As siglas de maior tradição na política podem ser surpreendidas por legendas menos expressivas devido ao movimento de renovação
POR OCINEI TRINDADE
Cogitações partidárias: Rafael candidato à reeleição e o deputado Wladimir como um de seus adversários (Foto:Carlos Grevi)
O Brasil conta atualmente com 33 partidos registrados. Alguns nomes substituíram siglas. É o caso do Cidadania, partido do prefeito de Campos, Rafael Diniz, que antes se chamava PPS (Partido Progressista Socialista) que já foi PCB (Partido Comunista Brasileiro). Nas próximas eleições municipais, o Cidadania e todas as legendas com seus candidatos serão testados nas urnas e nas coligações que pretendem fazer. Tudo indica que Rafael disputará a reeleição em 2020. Partidos tradicionais como PDT, MDB, PT e PSDB, além dos menos conhecidos na cidade, já se movimentam para o pleito.
Para o cientista social José Luis Vianna Cruz, os partidos que mais devem crescer nas próximas eleições são o Partido Social Cristão (PSC) do governador Wilson Witzel, e o Partido Social Liberal (PSL) do presidente Jair Bolsonaro. “A eleição municipal tem outras peculiaridades, depende dos grupos nas cidades. Está tudo muito indefinido e acontecendo rápido. Não sabemos como se portarão os governos do estado e do município até lá. Já se desenha uma dança de candidatos e migrações de partidos atualmente” avalia.
De acordo com José Luis, ainda há um desgaste do Partido dos Trabalhadores e o antipetismo até o momento é forte. “O presidente Bolsonaro tem um apoio fiel da 30% do eleitorado que é grande. O conservadorismo moral, os religiosos e os mais pobres, além dos adeptos das rede sociais e das fake news podem dificultar uma volta forte do PT nas próximas eleições municipais” observa.
José Luis Viana Cruz é cientista social: análise sobre os partidos (Foto: Arquivo)
O MDB segue como um partido de destaque e influente, além do Democratas, considerados grandes forças oligárquicas no país. Para José Luis Vianna, as composições sem recorte ideológico e programático vão continuar no Brasil, principalmente nas eleições locais. “Em Campos, os clãs políticos são mais fortes que os partidos como os Garotinho, os Vianna e os Barbosa Diniz. Por último, o clã Barcellar. O conservadorismo local em Campos sempre foi muito forte. Entretanto, as próximas eleições podem ser pautadas pelo bolsonarismo e pelo antibolsonarismo, além do interesse pelo petismo e antipetismo”, avalia.
Wladimir, Caio e Bacellar
POR OCINEI TRINDADE
Cogitações partidárias: Rafael candidato à reeleição e o deputado Wladimir como um de seus adversários (Foto:Carlos Grevi)
O Brasil conta atualmente com 33 partidos registrados. Alguns nomes substituíram siglas. É o caso do Cidadania, partido do prefeito de Campos, Rafael Diniz, que antes se chamava PPS (Partido Progressista Socialista) que já foi PCB (Partido Comunista Brasileiro). Nas próximas eleições municipais, o Cidadania e todas as legendas com seus candidatos serão testados nas urnas e nas coligações que pretendem fazer. Tudo indica que Rafael disputará a reeleição em 2020. Partidos tradicionais como PDT, MDB, PT e PSDB, além dos menos conhecidos na cidade, já se movimentam para o pleito.
Para o cientista social José Luis Vianna Cruz, os partidos que mais devem crescer nas próximas eleições são o Partido Social Cristão (PSC) do governador Wilson Witzel, e o Partido Social Liberal (PSL) do presidente Jair Bolsonaro. “A eleição municipal tem outras peculiaridades, depende dos grupos nas cidades. Está tudo muito indefinido e acontecendo rápido. Não sabemos como se portarão os governos do estado e do município até lá. Já se desenha uma dança de candidatos e migrações de partidos atualmente” avalia.
De acordo com José Luis, ainda há um desgaste do Partido dos Trabalhadores e o antipetismo até o momento é forte. “O presidente Bolsonaro tem um apoio fiel da 30% do eleitorado que é grande. O conservadorismo moral, os religiosos e os mais pobres, além dos adeptos das rede sociais e das fake news podem dificultar uma volta forte do PT nas próximas eleições municipais” observa.
