CATARINE BARRETO E VIRNA ALENCAR
O barbeiro Richardson Siqueira, de 22 anos, trabalha em uma barbearia inaugurada há 20 dias, na rua Almirante Wandenkolk, na área da Pelinca. Ele contou que os bandidos tentaram arrombar o estabelecimento, antes de entrarem no restaurante Vitrine. “Eles levantaram a tranca da porta de entrada, não conseguiram arrombar e partiram para o estabelecimento ao lado. Lá, eles conseguiram quebrar a porta de vidro, pegaram a televisão do restaurante, que por algum motivo foi abandonada na entrada do restaurante”, disse ele ao acrescentar que já perdeu as contas das tentativas ocorridas em outros estabelecimentos, como o restaurante Bonno Grill, na semana passada.
O empresário Jhonys Maciel, de 32 anos, contou que há três semanas se deparou com quatro homens em um carro observando o seu restaurante, mas por sorte não foi alvo de ação criminosa como os vizinhos. “Eles rodaram o quarteirão por duas vezes, mas passou uma blazer da polícia e acho que isso frustrou a ação. Geralmente, eles atuam em motocicletas e estudam o ambiente primeiro. O restaurante é bastante movimentado e isso também acaba inibindo à pratica criminosa, porque eles não sabem o que vão encontrar, algum cliente pode ser policial”, disse.
Nas redes sociais, o assunto também foi comentado. A empresária Tânia Borges, proprietária do STB Minimercado, aproveitou o espaço para fazer sua crítica. “O final da Pelinca é alvo de arrombadores quase todas as noites durante a madrugada. Esta noite foi o restaurante Vitrine. O STB já perdeu as contas das tentativas. Semana passada foi o restaurante Bonno, Pelinca Gourmet, além da tentativa frustrada no restaurante Dom. Não temos mais paz. Algo precisa ser feito, uma área que deveria ser muito bem vista pelas autoridades, pois por aqui circulam muitos turistas, os hotéis muitas vezes tem 100% de ocupação, um bairro onde o IPTU é um dos mais elevados”, postou Tânia no último dia 20.
Já no dia 20, por volta das 19h, outro caso foi registrado na praça do bairro. Um homem, de 44 anos, foi assaltado após parar no local para tirar uma selfie. “Vi ele passando, mas a moto estava com baú, então achei que fosse algum motoboy. Era uma moto branca. Ele desceu engatilhando a arma e apontando para minha cabeça, dizendo para passar logo o celular. Não reagi e entreguei. Mesmo com a pracinha cheia, ele não se incomodou”, explicou.
Segundo o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Rodrigo Ibiapina, casos de arrombamento geralmente acontecem durante a madrugada, quando os criminosos encontram determinada facilidade para praticarem o delito. Ele afirmou que existe ronda programada pelas ruas do Flamboyant e Pelinca. Neste mês, a PM conseguiu prender três arrombadores em flagrante – dois no Centro e outro na Pelinca.
— Nós mantemos na Pelinca um policiamento 24 horas para atender qualquer tipo de demanda, por isso, a polícia tem por obrigação fazer o deslocamento de forma ostensiva, ou seja, com sinalizador ligado, entre outras medidas. O arrombador se aproveita da oportunidade, já que não vai praticar o crime com a polícia passando na frente. Os estabelecimentos também devem se precaver e investir em equipamentos de segurança como sistema integrado de câmeras e alarmes, que irão facilitar inclusive nas investigações da Polícia Civil”, disse.
Com relação ao Flamboyant, o comandante disse que “as informações foram passadas para a sala de operações e para os policiais, para que fiquem mais atentos a essa dinâmica e às abordagens”, concluiu.
A Folha tentou contato com o delegado titular da 134ª Delegacia de Polícia, Bruno Clauder, no Centro, mas não obteve respostas. A assessoria de comunicação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro também foi contatada, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
Restaurante Vitrine foi arrombado no último dia 20 / Genilson Pessanha
Duas áreas consideradas nobres de Campos, Flamboyant e Pelinca, têm sido alvos de assaltos e arrombamentos o que faz aumentar a sensação de insegurança de moradores e comerciantes. No Flamboyant, dois assaltos foram registrados em menos de 24 horas, no último final de semana. Na Pelinca, o caso mais recente de arrombamento foi registrado no restaurante Vitrine, também na madrugada do último sábado. A situação chegou a ser repercutida nas redes sociais.
