O ano de 2018 começa com portas se abrindo em Campos, criando mais postos de trabalho graças a novos empreendedores
CAMPOS POR OCINEI TRINDADE
CAMPOS POR OCINEI TRINDADE
Bendita seja a crise. Isto mesmo. Para alguns, crise significa oportunidades. Diante da derrocada econômica brasileira dos últimos quatro anos, o número de desempregados só subiu, a quantidade de empresas de todos os tamanhos que fecharam as portas aumentou, o desânimo e a perplexidade assolou o país, mas teve gente que sobreviveu com a informalidade e a criatividade.
O fantasma do desemprego ainda assombra mais de 13 milhões de brasileiros (ver infográfico), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, há também boas notícias acontecendo desde que a crise econômica começou a perder força e o mercado de trabalho passou a reagir. Em Campos, o empresário Rosivaldo Nogueira conseguiu, em dois anos, abrir duas padarias e contratar 30 pessoas.
Rosivaldo, 35 anos, reúne garra e determinação. Ele começou a trabalhar aos 13 anos como faxineiro numa padaria. Com o tempo, além da limpeza do local, aprendeu o funcionamento da estrutura e dos meios de produção do pão e de outros tipos de massas. Dominou tanto o ofício de padeiro, de administrador e de finanças, que conseguiu uma vaga como consultor de padarias. Passou a viajar por todo o estado do Rio de Janeiro para ensinar como montar e como gerir o negócio.
“Eu aprendi tudo sobre o ramo de padarias, mas confesso que ter o meu próprio negócio era um grande sonho”, diz.
A padaria que abriu no bairro do IPS conquistou a simpatia e o interesse de clientes. Além de pães, o estabelecimento conta com uma grande variedade de produtos que enchem os olhos e aguçam o apetite. Rosivaldo viu no endereço escolhido para montar o negócio, a Avenida Doutor Beda, um dos mais promissores fora da área central de Campos. Em menos de dois anos, o negócio prosperou.
Depois do sucesso da primeira padaria, uma outra unidade foi aberta em novembro de 2017, no distrito de Goitacazes, outro polo que atrai compradores da região e de diferentes localidades da Baixada Campista. “Estamos muito felizes com o resultado. Investimos quase R$500 mil para montar as duas padarias. Conseguimos empregar 30 pessoas nesse período com carteira assinada”.
Mãos à obra
Nem só de pão vive o homem. Aos 36 anos, Thiago Domingues é outro exemplo de empreendedorismo. Ele nasceu e cresceu na zona rural de Campos, na localidade de Santa Ana. Há quatro anos, montou uma pequena loja de material de construção no distrito de Travessão. “Quem entra na minha loja não sai sem comprar. Eu aposto na simpatia e no bom tratamento ao cliente”, explica. Em janeiro, ele inaugurou uma filial de sua loja de Travessão na localidade de Santa Ana, onde nasceu. Investiu 30 mil reais em reforma de um prédio no quintal da casa de seus pais que estava vazio e sem utilização. Transformou o local em seu novo estabelecimento. Ao todo, conseguiu empregar oito pessoas. Abrir um negócio do ramo de construção na zona rural pode parecer estranho e arriscado, mas não para Thiago.
“Não há nenhuma loja do ramo na região. Sou o primeiro até agora. Aqui em Santa Ana, estou perto de outras localidades como Campelo, Cajueiro, Mundéus, Brejo Grande, Caxias e Jacarandá”.
Fome de lucros
O fantasma do desemprego ainda assombra mais de 13 milhões de brasileiros (ver infográfico), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, há também boas notícias acontecendo desde que a crise econômica começou a perder força e o mercado de trabalho passou a reagir. Em Campos, o empresário Rosivaldo Nogueira conseguiu, em dois anos, abrir duas padarias e contratar 30 pessoas.
Rosivaldo, 35 anos, reúne garra e determinação. Ele começou a trabalhar aos 13 anos como faxineiro numa padaria. Com o tempo, além da limpeza do local, aprendeu o funcionamento da estrutura e dos meios de produção do pão e de outros tipos de massas. Dominou tanto o ofício de padeiro, de administrador e de finanças, que conseguiu uma vaga como consultor de padarias. Passou a viajar por todo o estado do Rio de Janeiro para ensinar como montar e como gerir o negócio.
“Eu aprendi tudo sobre o ramo de padarias, mas confesso que ter o meu próprio negócio era um grande sonho”, diz.
A padaria que abriu no bairro do IPS conquistou a simpatia e o interesse de clientes. Além de pães, o estabelecimento conta com uma grande variedade de produtos que enchem os olhos e aguçam o apetite. Rosivaldo viu no endereço escolhido para montar o negócio, a Avenida Doutor Beda, um dos mais promissores fora da área central de Campos. Em menos de dois anos, o negócio prosperou.
Depois do sucesso da primeira padaria, uma outra unidade foi aberta em novembro de 2017, no distrito de Goitacazes, outro polo que atrai compradores da região e de diferentes localidades da Baixada Campista. “Estamos muito felizes com o resultado. Investimos quase R$500 mil para montar as duas padarias. Conseguimos empregar 30 pessoas nesse período com carteira assinada”.
Mãos à obra
Nem só de pão vive o homem. Aos 36 anos, Thiago Domingues é outro exemplo de empreendedorismo. Ele nasceu e cresceu na zona rural de Campos, na localidade de Santa Ana. Há quatro anos, montou uma pequena loja de material de construção no distrito de Travessão. “Quem entra na minha loja não sai sem comprar. Eu aposto na simpatia e no bom tratamento ao cliente”, explica. Em janeiro, ele inaugurou uma filial de sua loja de Travessão na localidade de Santa Ana, onde nasceu. Investiu 30 mil reais em reforma de um prédio no quintal da casa de seus pais que estava vazio e sem utilização. Transformou o local em seu novo estabelecimento. Ao todo, conseguiu empregar oito pessoas. Abrir um negócio do ramo de construção na zona rural pode parecer estranho e arriscado, mas não para Thiago.
