quinta-feira, 11 de abril de 2019

Operação prende policiais suspeitos de cobrarem propina em depósito de veículos

Entre os detidos está membro de grupo proprietário de depósito em Cordeiro, para onde foram levados carros apreendidos em Campos


(Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV)

Três policiais civis e quatro policiais militares foram presos na manhã desta quinta-feira (11) em Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e Cabo Frio. As prisões são parte da Operação Top Up, que foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e tem o objetivo coibir a atuação da chamada Máfia dos Depósitos.

Os detidos são acusados de cobrar propina para a liberação de carros do depósito municipal de Rio das Ostras. De acordo com o MP-RJ, eles praticaram crimes de corrupção passiva, desvio de dinheiro público e quebra de sigilo de dados.

Entre os presos está Washington de Oliveira Magalhães, que é integrante do grupo empresarial proprietário do Pátio Cordeiro, que fica na cidade de mesmo nome, na Região Serrana, para onde estavam sendo levados veículos apreendidos em Campos durante blitz da Lei Seca.

O Jornal Terceira Via denunciou o caso nesta terça-feira (9), após reclamações de condutores que tinham que viajar mais de três horas pra recuperar seus veículos, embora a Prefeitura mantenha contrato com Pátio Norte, que fica na margem da BR-101, a cerca de 20 minutos do Centro de Campos.

De acordo com o MP-RJ, o esquema consistia na apreensão sistemática de veículos que só eram liberados do depósito mediante pagamento de propina. Havia também, ainda segundo o MP-RJ, a troca de peças dos veículos.

Além de Washington, foram presos Vander Salgueiro Veiga, chefe da 3ª Companhia do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Rio das Ostras, apontado como líder do esquema; o policial civil Celso Alves, suspeito de fazer a troca das peças; e um homem apontado como o fornecedor de armas da organização criminosa.

O tenente-coronel da PM Carlos Eduardo, que é ex-secretário de Segurança Pública de Rio das Ostras, é alvo de mandados de busca e apreensão e de prisão, mas não foi encontrado.

A Operação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e Polícia Civil com o apoio da Polícia Militar através do 35º Batalhão da PM.
Fonte:Terceira Via

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