José Luis Viana Cruz é cientista social: análise sobre os partidos (Foto: Arquivo)
O MDB segue como um partido de destaque e influente, além do Democratas, considerados grandes forças oligárquicas no país. Para José Luis Vianna, as composições sem recorte ideológico e programático vão continuar no Brasil, principalmente nas eleições locais. “Em Campos, os clãs políticos são mais fortes que os partidos como os Garotinho, os Vianna e os Barbosa Diniz. Por último, o clã Barcellar. O conservadorismo local em Campos sempre foi muito forte. Entretanto, as próximas eleições podem ser pautadas pelo bolsonarismo e pelo antibolsonarismo, além do interesse pelo petismo e antipetismo”, avalia.
Wladimir, Caio e Bacellar
O deputado federal filiado Wladimir ao Partido Republicano Progressista (PRP) é um nome de destaque nas próximas eleições municipais. Assim como deputado estadual Rodrigo Bacellar, do Solidariedade. Cogita-se, ainda, que Caio Vianna (Foto), presidente do PDT (Partido Democrata Trabalhista) local disputará o pleito, mas ele negou-se a dar entrevista.
MDB
Para Leandro Castello, membro permanente do diretório do MDB, presidido por José Silvestre Neto é muito cedo para falar em candidaturas”. A política é muito dinâmica. De qualquer forma, o MDB quer realizar uma grande nominata e eleger entre 3 e 4 vereadores. A maior preocupação do partido para 2020 é obter novas filiações, o maior número possível, além de fortalecer as bases do partido. Falar em nomes pode ser prematuro, mas há quadros históricos e experientes no MDB como os ex-deputados Fernando Leite e Geraldo Pudim, além de Arnaldo Vianna, ex-prefeito e ex-deputado federal”, destaca.
PSL e Gil Vianna
Deputado estadual Gil Vianna do PSL (Foto:Arquivo)
O deputado estadual Gil Vianna diz que vai disputar a Prefeitura de Campos. O coordenador do PSL na região acha que o momento é propício. Estou com quase 54 anos de idade e sem dúvida estou preparado. As pessoas vão saber de fato, quem é quem, e quem realmente vai poder contribuir mais com sua experiência, com a finalidade e lealdade, o que temos de sobra. Então estamos prontos para disputar a eleição de 2020”, disse.
Rede Sustentabilidade
A Rede Sustentabilidade possui 500 filiados em Campos e boas expectativas para 2020. De acordo com o filiado Thiago Miquilito, a Rede não compactua com radicalismos de direita e de esquerda. “Não estamos dispostos a nos vincular com uma das oligarquias do município. A ideia é que tenhamos uma nominata de vereadores forte, capaz de eleger pelo menos dois vereadores. Sobre a majoritária estamos estudando um nome com experiência e capacidade administrativa; empatia e sensibilidade com as pessoas mais carentes; preocupado com a geração de emprego e renda”, diz.
Novo
O Partido Novo foi criado em 2015, mas só em 2018 ganhou mais visibilidade devido à candidatura de João Amoedo à Presidência da República. Em Campos, um diretório foi criado em 2018, mas já se sabe que o Novo não poderá concorrer nas eleições majoritárias para prefeito, pois não atingiu o número mínimo de 150 filiados. Os integrantes do Novo, Gustavo Messinger e Ralph Ibrahim, ainda aguardam orientações do diretório estadual.
Odisseia Carvalho é vice-presidente do diretório do PT em Campos (Foto: Arquivo)
Partido dos Trabalhadores
De acordo com a vice-presidente do PT em Campos, Odisséia Carvalho, o partido pretende construirmos uma candidatura fruto de um debate e de um projeto pra Campos, em uma frente com partidos de esquerda e progressistas. A escolha não será necessariamente um nome do PT. “Temos nomes de peso como José Maria Rangel, Roberto Moraes, Ana Cunha, entre outros, que podem representar essa frente. O antipetismo e o sentimento de anti-esquerda são movimentos fascistas representado pela extrema-direita no bolsonarismo. Em Campos, mais de 60% das pessoas votaram no presidente Jair Bolsonaro. É preciso fazer com que a população entenda o que está acontecendo sobre perseguições à esquerda. Campos é uma cidade extremamente conservadora e se encaixa no contexto do que ocorre no país.