“Não há nenhuma loja do ramo na região. Sou o primeiro até agora. Aqui em Santa Ana, estou perto de outras localidades como Campelo, Cajueiro, Mundéus, Brejo Grande, Caxias e Jacarandá”.
Fome de lucros
Anderson Baltazar, 31 anos, em junho de 2017, decidiu realizar um antigo sonho: abrir um bar. Quem passa pela pequena Rua das Flores, no Parque Bela Vista, não fica indiferente. O estabelecimento chama a atenção pela fachada moderna, elegante e despojada. Anderson conta que investiu R$50 mil para abrir o negócio. O prédio pertence à sua família que mora ao lado.
“Aqui já funcionou uma lan house durante quatro anos. Depois que a Internet se popularizou e os smartphones ficaram acessíveis, ficou difícil manter o negócio. Daí, resolvi abrir um pet shop que também durou quatro anos, mas que perdi o interesse porque era muito trabalhoso e não estava dando o retorno esperado. Foi então que decidi abrir o bar, meu antigo sonho”, revela Anderson.
O empresário conta que o bar é um negócio de família. Ele, a mãe e a irmã trabalham juntos. Apesar de funcionar das 18h à meia-noite, sua rotina de trabalho é maior. São cerca de 15 horas de atividades diárias. “É preciso comprar produtos, preparar os espetos de carne — nossa especialidade — abastecer geladeiras com bebidas, limpar o estabelecimento, receber e pagar fornecedores. Para atrair mais clientes, estamos preparando caldos também. E aos domingos, abrimos para almoço com cardápio variado. Pretendo fazer entregas delivery em breve e terceirizar o serviço. É uma forma de gerar mais renda e ampliar o negócio”, planeja.
Recomendações
De acordo com o gerente regional do Sebrae em Campos, Gilberto Soares, é preciso mesmo planejar bem um negócio na hora de empreender, pois, em média, novos investimentos não passam de dois anos funcionando, no Brasil. “Muitas pessoas que perderam emprego abriram um negócio com o dinheiro da indenização. É comum não dar certo quando não há conhecimento suficiente sobre o produto ou o serviço escolhido para vender. Para evitar isso, sugerimos planejamento estratégico, um plano de negócios e estudos para que o investidor não perca dinheiro e nem tempo, o que, infelizmente, acontece”, avalia o gerente.
Fechar as portas não estão nos planos de Rosivaldo Nogueira, Thiago Domingues e Anderson Baltazar. Ao contrário. Eles se dedicam muitas horas do dia para manterem o sonho realizado de trabalharem no que gostam e naquilo que acreditam. Talvez, estes sejam alguns dos ingredientes para a fórmula do sucesso que vêm experimentando nos negócios, cada um no seu segmento. Sabendo que as crises passam, e que elas podem gerar mudanças de hábitos e desenvolvimento de um novo futuro, está aí uma chance de repensar a respeito de prosperidade e desejos. Bendita seja a crise.
“Aqui já funcionou uma lan house durante quatro anos. Depois que a Internet se popularizou e os smartphones ficaram acessíveis, ficou difícil manter o negócio. Daí, resolvi abrir um pet shop que também durou quatro anos, mas que perdi o interesse porque era muito trabalhoso e não estava dando o retorno esperado. Foi então que decidi abrir o bar, meu antigo sonho”, revela Anderson.
O empresário conta que o bar é um negócio de família. Ele, a mãe e a irmã trabalham juntos. Apesar de funcionar das 18h à meia-noite, sua rotina de trabalho é maior. São cerca de 15 horas de atividades diárias. “É preciso comprar produtos, preparar os espetos de carne — nossa especialidade — abastecer geladeiras com bebidas, limpar o estabelecimento, receber e pagar fornecedores. Para atrair mais clientes, estamos preparando caldos também. E aos domingos, abrimos para almoço com cardápio variado. Pretendo fazer entregas delivery em breve e terceirizar o serviço. É uma forma de gerar mais renda e ampliar o negócio”, planeja.
Recomendações
De acordo com o gerente regional do Sebrae em Campos, Gilberto Soares, é preciso mesmo planejar bem um negócio na hora de empreender, pois, em média, novos investimentos não passam de dois anos funcionando, no Brasil. “Muitas pessoas que perderam emprego abriram um negócio com o dinheiro da indenização. É comum não dar certo quando não há conhecimento suficiente sobre o produto ou o serviço escolhido para vender. Para evitar isso, sugerimos planejamento estratégico, um plano de negócios e estudos para que o investidor não perca dinheiro e nem tempo, o que, infelizmente, acontece”, avalia o gerente.
Fechar as portas não estão nos planos de Rosivaldo Nogueira, Thiago Domingues e Anderson Baltazar. Ao contrário. Eles se dedicam muitas horas do dia para manterem o sonho realizado de trabalharem no que gostam e naquilo que acreditam. Talvez, estes sejam alguns dos ingredientes para a fórmula do sucesso que vêm experimentando nos negócios, cada um no seu segmento. Sabendo que as crises passam, e que elas podem gerar mudanças de hábitos e desenvolvimento de um novo futuro, está aí uma chance de repensar a respeito de prosperidade e desejos. Bendita seja a crise.
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