O aumento foi sentido em Campos e nos estabelecimentos do país; importação de trigo e alta do dólar impactaram nos preços
OCINEI TRINDADE
Roosevaldo (à esquerda) tentou evitar reajustar o valor do pão (Foto:Silvana Rust)
A semana começou com pão mais caro nas padarias e supermercados. Em Campos, o pãozinho que valia R$0,30 passou a custar R$0,40, em média. Reajuste em torno de 30% nos estabelecimentos da cidade. O quilo do pão que custava R$10,90, está custando por volta R$12,90. O Brasil não produz trigo suficiente, e a importação equivale a 50% da demanda. Com a alta do dólar, o produto passou a custar mais em real. Os importadores pagam mais caro; assim como os comerciantes que repassaram a conta ao consumidor.
Em uma padaria tradicional da cidade, na Avenida José Alves de Azevedo, pão só é vendido a peso. A vendedora Graziela disse que desde segunda-feira (11), passou a vender pão mais caro. Segundo ela, algumas pessoas perceberam a conta mais alta comprando a mesma quantidade de pães. Já em outro bairro da periferia, no Parque Tropical, a dona de casa Olga Andrade tomou um susto quando chegou de manhã para comprar pão:
“Na minha casa, costumamos comprar todo dia sete pães. Há muito tempo, pagava R$2,10. No entanto, hoje fiquei devendo à balconista R$0,70. O dinheiro não deu para pagar o novo valor de R$2,80. A vendedora explicou que foi a alta do trigo e do gás de cozinha que fez com que subisse os preços. Agora, é preciso economizar ou comer menos pão”, avalia.
Para o comerciante Roosevaldo Nogueira, dono de duas padarias em Campos, a alta do trigo já estava acontecendo antes da greve dos caminhoneiros que afetou o abastecimento em todo o país. “O Brasil costuma comprar trigo da Argentina. Por lá, a safra foi ruim por conta do clima. Estamos importando trigo do Canadá e dos Estados Unidos. Com a alta do dólar, o trigo está mais caro há várias semanas. A gente fez de tudo para não repassar para o consumidor o reajuste. Mas chegou um momento que ficou difícil não reajustar o preço do pão”, explicou.
Roosevaldo diz ainda que seus fornecedores têm reajustado o valor do trigo quase semanalmente. Segundo ele, é preciso comprar mais quantidades de trigo para obter um desconto. “Uma saca de 25 quilos de trigo valia R$32. Atualmente, o mesmo produto tem sido vendido por R$52 ou até R$70, dependendo da qualidade da farinha. É uma situação ruim para o cliente, mas também a gente é afetado pagando mais caro pela matéria-prima para fazer o pão”, lamentou. Outros produtos feitos com a utilização da farinha de trigo devem sofrer também algum tipo reajuste, já admitem setores da indústria.
OCINEI TRINDADE
Roosevaldo (à esquerda) tentou evitar reajustar o valor do pão (Foto:Silvana Rust)
A semana começou com pão mais caro nas padarias e supermercados. Em Campos, o pãozinho que valia R$0,30 passou a custar R$0,40, em média. Reajuste em torno de 30% nos estabelecimentos da cidade. O quilo do pão que custava R$10,90, está custando por volta R$12,90. O Brasil não produz trigo suficiente, e a importação equivale a 50% da demanda. Com a alta do dólar, o produto passou a custar mais em real. Os importadores pagam mais caro; assim como os comerciantes que repassaram a conta ao consumidor.
Em uma padaria tradicional da cidade, na Avenida José Alves de Azevedo, pão só é vendido a peso. A vendedora Graziela disse que desde segunda-feira (11), passou a vender pão mais caro. Segundo ela, algumas pessoas perceberam a conta mais alta comprando a mesma quantidade de pães. Já em outro bairro da periferia, no Parque Tropical, a dona de casa Olga Andrade tomou um susto quando chegou de manhã para comprar pão:
“Na minha casa, costumamos comprar todo dia sete pães. Há muito tempo, pagava R$2,10. No entanto, hoje fiquei devendo à balconista R$0,70. O dinheiro não deu para pagar o novo valor de R$2,80. A vendedora explicou que foi a alta do trigo e do gás de cozinha que fez com que subisse os preços. Agora, é preciso economizar ou comer menos pão”, avalia.
Para o comerciante Roosevaldo Nogueira, dono de duas padarias em Campos, a alta do trigo já estava acontecendo antes da greve dos caminhoneiros que afetou o abastecimento em todo o país. “O Brasil costuma comprar trigo da Argentina. Por lá, a safra foi ruim por conta do clima. Estamos importando trigo do Canadá e dos Estados Unidos. Com a alta do dólar, o trigo está mais caro há várias semanas. A gente fez de tudo para não repassar para o consumidor o reajuste. Mas chegou um momento que ficou difícil não reajustar o preço do pão”, explicou.
Roosevaldo diz ainda que seus fornecedores têm reajustado o valor do trigo quase semanalmente. Segundo ele, é preciso comprar mais quantidades de trigo para obter um desconto. “Uma saca de 25 quilos de trigo valia R$32. Atualmente, o mesmo produto tem sido vendido por R$52 ou até R$70, dependendo da qualidade da farinha. É uma situação ruim para o cliente, mas também a gente é afetado pagando mais caro pela matéria-prima para fazer o pão”, lamentou. Outros produtos feitos com a utilização da farinha de trigo devem sofrer também algum tipo reajuste, já admitem setores da indústria.
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