O PT conta com cerca de 5 mil filiados em Campos. Para Odisseia, os partidos tradicionais não devem oferecer diferentes alternativas em 2020. “Na última eleição, Arnaldo Vianna não apoiou o filho Caio Vianna e não conseguiu transferir votos para Geraldo Pudim do MDB. Não vejo como inovadores os nomes de Rodrigo Bacellar (Solidariedade), Caio Vianna (PDT) e Gil Viana (PSL) que tem o apoio de Bolsonaro para disputar a sucessão de Rafael Diniz. Acho que o PT precisa fazer uma autocrítica e avaliar os erros que cometeu, mas acredito que nos anos em que o PT esteve no governo os pobres foram olhados e a economia foi bastante ativa, o país se desenvolveu com projeção internacional. Infelizmente, vivemos atualmente um governo ditador eleito democraticamente”, conclui.
MDB
Para Leandro Castello, membro permanente do diretório do MDB, presidido por José Silvestre Neto é muito cedo para falar em candidaturas”. A política é muito dinâmica. De qualquer forma, o MDB quer realizar uma grande nominata e eleger entre 3 e 4 vereadores. A maior preocupação do partido para 2020 é obter novas filiações, o maior número possível, além de fortalecer as bases do partido. Falar em nomes pode ser prematuro, mas há quadros históricos e experientes no MDB como os ex-deputados Fernando Leite e Geraldo Pudim, além de Arnaldo Vianna, ex-prefeito e ex-deputado federal”, destaca.
PSL e Gil Vianna
Deputado estadual Gil Vianna do PSL (Foto:Arquivo)
O deputado estadual Gil Vianna diz que vai disputar a Prefeitura de Campos. O coordenador do PSL na região acha que o momento é propício. Estou com quase 54 anos de idade e sem dúvida estou preparado. As pessoas vão saber de fato, quem é quem, e quem realmente vai poder contribuir mais com sua experiência, com a finalidade e lealdade, o que temos de sobra. Então estamos prontos para disputar a eleição de 2020”, disse.
Rede Sustentabilidade
A Rede Sustentabilidade possui 500 filiados em Campos e boas expectativas para 2020. De acordo com o filiado Thiago Miquilito, a Rede não compactua com radicalismos de direita e de esquerda. “Não estamos dispostos a nos vincular com uma das oligarquias do município. A ideia é que tenhamos uma nominata de vereadores forte, capaz de eleger pelo menos dois vereadores. Sobre a majoritária estamos estudando um nome com experiência e capacidade administrativa; empatia e sensibilidade com as pessoas mais carentes; preocupado com a geração de emprego e renda”, diz.
Novo
O Partido Novo foi criado em 2015, mas só em 2018 ganhou mais visibilidade devido à candidatura de João Amoedo à Presidência da República. Em Campos, um diretório foi criado em 2018, mas já se sabe que o Novo não poderá concorrer nas eleições majoritárias para prefeito, pois não atingiu o número mínimo de 150 filiados. Os integrantes do Novo, Gustavo Messinger e Ralph Ibrahim, ainda aguardam orientações do diretório estadual.
Odisseia Carvalho é vice-presidente do diretório do PT em Campos (Foto: Arquivo)
Partido dos Trabalhadores
De acordo com a vice-presidente do PT em Campos, Odisséia Carvalho, o partido pretende construirmos uma candidatura fruto de um debate e de um projeto pra Campos, em uma frente com partidos de esquerda e progressistas. A escolha não será necessariamente um nome do PT. “Temos nomes de peso como José Maria Rangel, Roberto Moraes, Ana Cunha, entre outros, que podem representar essa frente. O antipetismo e o sentimento de anti-esquerda são movimentos fascistas representado pela extrema-direita no bolsonarismo. Em Campos, mais de 60% das pessoas votaram no presidente Jair Bolsonaro. É preciso fazer com que a população entenda o que está acontecendo sobre perseguições à esquerda. Campos é uma cidade extremamente conservadora e se encaixa no contexto do que ocorre no país.
O PT conta com cerca de 5 mil filiados em Campos. Para Odisseia, os partidos tradicionais não devem oferecer diferentes alternativas em 2020. “Na última eleição, Arnaldo Vianna não apoiou o filho Caio Vianna e não conseguiu transferir votos para Geraldo Pudim do MDB. Não vejo como inovadores os nomes de Rodrigo Bacellar (Solidariedade), Caio Vianna (PDT) e Gil Viana (PSL) que tem o apoio de Bolsonaro para disputar a sucessão de Rafael Diniz. Acho que o PT precisa fazer uma autocrítica e avaliar os erros que cometeu, mas acredito que nos anos em que o PT esteve no governo os pobres foram olhados e a economia foi bastante ativa, o país se desenvolveu com projeção internacional. Infelizmente, vivemos atualmente um governo ditador eleito democraticamente”, conclui.
Fonte:Terceira Via
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