terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Polícia Federal ouve porteiros na Câmara de Vereadores

Esclarecimentos acontecem após reportagem denunciar existência de 30 profissionais
BLOG DOS JORNALISTAS

Uma equipe da Polícia Federal esteve na Câmara de Vereadores de Campos, na tarde desta segunda-feira (10) para ouvir os porteiros da instituição sobre suposta irregularidade nas contratações que foi denunciada em recente reportagem da TV Globo.

A ação policial aconteceu durante sessão solene na Casa de Leis.

A reportagem mostrou que a Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes, tem 25 vereadores e 30 porteiros e revelou também que em fevereiro, a casa tinha apenas dois porteiros e o número foi aumentando até chegar a 30 em outubro de 2018.

De acordo com levantamento da emissora, o custo desses profissionais aos cofres públicos é de mais de R$ 170 mil.

Em nota, na época, o presidente da Casa, Marcão Gomes alegou que “desde o início de seu mandato, a despesa com o serviço de portaria e vigilância reduziu drasticamente. Na gestão anterior, o mesmo contrato era de cerca de R$173 mil reais por mês, ultrapassando a casa de mais 2 milhões por ano. Portanto, atualmente é gasto com o mesmo serviço aproximadamente R$ 30 mil reais por mês, uma redução considerável nos serviços de portaria e vigilância implementado na atual gestão. Qualquer outra colocação fora de contexto se trata de fake news e será tratada pelo jurídico da Casa de Leis. A verdade é que atualmente com os serviços de portaria e vigilância foi gerada uma grande economia aos cofres públicos. O número de profissionais contratados em regime de RPA atende à demanda administrativa do Legislativo que possui, em sua sede, um extenso estacionamento, três portões de entrada sendo um de amplo acesso público, 25 gabinetes de vereadores e demais dependências que necessitam do profissional (como o plenário que recebe grande número de pessoas), além de prestarem ainda serviços em outro prédio que é da Escola Municipal de Gestão do Legislativo – Emugle. Cabe ainda ressaltar que os serviços prestados são de 24 horas, com profissionais em escalas pelo fato de termos que manter a integridade patrimonial dos dois prédios”.

A posição do presidente se estendeu: “Em relação ao mês de janeiro, houve menor número de contratados nessa função devido ao recesso parlamentar, previsto em Regimento Interno, atendendo ainda quando necessário, solicitações de reforços para manter a segurança e a ordem junto à Guarda Municipal e Polícia Militar em reuniões com participação de grande número de pessoas nas dependências do Legislativo. Já em julho, o número manteve-se na média dos demais meses uma vez que o recesso parlamentar é menor e foram realizadas importantes reuniões na Câmara, como sessões extraordinárias e audiências públicas”.

O presidente ressaltou que “a informação sobre quaisquer vínculos partidários destes profissionais não é de conhecimento da presidência, uma vez que não é considerado nenhum caráter político na contratação dos mesmos. Todas as informações a respeito de orçamento e despesas são publicadas periodicamente no Portal da Transparência, no site da Câmara. A presidência deste Legislativo ressalta a verdade dos fatos e repudia qualquer informação distorcida que se transforme em fake news”.

O Jornal Terceira Via não conseguiu contato com os delegados da Polícia Federal para falar sobre a suposta investigação.
Nota da Câmara de Vereadores de Campos:


A equipe da Polícia Federal esteve na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (10), para verificar se os profissionais que atuam na portaria estavam desempenhando funções também de vigilância patrimonial.


O presidente da Câmara, Marcão Gomes, esclarece que, após a visita, houve notificação para contratação de vigilantes por meio de empresas especializadas, uma vez que a Polícia Federal não autoriza o exercício de funções de vigilância em regime de RPA. O presidente informa, ainda, que irá encaminhar a notificação para os órgãos de controle e jurídico para as providências legais.

O presidente reitera que a segurança e vigilância patrimonial da Câmara são realizadas com apoio da Guarda Civil Municipal com agentes que, inclusive, atuam em escala de 24 horas, e conta com auxílio do 8º Batalhão de Polícia Militar, solicitando reforço a estas instituições sempre que necessário.
Fonte:Terceira Via

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