quinta-feira, 28 de novembro de 2019

CNJ retorna julgamento de juiz de Campos que acusou Gilmar

Mendes de receber “mala de dinheiro” para soltar Garotinho


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pautou para o dia 3 de dezembro a retomada do julgamento do processo administrativo disciplinar contra o juiz de Campos dos Goytacazes (RJ), Glaucenir Silva de Oliveira.

Glaucenir acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de receber “mala grande” de dinheiro para conceder liberdade aos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, no âmbito da Operação Caixa D’Água. O juiz também prendeu à época o ex-governador no caso da operação Chequinho.

Em outubro, o relator do PAD, Conselheiro Arnaldo Hosseplan, votou pela procedência da ação, com pena de Remoção Compulsória do juiz de Campos. O Presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, Dias Toffoli, pediu vista regimental do PAD.

A punição “remoção compulsória” significa retirar o magistrado da comarca onde o suposto ato ilícito foi cometido e transferi-lo para outra unidade jurisdicional.

O caso

Em novembro de 2018, o Conselho Nacional de Justiça abriu processo contra o juiz Glaucenir de Oliveira, da Vara Criminal de Campos dos Goytacazes (RJ), que disse que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, teria recebido “mala grande” de dinheiro para conceder liberdade aos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho.

Glaucenir de Oliveira foi responsável pela prisão do ex-governador no âmbito das operações Chequinho e Caixa D’água.

Em uma mensagem de áudio em um grupo de WhatsApp de juízes, o magistrado teria insinuado que o Habeas Corpus foi concedido porque o ministro recebeu dinheiro do ex-governador. “Não quero ser leviano”, afirmou Glaucenir, “estou vendendo o peixe tal como eu comprei, de pessoas que sabem porque estão no meio. O que dizem é que a quantia foi alta”.
Fonte:Tribuna NF

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