quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Estado vai revitalizar cultura do coco em regiões fluminenses


Divulgação Governo do Estado do Rio

A revitalização da cultura do coco está na mira do Governo do Estado por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater-Rio), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa). A ação busca dar novo fôlego para a atividade econômica que envolve cerca de 600 produtores e mais 200 famílias em diferentes regiões fluminenses, inclusive de Quissamã, município que é o maior produtor do estado.
– Iniciamos o trabalho visando a revitalização da cultura do coco no estado do Rio de Janeiro, que na década de 1990 teve sua expansão no estado, atingindo em 2009 a produção de 22,5 milhões de litros de água de coco. Entretanto, nos últimos 10 anos, a produção caiu vertiginosamente, chegando a 6,7 milhões de litros de água de coco em 2018. O programa de revitalização da cultura tem por objetivo recuperar os coqueirais e aumentar a oferta de coco verde, garantindo o abastecimento das quatro agroindústrias que envasam água coco fresh no Estado – explica o diretor técnico Emater-Rio, João Batista Alves Pereira.

A proposta do programa é dobrar a atual produtividade média de 50 frutos/coqueiro/ano para ao menos 100 frutos/coqueiro/ano, e recuperar cerca de mil hectares em dois anos. O programa irá atuar nos municípios polos de produção localizados nas regiões das Baixadas litorâneas, Metropolitana e Norte do Estado do Rio de Janeiro. "Se pensarmos em rendimento, em valores pagos brutos, há uma variação de R$ 20 mil, chegando a R$ 25 mil por hectare", diz Pereira que visa trabalhar com 2,2 mil hectares no estado.
Os frutos são destinados principalmente ao mercado de consumo “in natura”, com grande potencial de venda para o envasamento de água de coco fresh, ou seja, a água de coco que não tem utilização de conservantes. Com a expansão anterior da cultura do coco, unidades indústrias foram erguidas em Barra do Piraí, em Cachoeiras de Macacu, São Pedro D’Aldeia e Quissamã, município que mais produz no estado.

Considerando que atualmente as agroindústrias instaladas no estado do Rio importam de outros estados a grande maioria do coco processado, o aumento da oferta de coco verde pelos produtores fluminense poderá ser colocado nestas agroindústrias, melhorando a qualidade de final do produto e contribuindo para o desenvolvimento local.

A revitalização envolve diferentes agentes como a Pesagro, dentro da estrutura da Seappa, Ministério da Agricultura, Embrapa. A meta é ter coqueirais recuperados entre dois e três anos. Os produtores terão acesso a linha de crédito do programa Frutificar, com recursos do Governo do Estado. Os empréstimos terão com carência de dois anos para investimento na produção com taxa de juros de 2% ao ano.

O Rio de Janeiro tem períodos de estiagem e para reduzir seus efeitos na produção nos coqueirais, o programa investe no manejo e irrigação para trabalhar com a maior produtividade possível. E as áreas de produção estão necessariamente ligadas a alguma agroindústria, com distâncias de 50 km no máximo, para garantia da venda do que foi produzido.
Fonte:Fmanhã

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