Um é advogado e suplente de vereador em Campos e o outro é morador de Barcelos, em São João da Barra
Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas e Polícia Federal
Nesta tarde de sexta-feira (12), horas após ser desencadeada a segunda fase da Operação Cardiopatas-2, em Campos e São João da Barra, a Polícia Federal divulgou as fotos de duas pessoas envolvidas e já consideradas foragidas da Justiça. Um é o advogado e suplente de vereador em Campos, Joacyr de Souza Conceição e, o outro, residente em Barcelos, em São João da Barra, Tiago Correa Tavares. O delegado da PF, Vinícius Venturini, que comanda a operação, afirma que eles foram procurados pelos agentes, mas não encontrados.
Os dois foragidos se juntam a Rogério Vasconcelos Maciel, considerado um dos líderes do esquema, que está foragido desde à primeira fase da Operação Cardiopatas. A Polícia Federal deu prazo até às 14h para que os dois primeiros se apresentassem à sede da PF, o que não aconteceu.
Joacyr de Souza Conceição, de 71 anos, concorreu à Câmara de Vereadores de Campos em 2016, tendo obtido 342 votos, sendo considerado suplente pelo partido PDT. Segundo a PF, Joacyr de Souza Conceição e Tiago Correa Tavares teriam participado do esquema criminoso que fraudou o INSS. Eles seriam intermediários e atuavam como uma espécie de agenciadores de novos beneficiários para o esquema.
Atualizada em 10h14 - Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Federal deflagou a segunda fase da Operação Cardiopatas - comandada pelo delegado Vinicius Venturini - que investiga a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes previdenciárias, que estariam ocorrendo desde 2010, com envolvimento de médicos e servidores do INSS. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em vários pontos da cidade. A operação está sendo desencadeada em Campos e, também, em São João da Barra.
Um dos mandados foi expedido contra um advogado, que não foi encontrado no distrito de Goitacazes, na Baixada Campista, onde ocorreram as buscas, acompanhadas por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ainda de acordo com a PF, um homem e uma mulher - com problemas cardíacos - recebiam da organização a quantia de R$ 300 para realizar exames em nome de outras pessoas e assim tinham acesso aos laudos. Essa pessoa realiza de dois a três exames por mês que, posteriormente, beneficiariam outra pessoas.
A PF acrescentou ainda que os investigados responderão pelos crimes de pertencimento à organização criminosa, estelionato previdenciário e corrupção ativa.
O prejuízo do órgão já ultrapassa os R$ 11 milhões. O número de fraudes em benefícios subiu de 34 para 67, com prejuízo total de R$ 11.385.441,76 ao INSS. O delegado Vinicius Venturini explicou: "As buscas foram muito exitosas. A gente encontrou farta documentação, que robustece, comprova a fraude", disse.
O material apreendido no cumprimento dos mandados desta sexta-feira ainda será analisado. Novas diligências serão realizadas na tentativa de cumprimento das prisões preventivas. Em relação à fase anterior da operação, quando 14 de 15 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, apenas seis envolvidos seguem presos. Todos eles atuavam como intermediários. O único foragido é o suspeito de chefiar o esquema, identificado como Rogério Vasconcelos Maciel. Novas diligências aconteceram, inclusive na última quinta-feira (11), mas o mandado de prisão preventiva segue em aberto. Sete servidores do INSS, entre eles o médico Admardo Henriques Tavares, conseguiram converter a prisão em afastamento do cargo exercido. Já o médico particular Jairo Rodrigues Perissé foi solto após o final do prazo de cinco dias da prisão temporária.
RELEMBRE
Três médicos campistas foram presos dentro da Operação Cardiopatas, deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira(8/12), em Campos e região: Renato Rabelo Amoy (cardiologista), Jairo Rodrigues Perissé (ortopedista) e Admardo Henriques Tavares, dono de uma clínica na Pelinca e que foi candidato a vereador nas últimas eleições em Campos, um dos alvos da operação. Todos são acusados de fraudes na Previdência Social. Eles foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Campos para exame de corpo de delito e depois encaminhados para a unidade prisional. A Polícia Federal informou que “os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional”, disse a PF.
