segunda-feira, 24 de junho de 2019

Conselho Nacional de Política Energética se reúne nesta segunda-feira, 24, para discutir novas regras para o mercado de gás no país

Escrito por Tunan Teixeira


Um dos assuntos mais comentados durante a Avant Premiere para o lançamento da 10ª edição da feira Brasil Offshore 2019, o mercado de gás natural será o tema de uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que acontece no próximo dia 24, em Brasília, às vésperas do evento, que acontece em Macaé entre os dias 25 e 28 deste mês.

A expectativa da indústria do petróleo, que terá importantes representantes na Brasil Offshore, como as gigantes Wärtsilä, Aker Solutions, Mobil, Priner, Nuclep, Contitech, Yokogawa, é que na reunião do CNPE as novas regras para o mercado de gás natural sigam a linha das propostas do projeto Gás para Crescer, discutido em uma nota técnica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2018.

O governo espera que o CNPE faça a mediação de interesses e propostas que chegam por meio da ANP, dos ministérios da Economia e de Minas e Energia, e de empresas do setor energético, que vê o gás natural como o combustível principal da transição energética para uma economia descarbonizada.

“Um país competitivo busca por contratos competitivos e formas de atrair os investidores em longo prazo. A questão do gás é uma grande prioridade que a indústria tem observado ao longo desses últimos 3 meses. Nós entramos em um projeto de construção e produção de energia elétrica . E mais do que nunca, a integração de gás na exploração em águas profundas com o mercado de geração de energia elétrica é uma perspectiva tangível e não é promessa. É uma realidade que está muito próxima de todos nós”, comentou André Araújo, presidente da Shell no Brasil, durante a Avant Premiere da Brasil Offshore, que aconteceu em março desse ano.

O mercado de energia elétrica citado por ele se referia ao anúncio feito 1 mês antes, das empresas Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS), que prometiam investimentos de 700 milhões de dólares para a construção e operação da Usina Termelétrica Marlim Azul, em Macaé, e que será abastecida justamente pelo gás do pré-sal.

Com previsão de funcionamento em 2022, a usina será a primeira no Brasil a usar turbinas a gás M501JAC da Mitsubishi, equipadas com tecnologia capaz de produzir eletricidade mais eficiente e confiável com baixo consumo de água e de emissões.

No Rio, o setor é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que investiga o serviço de distribuição de gás natural no Estado, e questiona ainda o alto custo do gás no Rio, que subiu 98% em 2 anos.

Depois de ser questionada pela CPI da Alerj, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) aprovou medidas para aumentar a concorrência no setor, como a redução do volume mínimo para caracterização do consumidor livre e maior autonomia na construção de gasodutos.

Entre as mudanças promovidas pela Agenersa para aumentar a concorrência no setor, estão a redução do volume mínimo para caracterização do consumidor livre e a maior autonomia na construção de gasodutos, que podem reduzir o custo do gás natural no Estado do Rio, um dos maiores produtores de gás do país.

Comemorando 20 anos de realização, a Brasil Offshore 2019 é organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado em conjunto com o Society of Petroleum Engineers (SPE) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), acontece a partir do próximo dia 25, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, das 14h às 21h, até o dia 28.
O Diário Lagos

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