O barbeiro Richardson Siqueira, de 22 anos, trabalha em uma barbearia inaugurada há 20 dias, na rua Almirante Wandenkolk, na área da Pelinca. Ele contou que os bandidos tentaram arrombar o estabelecimento, antes de entrarem no restaurante Vitrine. “Eles levantaram a tranca da porta de entrada, não conseguiram arrombar e partiram para o estabelecimento ao lado. Lá, eles conseguiram quebrar a porta de vidro, pegaram a televisão do restaurante, que por algum motivo foi abandonada na entrada do restaurante”, disse ele ao acrescentar que já perdeu as contas das tentativas ocorridas em outros estabelecimentos, como o restaurante Bonno Grill, na semana passada.
O empresário Jhonys Maciel, de 32 anos, contou que há três semanas se deparou com quatro homens em um carro observando o seu restaurante, mas por sorte não foi alvo de ação criminosa como os vizinhos. “Eles rodaram o quarteirão por duas vezes, mas passou uma blazer da polícia e acho que isso frustrou a ação. Geralmente, eles atuam em motocicletas e estudam o ambiente primeiro. O restaurante é bastante movimentado e isso também acaba inibindo à pratica criminosa, porque eles não sabem o que vão encontrar, algum cliente pode ser policial”, disse.
Nas redes sociais, o assunto também foi comentado. A empresária Tânia Borges, proprietária do STB Minimercado, aproveitou o espaço para fazer sua crítica. “O final da Pelinca é alvo de arrombadores quase todas as noites durante a madrugada. Esta noite foi o restaurante Vitrine. O STB já perdeu as contas das tentativas. Semana passada foi o restaurante Bonno, Pelinca Gourmet, além da tentativa frustrada no restaurante Dom. Não temos mais paz. Algo precisa ser feito, uma área que deveria ser muito bem vista pelas autoridades, pois por aqui circulam muitos turistas, os hotéis muitas vezes tem 100% de ocupação, um bairro onde o IPTU é um dos mais elevados”, postou Tânia no último dia 20.
Vítimas de assalto no Flamboyant registraram ocorrência / Genilson Pessanha
No Flamboyant, as vítimas afirmaram que o modo de agir dos assaltantes seria o mesmo. De forma violenta, os ladrões chegam armados e ameaçam as vítimas, caso elas não passem os celulares e carteiras. No dia 19, um suspeito chegou em uma moto vermelha e de capacete, para não ser identificado, abordando um homem de 32 anos e duas jovens de 24 e 28 anos, uma delas grávida, que estavam na rua Erculino Aquino, por volta das 22h. O suspeito desceu do veículo com arma em punho exigindo celulares e a carteira de uma das vítimas. Ao informar que não havia carteira, o assaltante engatilhou a arma e ameaçou o rapaz. Foram levados três celulares na ação.
Já no dia 20, por volta das 19h, outro caso foi registrado na praça do bairro. Um homem, de 44 anos, foi assaltado após parar no local para tirar uma selfie. “Vi ele passando, mas a moto estava com baú, então achei que fosse algum motoboy. Era uma moto branca. Ele desceu engatilhando a arma e apontando para minha cabeça, dizendo para passar logo o celular. Não reagi e entreguei. Mesmo com a pracinha cheia, ele não se incomodou”, explicou.
Segundo o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Rodrigo Ibiapina, casos de arrombamento geralmente acontecem durante a madrugada, quando os criminosos encontram determinada facilidade para praticarem o delito. Ele afirmou que existe ronda programada pelas ruas do Flamboyant e Pelinca. Neste mês, a PM conseguiu prender três arrombadores em flagrante – dois no Centro e outro na Pelinca.
— Nós mantemos na Pelinca um policiamento 24 horas para atender qualquer tipo de demanda, por isso, a polícia tem por obrigação fazer o deslocamento de forma ostensiva, ou seja, com sinalizador ligado, entre outras medidas. O arrombador se aproveita da oportunidade, já que não vai praticar o crime com a polícia passando na frente. Os estabelecimentos também devem se precaver e investir em equipamentos de segurança como sistema integrado de câmeras e alarmes, que irão facilitar inclusive nas investigações da Polícia Civil”, disse.
Com relação ao Flamboyant, o comandante disse que “as informações foram passadas para a sala de operações e para os policiais, para que fiquem mais atentos a essa dinâmica e às abordagens”, concluiu.
A Folha tentou contato com o delegado titular da 134ª Delegacia de Polícia, Bruno Clauder, no Centro, mas não obteve respostas. A assessoria de comunicação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro também foi contatada, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
Fmanhã
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