Nova década que se inicia promete grandes transformações na vida do cidadão
POR PRISCILLA ALVES E MARCOS CURVELLO
Registros históricos de Campos nos anos 1920 (Acervo Leonardo Vasconcellos)
A cada virada de ano no calendário, os números chamam à atenção. A partir do próximo dia 1º de janeiro, um novo capítulo da história de Campos começa a ser escrito e vivido. Mas, para vislumbrar o futuro, é preciso olhar atentamente para o passado. Documentos e relatos mostram diferenças e semelhanças que dividem e aproximam a cidade em duas décadas de 20: a dos anos 1900 e dos anos 2000.
Nos anos de 1920, o simples fato de passear nos bondes elétricos era uma atração, já que a cidade passou a contar com esse meio de locomoção somente em 1916. Além disso, a população campista também frequentava teatros, cafés e espaços públicos, incluindo a orla do Rio Paraíba do Sul, recentemente urbanizada.
“Em 1921, foi inaugurado o Teatro Trianon, com mais de mil lugares. Havia também as corridas de bicicletas em pista própria, rinhas de galo (hoje proibidas) e as corridas de cavalo. As Bandas de Música disputavam plateia nas festas de santos e entre elas, as mais concorridas eram as de São Salvador, no Centro; a de Santo Antônio, em Guarus e a de Santo Amaro, no distrito de mesmo nome”, contou a professora de história Sylvia Paes.
Além disso, os bailes nos salões do Automóvel Clube, Saldanha da Gama e no Clube de Regatas Campista eram famosos com suas bandas e apresentações de cantores renomados. Dos esportes, o mais apreciado era a regata no Rio Paraíba, que reunia milhares de pessoas para assistir.
Embora houvesse muitas opções de lazer, naquela época, as mulheres ainda eram impedidas de frequentar alguns locais públicos sozinhas. Entre eles estava a Rua dos Homens em Pé – área do calçadão Boulevard Francisco de Paula Carneiro, que era o centro de comércio, com bancos, cafés e casas de câmbio, e um reduto masculino bastante frequentado por homens, seja por lazer ou trabalho.
Professor e fotógrafo Leonardo Vasconcellos (Arquivo)
“Basta lembrar como era conhecido um destes espaços públicos, a Rua dos Homens em Pé, para se a ter ideia de uma sociedade patriarcal e machista que não se dispunha a ceder território ao sexo feminino. As mulheres podiam participar de qualquer atividade social em espaços públicos, desde que acompanhadas dos pais ou do marido”, contou o pesquisador Leonardo Vasconcellos.
Nesta época, ainda com pouquíssimos direitos — na década de 20, as mulheres ainda nem podiam votar, o que ocorreu apenas nos anos 30 no Brasil, durante o governo do então presidente Getúlio Vargas. Às mulheres cabiam os cuidados da casa e dos filhos. “Sem muito eletrodomésticos, elas lavavam, passavam, cozinhavam, faziam as compras no mercado, levavam os filhos na escola e cuidavam de todas as tarefas de casa”, destacou Sylvia Paes.
Centenários relembram o século passado
Com 100 anos recém-completados em novembro, o idoso Bráulio Cordeiro relembra de como foi sua infância na década de 1920. Ele, que hoje mora na Pelinca, considerada área nobre da cidade, destaca as dificuldades enfrentadas. “Na minha infância, nos anos 20, a gente se alimentava com coisas simples porque éramos paupérrimos, mas as comidas eram muito mais saudáveis. A gente comia muita fruta do pé, hoje em dia as plantas são cuidadas com muitos agrotóxicos. Outra lembrança que tenho é que quando eu era criança, eu gostava muito quando andávamos de bonde pela cidade”.
Além de Bráulio, a reportagem também conversou com o engenheiro agrônomo aposentado João Fernandes de Souza, de 103 anos. Em um relato cheio de detalhes, a história contada por João Fernandes chega a se confundir com a de Campos. Ele foi o fundador do Colégio Agrícola de Campos e é filho de Constantino Fernandes, que empresta o nome a uma escola estadual no bairro Jóquei Clube, e de Ana Salles, que também dá nome ao posto de saúde e à praça do mesmo bairro. Sobre a década de 1920, período em que era criança, João Fernandes destacou as brincadeiras.
“Nossa brincadeira antigamente era brincar em cavalo de madeira e jogar futebol com bola feita de meias. Um tempo depois, brincávamos de montar em cavalo de verdade e de laçar bezerros na roça. Era uma vida maravilhosa. Hoje, as brincadeiras dos meus bisnetos são só com os dedos nos aparelhos de videogame e celular. Então, é um mundo totalmente diferente do nosso. Acho que a criança de hoje precisa brincar mais”, ponderou.
