segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Polícia e MP realizam operação contra esquema envolvendo clubes de futebol do Rio



Polícia Civil e Ministério Público amanhecem cumprindo mandados no Rio de Janeiro. – Foto: Arquivo/Divulgação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ), realizam nesta segunda-feira (11), de operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).

Nesta segunda fase da Operação Limpidus, os agentes buscam cumprir 14 mandados de prisão preventiva a partir de denúncia oferecida pelo GAEDEST/MPRJ perante o Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos (JETGE). O objetivo é desmantelar um esquema de repasse de ingressos por parte dos clubes para organizadas — algumas banidas dos estádios — e a revenda através de cambistas. São nove mandados de prisão a serem cumpridos e até o momento quatro pessoas foram presas.

Entre os presos de hoje estão o assessor de imprensa da presidência do Fluminense, Artur Mahmoud, Leandro Schilling, chefe da Imply — responsável pela confecção de ingressos —, Monique Patrício dos Santos Gomes, uma funcionária da empresa, e Alesson Galvão de Souza, presidente da Torcida Organizada Raça Rubro-Negra. Outros cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos contra alvos da primeira etapa da operação que estavam presos temporariamente.

O promotor Marcos Kac, do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (Gaedest), não descarta o envolvimento de presidentes de clubes no esquema criminoso.

“Ainda não temos informações de presidentes de clube envolvidos, mas há grande possibilidade de presidentes e vices estarem envolvidos nisso. Vamos investigar”, disse, ressaltando que a próxima fase da operação vai focar nos mandatários dos clubes.

Segundo o promotor, cada clube e sua respectiva torcida tinha o seu esquema. Basicamente, os integrantes das organizadas recebiam os ingressos dos clubes e iam para as portas dos estádios para fazer a revenda. “Podemos dizer que hoje fechamos a primeira fase da operação.” Em média 200 ingressos eram disponibilizado por partida, inclusive para jogos fora do país.

Outro alvo da operação desta segunda-feira foi Edmilson José da Silva, chefe da segurança do clube Vasco da Gama. Ele não foi encontrado em sua residência no Recreio e é considerado foragido.

.Na última semana, durante a primeira fase da operação, três integrantes de torcidas organizadas do Fluminense foram presos acusados de receber ingressos da diretoria do clube e revendê-los para cambistas. Membros das diretorias de Botafogo, Flamengo, e também do Fluminense foram conduzidos para prestar depoimento.

Segundo a Polícia Civil, os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro são suspeitos de fazer repasse de ingressos para torcidas organizadas, mesmo com estas suspensas de frequentar os estádios.

Fonte: Redação/MPRJ

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