As fortes chuvas dos últimas dias, em Campos e região, deixaram consequências. Entre elas, a cheia dos rios Paraíba do Sul e Ururaí, que voltaram a subir durante esta terça-feira. A medição apontou que o Paraíba estava em 9,20m. De acordo com a Defesa Civil, em menos de 12h, o nível subiu quase um metro. Na última segunda-feira, o rio marcava 8,40m. A última vez que o rio Paraíba ultrapassou a marca de 9 m foi registrada em janeiro de 2016. A cota para o rio transbordar é de 10,40m. Em São João da Barra, a Defesa Civil também segue com monitoramento do Paraíba. Já o Ururaí, que transbordou ao ultrapassar a cota de 3,80m no último fim de semana, chegou a 4,10m pela manhã e 4,11 na medição do fim da tarde. No município de Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense, o rio Pomba chegou a transbordar, mas o nível se manteve estável ao longo do dia e apresentou uma baixa no início da noite. O rio Muriaé também começou a baixar.Segundo a Defesa Civil de Campos, a previsão é de que não chova até a próxima sexta-feira e a Prefeitura tem atuado nas regiões mais afetadas. Em Morro do Coco, no norte da cidade, as secretarias de Desenvolvimento Humano e Social e de Infraestrutura e Mobilidade Urbana atuam de forma conjunta com a Defesa Civil, desde a sexta-feira passada, e, de acordo com o órgão, a situação está sob controle. Os números de desabrigados e desalojados são os mesmos do fim de semana: 11 e sete, respectivamente.Em Lagoa de Cima e na região do Imbé, a secretaria municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana concentrou o trabalho na desobstrução das estradas que dão acesso aos moradores de Aleluia, Conceição do Imbé e Mocotó, que ficaram isolados devido ao volume da água. “Naquela região não há nenhuma família desalojada. Eles possuem meu telefone e estamos monitorando e dando assistência dessa forma também”, informou o coordenador da Defesa Civil de Campos, major Edison Pessanha. No final da tarde, continuava impossível transitar pela Lagoa. Após limpeza, moradores conseguiram vir a Campos por um caminho alternativo.
Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí
Em Ururaí, várias casas que beiram o rio foram atingidas e seguem alagadas. Segundo major Edison Pessanha, o local é impróprio para moradia e já havia sido interditado. Ele explica que, apesar disso, as famílias tendem a construir suas residências por conta das necessidades pessoais. “Mesmo com a irregularidade, a Prefeitura está assistindo essas famílias e, até o momento, quatro delas saíram do local por conta própria”, afirmou. Na tarde desta terça, a Defesa Civil precisou acionar a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia no município, para verificar a situação de um poste, no intuito de evitar choques.A moradora Clarissa Alves, de 34 anos, optou por permanecer em casa junto dos três filhos. “Por enquanto só estou com um quarto cheio de água, dá para ficar. Na casa da minha mãe que está pior, mas ela também não quer sair”, disse. A Defesa Civil orientou sobre a possibilidade de remoção.Fmanhã
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