Entre os envolvidos no esquema, 34 foram conduzidos à sede da Polícia Federal em Campos e um para Macaé. Destes, 15 estão presos, sendo oito intermediários, quatro técnicos do seguro social, dois médicos peritos e um médico particular. Diversos beneficiários foram conduzidos coercitivamente à sede da Polícia Federal. Eles foram ouvidos e liberados. O delegado federal Vinícius Venturini, que está à frente da Operação Cardiopatas, explicou que o inquérito é de 2013, mas a investigação foi intensificada nos últimos oito meses. Os policiais analisaram inquéritos de fraudes previdenciárias isoladas que seguiam o mesmo modus operandi (modo de operação), caracterizando a atuação de uma quadrilha.
No curso da investigação da Operação Cardiopatas, de acordo com a Polícia Federal, foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentadoria por invalidez, gerando um prejuízo apurado de pelo menos R$ 4.373.151,04 à Previdência.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional”, informou, em nota, a Polícia Federal.
MULHERES ENTRE OS PRESOS – Entre os presos na Operação da PF estão quatro mulheres, identificadas como contempladas com benefícios fraudados. Elas também passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML antes de serem levadas para o presídio feminino Nilza da Silva Santos.
A Operação
Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (08), agente da Polícia Federal deflagraram a Operação Cardiopatas, de combate a corrupção de servidores do INSS e a fraudes previdenciárias em Campos, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu.
A ação contou com 120 policiais federais, dois analistas de inteligência previdenciária, no cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva.
Entre os investigados estão técnicos do seguro social, médico peritos, médicos particulares, agenciadores de benefício e clientes de organização criminosa.
Durante a investigação foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentaria por invalidez, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 4.373.151,04 à Previdência.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional.
Segundo a PF, o nome da operação se deve ao fato de a maioria dos beneficiários associados pela organização criminosa terem simulado miocardiopatia – doença do músculo do coração – dilatada ao INSS, com base em documentos médicos ideologicamente falsificados.
Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas e Polícia Federal
Nesta tarde de sexta-feira (12), horas após ser desencadeada a segunda fase da Operação Cardiopatas-2, em Campos e São João da Barra, a Polícia Federal divulgou as fotos de duas pessoas envolvidas e já consideradas foragidas da Justiça. Um é o advogado e suplente de vereador em Campos, Joacyr de Souza Conceição e, o outro, residente em Barcelos, em São João da Barra, Tiago Correa Tavares. O delegado da PF, Vinícius Venturini, que comanda a operação, afirma que eles foram procurados pelos agentes, mas não encontrados.
Os dois foragidos se juntam a Rogério Vasconcelos Maciel, considerado um dos líderes do esquema, que está foragido desde à primeira fase da Operação Cardiopatas. A Polícia Federal deu prazo até às 14h para que os dois primeiros se apresentassem à sede da PF, o que não aconteceu.
Joacyr de Souza Conceição, de 71 anos, concorreu à Câmara de Vereadores de Campos em 2016, tendo obtido 342 votos, sendo considerado suplente pelo partido PDT. Segundo a PF, Joacyr de Souza Conceição e Tiago Correa Tavares teriam participado do esquema criminoso que fraudou o INSS. Eles seriam intermediários e atuavam como uma espécie de agenciadores de novos beneficiários para o esquema.
Atualizada em 10h14 - Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Federal deflagou a segunda fase da Operação Cardiopatas - comandada pelo delegado Vinicius Venturini - que investiga a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes previdenciárias, que estariam ocorrendo desde 2010, com envolvimento de médicos e servidores do INSS. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em vários pontos da cidade. A operação está sendo desencadeada em Campos e, também, em São João da Barra.
Um dos mandados foi expedido contra um advogado, que não foi encontrado no distrito de Goitacazes, na Baixada Campista, onde ocorreram as buscas, acompanhadas por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ainda de acordo com a PF, um homem e uma mulher - com problemas cardíacos - recebiam da organização a quantia de R$ 300 para realizar exames em nome de outras pessoas e assim tinham acesso aos laudos. Essa pessoa realiza de dois a três exames por mês que, posteriormente, beneficiariam outra pessoas.
