quinta-feira, 28 de março de 2019

PRP quer mandato de Wladimir por infidelidade partidária

 

SUZY MONTEIRO

A troca de partido do deputado federal Wladimir Garotinho continua rendendo. Ele deixou o partido pelo qual foi eleito — o PRP — pelo PSD. Após a chegada de Wladimir ao partido, o presidente da legenda, Índio da Costa, se desfiliou. E agora a novela ganhou novo episódio: o PRP protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) representação, pedindo o mandato do parlamentar por infidelidade partidária. O processo já tem até relator: ministro Og Fernandes.
Após as eleições de outubro do ano passado, começaram as especulações de que Wladimir deixaria o PRP, partido que abrigou parte do grupo politico de seu pai, que foi afastado do PR no início do ano passado, após ficar preso por um mês em decorrência da operação Caixa d’ Água.
Em março, o deputado filiou-se ao PSD. Na ocasião, em postagem nas redes sociais, Wladimir disse que saiu do PRP porque o partido não alcançou a cláusula de barreira e deixou de existir.
O argumento foi contestado pelo vice-presidente estadual da legenda — que está se unindo com o Patriota em função da cláusula de barreira: “Só não existe para ele”, disse Demerval Casemiro, acrescentando: “O partido (PRP) o recebeu de braços abertos. Se não fosse pelo PRP, ele não teria sido eleito, já que os votos dos outros companheiros ajudaram na eleição dele. Nunca houve um agradecimento sequer”.
Nesta quarta-feira, Wladimir falou sobre o pedido do partido.
— Trata-se de uma atitude desequilibrada e desproporcional que será respondida com as devidas medidas judiciais. Essa ação está muito próxima da falsidade ideológica, uma vez que o PRP Nacional pediu baixa no CNPJ e, por isso, deixou de existir. A Constituição garante ao deputado eleito por partido que não atingir a cláusula de barreira se filiar a outro que tenha atingido, sem perda de mandato. Esse é o artigo 17, parágrafo 5º da Constituição. Por de trás dessa ação há interesses espúrios e inconfessáveis por parte dos autores, mas que serão mostradas em juízo — disse em nota.
Fmanhã

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