ALDIR SALES
Glaucenir chegou a pedir desculpa em carta, mas ministro manteve procedimento / Divulgação
Está marcada para esta terça-feira, às 13h, em frente ao Fórum Maria Thereza Gusmão, um ato em solidariedade ao juiz da 2ª Vara Criminal de Campos, Glaucenir Oliveira. Ele foi punido com o afastamento de suas funções pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após o episódio do áudio vazado no WhatsApp no qual Glaucenir insinua que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu propina para libertar o ex-governador Anthony Garotinho (sem partido) durante a operação Caixa d’Água, em 2017.
A manifestação será organizada pela Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj), com participação de juízes, promotores e servidores da Justiça local, além de membros da Polícia Civil do município, com a presença do magistrado Felipe Gonçalves, presidente eleito da Amaerj.
O período do afastamento de Glaucenir, no entanto, ainda não está definido. No áudio, o juiz disse no grupo de WhatsApp sobre a decisão de Gilmar: “O que se cita aqui, dentro do próprio grupo dele (Garotinho) é que a quantia foi alta” ou “E segundo os comentários que eu ouvi hoje, de gente lá de dentro (do grupo de Garotinho) é que a mala foi grande”.
A decisão monocrática de Gilmar, favorável a Garotinho, se deu no seu primeiro dia no plantão no TSE, seguinte ao plenário encerrar a pauta do ano de 2017 sem apreciar o pedido de Habeas Corpus (HC). O que levou a pensar se o presidente da instância máxima da Justiça Eleitoral esperou apenas 24 horas para decidir sozinho o que, talvez, não tivesse o mesmo desfecho na decisão coletiva dos sete ministros do TSE.
Durante o julgamento, o presidente do STF e do CNJ Dias Toffoli usou palavras duras e afirmou que as declarações do juiz campista no áudio foi um ataque a todo o Poder Judiciário.
Fonte:Fmanhã
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