A PF acrescentou ainda que os investigados responderão pelos crimes de pertencimento à organização criminosa, estelionato previdenciário e corrupção ativa.
O prejuízo do órgão já ultrapassa os R$ 11 milhões. O número de fraudes em benefícios subiu de 34 para 67, com prejuízo total de R$ 11.385.441,76 ao INSS. O delegado Vinicius Venturini explicou: "As buscas foram muito exitosas. A gente encontrou farta documentação, que robustece, comprova a fraude", disse.
O material apreendido no cumprimento dos mandados desta sexta-feira ainda será analisado. Novas diligências serão realizadas na tentativa de cumprimento das prisões preventivas. Em relação à fase anterior da operação, quando 14 de 15 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, apenas seis envolvidos seguem presos. Todos eles atuavam como intermediários. O único foragido é o suspeito de chefiar o esquema, identificado como Rogério Vasconcelos Maciel. Novas diligências aconteceram, inclusive na última quinta-feira (11), mas o mandado de prisão preventiva segue em aberto. Sete servidores do INSS, entre eles o médico Admardo Henriques Tavares, conseguiram converter a prisão em afastamento do cargo exercido. Já o médico particular Jairo Rodrigues Perissé foi solto após o final do prazo de cinco dias da prisão temporária.
RELEMBRE
Três médicos campistas foram presos dentro da Operação Cardiopatas, deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira(8/12), em Campos e região: Renato Rabelo Amoy (cardiologista), Jairo Rodrigues Perissé (ortopedista) e Admardo Henriques Tavares, dono de uma clínica na Pelinca e que foi candidato a vereador nas últimas eleições em Campos, um dos alvos da operação. Todos são acusados de fraudes na Previdência Social. Eles foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Campos para exame de corpo de delito e depois encaminhados para a unidade prisional. A Polícia Federal informou que “os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional”, disse a PF.
Entre os envolvidos no esquema, 34 foram conduzidos à sede da Polícia Federal em Campos e um para Macaé. Destes, 15 estão presos, sendo oito intermediários, quatro técnicos do seguro social, dois médicos peritos e um médico particular. Diversos beneficiários foram conduzidos coercitivamente à sede da Polícia Federal. Eles foram ouvidos e liberados. O delegado federal Vinícius Venturini, que está à frente da Operação Cardiopatas, explicou que o inquérito é de 2013, mas a investigação foi intensificada nos últimos oito meses. Os policiais analisaram inquéritos de fraudes previdenciárias isoladas que seguiam o mesmo modus operandi (modo de operação), caracterizando a atuação de uma quadrilha.
No curso da investigação da Operação Cardiopatas, de acordo com a Polícia Federal, foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentadoria por invalidez, gerando um prejuízo apurado de pelo menos R$ 4.373.151,04 à Previdência.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional”, informou, em nota, a Polícia Federal.
MULHERES ENTRE OS PRESOS – Entre os presos na Operação da PF estão quatro mulheres, identificadas como contempladas com benefícios fraudados. Elas também passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML antes de serem levadas para o presídio feminino Nilza da Silva Santos.
A Operação
Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (08), agente da Polícia Federal deflagraram a Operação Cardiopatas, de combate a corrupção de servidores do INSS e a fraudes previdenciárias em Campos, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu.
A ação contou com 120 policiais federais, dois analistas de inteligência previdenciária, no cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva.
Entre os investigados estão técnicos do seguro social, médico peritos, médicos particulares, agenciadores de benefício e clientes de organização criminosa.
Durante a investigação foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentaria por invalidez, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 4.373.151,04 à Previdência.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional.
Segundo a PF, o nome da operação se deve ao fato de a maioria dos beneficiários associados pela organização criminosa terem simulado miocardiopatia – doença do músculo do coração – dilatada ao INSS, com base em documentos médicos ideologicamente falsificados.
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