Outra grande mudança que ele observa é em relação à educação severa dada pelos pais aos filhos naquela época. “Era tudo muito rigoroso. Meu pai, por exemplo, não brincava com a gente, não admitia brincadeira e nos tratava com rédea curta. Naquele tempo, ele dava palmada, chinelada… hoje é proibido. Enxergo que, neste aspecto, houve uma revolução e melhora. Antigamente, também não havia educação como hoje e acho que isso melhorou muito, elogiou.
Em relação ao aspecto físico da cidade como um todo, João Fernandes conta que Campos possuía muitas áreas de pântano. “Pra gente ir do Turfe até São Martinho, onde eu nasci, era a cavalo e a gente passava no meio do pântano torcendo para os jacarés não pegarem os nossos animais”, finalizou.
Os desafios de 2020 na política
Sylvia Paes (foto: Divulgação)
Até 1930, não existia, no Brasil, a figura do prefeito. Na República Velha, era o intendente geral quem exercia as funções executivas do município. Até 1918, Campos já havia tido sete intendentes, que cumpriram mandatos de duração variada, conforme vontade do presidente de Estado, que tinha a prerrogativa de nomeá-los.
Mas se, em 1920, não havia prefeito em Campos, havia um Cesar Tinoco. Membro da junta de presidentes da Câmara que governou o município desde o fim do mandato do último intendente até o dia 31 de dezembro daquele ano, Cesar Nascente Tinoco foi deputado estadual no Rio de Janeiro durante o governo de Raul Veiga (1918-1922), participou da Reação Republicana, movimento que promoveu a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República, derrotado em março de 1922 por Artur Bernardes, e secretário do Interior e Justiça do estado do Rio de Janeiro na interventoria de Plínio Casado (1930-1931).
A trajetória do homônimo histórico espelha parte das ambições do grupo político do prefeito Rafael Diniz (CDN), que hoje governa Campos e cogitou, em 2018, lançar seu próprio Cesar Tinoco à Câmara dos Deputados. No final, o empresário e chefe de Gabinete Cesar Carneiro da Silva Tinoco acabou preterido em favor do vereador Marcão Gomes (PL), que não se elegeu, mas fez votos suficientes para conseguir uma vaga em Brasília como suplente, neste mês de dezembro.
O prefeito e seus aliados terão, em 2020, uma nova oportunidade de darem continuidade a seus projetos, já que se trata de ano eleitoral. Porém, desde a vitória de Rafael Diniz em primeiro turno, em 2016, muita coisa mudou. Não só a popularidade do prefeito e candidato à reeleição sofreu os efeitos de medidas impopulares, como a suspensão de programas sociais e atrasos nos pagamentos de direitos trabalhistas de concursados, contratados e nomeados, como o próprio tabuleiro político do país se alterou, lembra o cientista político José Juiz Vianna.
Prefeito Rafael Diniz com mais desafios em 2020
“O desgaste da primeira gestão de Rafael Diniz e de candidaturas ligadas tanto ao ex-governador Anthony Garotinho quanto ao ex-prefeito Arnaldo Vianna, que já foram testadas e têm histórias que podem dificultar suas pretensões eleitorais, torna impossível saber se surgirá uma alternativa ou se voltaremos a ficar subjugados a esquemas tradicionais da política regional”, avalia o cientista político. “Ao mesmo tempo, não sabemos se haverá uma reação à onda de conservadorismo que marcou as eleições de 2018 e que coloque na ordem do dia políticos moderados e de Centro ou Centro-Esquerda, que não comunguem dessas práticas amplamente condenadas pela Justiça e pela opinião pública”.
O poder da crítica
Segundo Sylvia Paes, Campos vivia, na década de 20, “uma era progressista e moderna”. Leonardo Vasconcellos afirma que a cidade tinha “um aspecto atraente e (era) estruturalmente digna de ser apreciada por visitantes nacionais e estrangeiros”.
Uma década antes, porém, Campos era muito diferente, o que motivou críticas do então ministro da Agricultura Pedro de Toledo.
“Na visita de Pedro de Toledo, no início da década de 1910, ao conjunto de usinas do município, a ótima impressão causada pelas unidades produtoras, com tecnologia de ponta, cai por terra quando a comitiva chega à cidade e se depara com um cenário dominado pela arquitetura colonial e degradado pelas constantes cheias do Paraíba. Ao externar sua crítica ao aspecto atrasado que o centro urbano apresentava, Pedro de Toledo mexe com os brios dos usineiros que o acompanhavam”, lembra Vasconcellos.
O resultado foi que os usineiros se mobilizaram para resolver o problema. “Por iniciativa deles próprios, houve a criação de um imposto no valor de 2,5% sobre toda a produção açucareira com a finalidade de modernizar a cidade. A partir de então, a cidade se transforma num canteiro de obras, passando por amplas obras de infraestrutura e embelezamento entre os anos de 1911 e 1916”, acrescenta o pesquisador.
