terça-feira, 30 de abril de 2019

Servidores municipais entram em estado de greve em Campos

Eles rejeitaram a proposta da administração, com 4,18% de reajuste salarial


Foto: Divulgação

Servidores municipais decidiram em assembléia realizada na noite dessa segunda-feira (29), na sede do sindicato, entrar em estado de greve e manter a reivindicação de 15%. Cerca de 500 trabalhadores se concentraram para deliberar sobre a proposta apresentada pela prefeitura.

Eles rejeitaram a proposta da administração, com 4,18% de reajuste salarial. Os servidores municipais também anunciaram uma paralisação no próximo dia 06 e uma manifestação no mesmo dia, às 07h00, em frente ao CESEC. Foi marcada uma nova assembleia para a próximo dia 08, às 18:00 também em frente ao CESEC.

Em nota, a Prefeitura de Campos disse que fez vários cálculos para apresentar uma proposta de reajuste aos servidores, dentro da realidade econômica do município. Campos possui uma folha de pagamento do funcionalismo de R$ 79 milhões, o que compromete 47% da arrecadação própria do município. Um reajuste superior ao que está sendo oferecido (4,18%, de acordo com IPC-A) ultrapassa o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Com o reajuste proposto pelo município, o impacto na folha de pagamento será de R$ 40 milhões, ao ano. Um reajuste de 15% causaria um impacto de R$ 150 milhões na folha de pagamento ao ano. O principal objetivo no momento é manter o pagamento do servidor em dia, como vem acontecendo graças ao planejamento realizado pela equipe econômica da Prefeitura. A Prefeitura também vem lutando por outras conquistas para os servidores como a inauguração da Policlínica do Servidor, que atende o funcionalismo em várias especialidades médicas; está colocando em dia dívidas encontradas na Previdência dos Servidores do Município de Campos (PreviCampos) da ordem de R$ 180 milhões, que vêm sendo pagas pela atual gestão nos últimos dois anos, garantindo assim a aposentaria futura dos servidores e, também, criou outros benefícios, como o Clube de Descontos, entre outros. Nos últimos dois anos, a prefeitura vem mantendo diálogo com os servidores e, de forma transparente, apresentou os impactos que o município teve com a crise econômica e queda de arrecadação, tendo que manter o pagamento dos custos permanentes da prefeitura para manter o funcionamento de serviços essenciais. Paralelo a isso, busca alternativas para reduzir a dependência dos royalties e fomentar a economia, gerando emprego e renda.

Fonte: Redação

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