terça-feira, 5 de dezembro de 2017

TRE mantém presos Thiago Godoy e presidente nacional do PR



Por unanimidade, o plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou provimento aos Habeas corpus impetrados pelo presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, e pelo advogado Thiago Godoy, ex-subsecretário de Governo de Campos.
Antônio Carlos Rodrigues está preso desde terça-feira (28), após ficar foragido da Polícia Federal por seis dias.
Ele teve a prisão decretada pela Justiça dia 22 de novembro, dentro da operação Caixa d'água, que também levou à cadeia também os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, além de outras cinco pessoas.
O presidente nacional do PR - que foi afastado do cargo pela Justiça Eleitoral - é acusado pelo Ministério Público Eleitoral e pela Polícia Federal de ter negociado com o frigorífico JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha de Garotinho em 2014.
O inquérito que embasa a denúncia partiu da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista e do executivo do grupo J&F Ricardo Saud.
Quebra de sigilo telefônico do empresário Ricardo Saud, ex-lobista da JBS, mostra que Antônio manteve ao menos 11 ligações telefônicas com Saude ao longo do 2016. É o que mostra a quebra de sigilo telefônico de Saud, em poder da CPMI da JBS. Desse total, oito ligações partiram do celular de Rodrigues. As conversas tiveram duração entre um e quatro minutos.
Já o advogado Thiago Godoy foi preso no mesmo dia que Garotinho, Rosinha, o ex-secretário de Controle Suledil Bernardinho e o policial Toninho, acusado de ser o braço armado da organização criminosa, segundo o MPE e a PF.
Contra Godoy pesa a acusação de negociar verba com empresa para a campanha de Garotinho.
De acordo com a relatora Cristiana Frota, Godoy era "era um verdadeiro LONGA MANUS (em tradução literal mão longa ou executor das ordens) do chefe da Organização Criminosa (Garotinho)".
Os dois, agora, irão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).



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