Um século depois, Campos volta a enfrentar críticas pela falta de conservação de seu patrimônio material e de manutenção de sua infraestrutura. Obras não terminadas, serviços públicos ineficientes e a precariedade de parte de seu legado arquitetônico e cultural são assuntos que continuarão a pautar o debate público ao longo de 2020, ao fim do qual se encerra o primeiro mandato de Rafael Diniz.
Galeria de imagens Campos Histórica
fotos divulgação
Fonte:Terceira Via
POR PRISCILLA ALVES E MARCOS CURVELLO
Registros históricos de Campos nos anos 1920 (Acervo Leonardo Vasconcellos)
A cada virada de ano no calendário, os números chamam à atenção. A partir do próximo dia 1º de janeiro, um novo capítulo da história de Campos começa a ser escrito e vivido. Mas, para vislumbrar o futuro, é preciso olhar atentamente para o passado. Documentos e relatos mostram diferenças e semelhanças que dividem e aproximam a cidade em duas décadas de 20: a dos anos 1900 e dos anos 2000.
Nos anos de 1920, o simples fato de passear nos bondes elétricos era uma atração, já que a cidade passou a contar com esse meio de locomoção somente em 1916. Além disso, a população campista também frequentava teatros, cafés e espaços públicos, incluindo a orla do Rio Paraíba do Sul, recentemente urbanizada.
“Em 1921, foi inaugurado o Teatro Trianon, com mais de mil lugares. Havia também as corridas de bicicletas em pista própria, rinhas de galo (hoje proibidas) e as corridas de cavalo. As Bandas de Música disputavam plateia nas festas de santos e entre elas, as mais concorridas eram as de São Salvador, no Centro; a de Santo Antônio, em Guarus e a de Santo Amaro, no distrito de mesmo nome”, contou a professora de história Sylvia Paes.
Além disso, os bailes nos salões do Automóvel Clube, Saldanha da Gama e no Clube de Regatas Campista eram famosos com suas bandas e apresentações de cantores renomados. Dos esportes, o mais apreciado era a regata no Rio Paraíba, que reunia milhares de pessoas para assistir.
Embora houvesse muitas opções de lazer, naquela época, as mulheres ainda eram impedidas de frequentar alguns locais públicos sozinhas. Entre eles estava a Rua dos Homens em Pé – área do calçadão Boulevard Francisco de Paula Carneiro, que era o centro de comércio, com bancos, cafés e casas de câmbio, e um reduto masculino bastante frequentado por homens, seja por lazer ou trabalho.
Professor e fotógrafo Leonardo Vasconcellos (Arquivo)
“Basta lembrar como era conhecido um destes espaços públicos, a Rua dos Homens em Pé, para se a ter ideia de uma sociedade patriarcal e machista que não se dispunha a ceder território ao sexo feminino. As mulheres podiam participar de qualquer atividade social em espaços públicos, desde que acompanhadas dos pais ou do marido”, contou o pesquisador Leonardo Vasconcellos.
Nesta época, ainda com pouquíssimos direitos — na década de 20, as mulheres ainda nem podiam votar, o que ocorreu apenas nos anos 30 no Brasil, durante o governo do então presidente Getúlio Vargas. Às mulheres cabiam os cuidados da casa e dos filhos. “Sem muito eletrodomésticos, elas lavavam, passavam, cozinhavam, faziam as compras no mercado, levavam os filhos na escola e cuidavam de todas as tarefas de casa”, destacou Sylvia Paes.
Centenários relembram o século passado
Com 100 anos recém-completados em novembro, o idoso Bráulio Cordeiro relembra de como foi sua infância na década de 1920. Ele, que hoje mora na Pelinca, considerada área nobre da cidade, destaca as dificuldades enfrentadas. “Na minha infância, nos anos 20, a gente se alimentava com coisas simples porque éramos paupérrimos, mas as comidas eram muito mais saudáveis. A gente comia muita fruta do pé, hoje em dia as plantas são cuidadas com muitos agrotóxicos. Outra lembrança que tenho é que quando eu era criança, eu gostava muito quando andávamos de bonde pela cidade”.
Além de Bráulio, a reportagem também conversou com o engenheiro agrônomo aposentado João Fernandes de Souza, de 103 anos. Em um relato cheio de detalhes, a história contada por João Fernandes chega a se confundir com a de Campos. Ele foi o fundador do Colégio Agrícola de Campos e é filho de Constantino Fernandes, que empresta o nome a uma escola estadual no bairro Jóquei Clube, e de Ana Salles, que também dá nome ao posto de saúde e à praça do mesmo bairro. Sobre a década de 1920, período em que era criança, João Fernandes destacou as brincadeiras.
