quarta-feira, 17 de julho de 2019

Após cobrança da Comissão de Turismo da Alerj, DER-RJ vai retirar radares da Rodovia Amaral Peixoto

Escrito por Tunan Teixeira


Depois da cobrança de deputados estaduais do Rio, o Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Rio (DER-RJ) começará a desligar radares de velocidade instalados em áreas de risco de rodovias estaduais, entre elas a Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), que corta a região.

A medida cumpre a Lei Estadual 7.580, de 2017, de autoria do deputado Dionísio Lins (PP), que proibiu a instalação de novos radares em áreas de risco mapeadas e conhecidas por terem grandes índices de assaltos ou confrontos armados.

A Alerj acrescenta que a mesma lei também determinou a realização de estudos para a retirada gradual de radares já instalados que se encontrem em áreas de risco, e que a decisão do DER-RJ provocará a retirada de 16 equipamentos nas rodovias RJ-104 e RJ-106, que ligam o município de São Gonçalo aos municípios da Região dos Lagos e do Norte Fluminense.

O anúncio foi feito após cobrança de comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), com participação de deputados de Macaé e de Campos dos Goytacazes, entre eles, o presidente da Comissão de Turismo da Alerj, deputado Welberth Rezende (PPS), que até o fim do ano passado, foi vereador em Macaé.

Comemorando a decisão, Welberth lembrou que o cumprimento da lei foi tema de uma audiência pública realizada no início de maio, em que deputados cobraram do DER-RJ a instalação dos radares na Amaral Peixoto às vésperas do Carnaval.

“Fizemos a audiência sobre o número excessivo de radares nessa rodovia, com a presença do DER, e a partir dela começamos a cobrar o cumprimento da lei. Enviamos ofício à Polícia Militar (PM) solicitando as informações sobre áreas de risco, que embasaram essa decisão. Agradecemos à atual gestão do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários) pelo apoio e pela decisão”, comentou o deputado de Macaé.


De acordo com Welberth, a Comissão de Turismo da Alerj pretende continuar a discutindo a instalação dos radares em rodovias de acesso a regiões turísticas do Estado, questionando o caráter educativo de radares considerados escondidos que teriam o objetivo apenas de arrecadar.
Autor da lei e presidente da Comissão de Transportes da Alerj, Dionísio Lins afirmou que vai acompanhar o desligamento dos radares anunciados e cobrar a extensão da medida a outras rodovias.

“Não queremos incentivar o desrespeito às leis de trânsito como o excesso de velocidade e o avanço de sinal, mas sim colaborar para reduzir o número de vítimas inocentes que acabam tendo que escolher entre ser roubado ou avançar o pardal e ser multado”, disse o deputado.
Vice-presidente da Comissão de Turismo e moradora da cidade de Maricá, que também tem seu principal acesso pela RJ-106, a deputada Zeidan (PT) também comemorou a decisão e afirmou que vai continuar cobrando.

“É um primeiro passo, mas apresentamos também outras sugestões, como no caminho para Maricá, elevar a velocidade acima de 60 km e retirar todos os radares de 50 km que foram instalados esse ano. Queremos acabar com a insegurança para a população e prejuízo para o turismo, atividade que gera tantos empregos na nossa região”, avalisou a deputada estadual petista.

Segundo o DER-RJ, os 16 radares que serão desligados nas duas rodovias foram definidos com base em informações passadas pelo Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar.

Presidente do DER-RJ, Uruan Cintra de Andrade afirmou que os radares serão retirados das rodovias, e que outras estradas estaduais passarão por análise semelhante com base em dados sobre a violência nas vias.
O Diário Lagos

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