O Ministério Público Federal do Rio enviou à Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, um ofício solicitando um aprofundamento da investigação sobre a atuação do governador Luiz Fernando Pezão no caso da indicação do deputado Edson Albertassi (PMDB) para o Tribunal de Contas do Estado. Para a investigação prosseguir, a PGR deve ter autorização do Superior Tribunal de Justiça.
Líder do governo na Alerj, Albertassi foi indicado por Pezão após a desistência de outros candidatos à vaga de conselheiro no TCE. O deputado é um dos investigados na Operação Cadeia Velha, que apura esquema de corrupção envolvendo parlamentares e empresas de ônibus. A ação da PF acabou sendo antecipada por causa da indicação.
Para o MPF, a investigação deverá dizer se Pezão cometeu obstrução da Justiça ao executar ato de ofício contra a Cadeia Velha. Se fosse nomeado, o deputado ganharia foro e, por ser um dos alvos da investigação, faria com que todo o caso fosse remetido para o STJ, em Brasília, o que para os investigadores causaria atraso na apuração.
Fontes disseram ao G1 que o presidente da Alerj, Jorge Picciani, outro preso na Cadeia Velha, pode ter tido informações de que a operação estava para acontecer – e teria usado, com apoio de Pezão, a estratégia de dar foro a Albertassi em uma ação de contra-inteligência.
Outro ponto da investigação seria definir se o governador participou de alguma forma de pressão contra os auditores que desistiram do cargo. Como mostrou a GloboNews, em depoimento, eles relataram que sofreram pressão de parlamentares para desistir da indicação ao TCE-RJ.
Albertassi foi preso na quinta-feira (16), por determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Ele, Paulo Melo e Jorge Picciani, porém, não ficaram nem 24 horas na cadeia. A decisão do TRF-2 foi submetida ao plenário da Alerj, que decidiu soltar os parlamentares na sexta-feira (17).
Pezão diz que recebeu os outros candidatos
Em entrevista ao G1, o governador negou manobras para que Albertassi ficasse com a vaga no TCE.
“Eu recebi dois dos três auditores, depois recebi uma carta com a desistência dos três, peguei escolhi um deputado que foi presidente da CCJ e da comissão de orçamento e sempre foi quem me trazia a demanda dos poderes, sempre teve um ótimo diálogo com os poderes!”, escreveu o governador, em uma mensagem, referindo-se a Albertassi.
Perguntado sobre a nova investigação pedida pelo MPF, Pezão respondeu: “É da democracia, e eu sempre me coloquei à disposição da Justiça”.
Fonte: G1
Líder do governo na Alerj, Albertassi foi indicado por Pezão após a desistência de outros candidatos à vaga de conselheiro no TCE. O deputado é um dos investigados na Operação Cadeia Velha, que apura esquema de corrupção envolvendo parlamentares e empresas de ônibus. A ação da PF acabou sendo antecipada por causa da indicação.
Para o MPF, a investigação deverá dizer se Pezão cometeu obstrução da Justiça ao executar ato de ofício contra a Cadeia Velha. Se fosse nomeado, o deputado ganharia foro e, por ser um dos alvos da investigação, faria com que todo o caso fosse remetido para o STJ, em Brasília, o que para os investigadores causaria atraso na apuração.
Fontes disseram ao G1 que o presidente da Alerj, Jorge Picciani, outro preso na Cadeia Velha, pode ter tido informações de que a operação estava para acontecer – e teria usado, com apoio de Pezão, a estratégia de dar foro a Albertassi em uma ação de contra-inteligência.
Outro ponto da investigação seria definir se o governador participou de alguma forma de pressão contra os auditores que desistiram do cargo. Como mostrou a GloboNews, em depoimento, eles relataram que sofreram pressão de parlamentares para desistir da indicação ao TCE-RJ.
Albertassi foi preso na quinta-feira (16), por determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Ele, Paulo Melo e Jorge Picciani, porém, não ficaram nem 24 horas na cadeia. A decisão do TRF-2 foi submetida ao plenário da Alerj, que decidiu soltar os parlamentares na sexta-feira (17).
Pezão diz que recebeu os outros candidatos
Em entrevista ao G1, o governador negou manobras para que Albertassi ficasse com a vaga no TCE.
“Eu recebi dois dos três auditores, depois recebi uma carta com a desistência dos três, peguei escolhi um deputado que foi presidente da CCJ e da comissão de orçamento e sempre foi quem me trazia a demanda dos poderes, sempre teve um ótimo diálogo com os poderes!”, escreveu o governador, em uma mensagem, referindo-se a Albertassi.
Perguntado sobre a nova investigação pedida pelo MPF, Pezão respondeu: “É da democracia, e eu sempre me coloquei à disposição da Justiça”.
Fonte: G1
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