“Nossa brincadeira antigamente era brincar em cavalo de madeira e jogar futebol com bola feita de meias. Um tempo depois, brincávamos de montar em cavalo de verdade e de laçar bezerros na roça. Era uma vida maravilhosa. Hoje, as brincadeiras dos meus bisnetos são só com os dedos nos aparelhos de videogame e celular. Então, é um mundo totalmente diferente do nosso. Acho que a criança de hoje precisa brincar mais”, ponderou.
Outra grande mudança que ele observa é em relação à educação severa dada pelos pais aos filhos naquela época. “Era tudo muito rigoroso. Meu pai, por exemplo, não brincava com a gente, não admitia brincadeira e nos tratava com rédea curta. Naquele tempo, ele dava palmada, chinelada… hoje é proibido. Enxergo que, neste aspecto, houve uma revolução e melhora. Antigamente, também não havia educação como hoje e acho que isso melhorou muito, elogiou.
Em relação ao aspecto físico da cidade como um todo, João Fernandes conta que Campos possuía muitas áreas de pântano. “Pra gente ir do Turfe até São Martinho, onde eu nasci, era a cavalo e a gente passava no meio do pântano torcendo para os jacarés não pegarem os nossos animais”, finalizou.
Os desafios de 2020 na política
Sylvia Paes (foto: Divulgação)
Até 1930, não existia, no Brasil, a figura do prefeito. Na República Velha, era o intendente geral quem exercia as funções executivas do município. Até 1918, Campos já havia tido sete intendentes, que cumpriram mandatos de duração variada, conforme vontade do presidente de Estado, que tinha a prerrogativa de nomeá-los.
Mas se, em 1920, não havia prefeito em Campos, havia um Cesar Tinoco. Membro da junta de presidentes da Câmara que governou o município desde o fim do mandato do último intendente até o dia 31 de dezembro daquele ano, Cesar Nascente Tinoco foi deputado estadual no Rio de Janeiro durante o governo de Raul Veiga (1918-1922), participou da Reação Republicana, movimento que promoveu a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República, derrotado em março de 1922 por Artur Bernardes, e secretário do Interior e Justiça do estado do Rio de Janeiro na interventoria de Plínio Casado (1930-1931).
A trajetória do homônimo histórico espelha parte das ambições do grupo político do prefeito Rafael Diniz (CDN), que hoje governa Campos e cogitou, em 2018, lançar seu próprio Cesar Tinoco à Câmara dos Deputados. No final, o empresário e chefe de Gabinete Cesar Carneiro da Silva Tinoco acabou preterido em favor do vereador Marcão Gomes (PL), que não se elegeu, mas fez votos suficientes para conseguir uma vaga em Brasília como suplente, neste mês de dezembro.
O prefeito e seus aliados terão, em 2020, uma nova oportunidade de darem continuidade a seus projetos, já que se trata de ano eleitoral. Porém, desde a vitória de Rafael Diniz em primeiro turno, em 2016, muita coisa mudou. Não só a popularidade do prefeito e candidato à reeleição sofreu os efeitos de medidas impopulares, como a suspensão de programas sociais e atrasos nos pagamentos de direitos trabalhistas de concursados, contratados e nomeados, como o próprio tabuleiro político do país se alterou, lembra o cientista político José Juiz Vianna.
Prefeito Rafael Diniz com mais desafios em 2020
“O desgaste da primeira gestão de Rafael Diniz e de candidaturas ligadas tanto ao ex-governador Anthony Garotinho quanto ao ex-prefeito Arnaldo Vianna, que já foram testadas e têm histórias que podem dificultar suas pretensões eleitorais, torna impossível saber se surgirá uma alternativa ou se voltaremos a ficar subjugados a esquemas tradicionais da política regional”, avalia o cientista político. “Ao mesmo tempo, não sabemos se haverá uma reação à onda de conservadorismo que marcou as eleições de 2018 e que coloque na ordem do dia políticos moderados e de Centro ou Centro-Esquerda, que não comunguem dessas práticas amplamente condenadas pela Justiça e pela opinião pública”.
O poder da crítica
Segundo Sylvia Paes, Campos vivia, na década de 20, “uma era progressista e moderna”. Leonardo Vasconcellos afirma que a cidade tinha “um aspecto atraente e (era) estruturalmente digna de ser apreciada por visitantes nacionais e estrangeiros”.
Uma década antes, porém, Campos era muito diferente, o que motivou críticas do então ministro da Agricultura Pedro de Toledo.
“Na visita de Pedro de Toledo, no início da década de 1910, ao conjunto de usinas do município, a ótima impressão causada pelas unidades produtoras, com tecnologia de ponta, cai por terra quando a comitiva chega à cidade e se depara com um cenário dominado pela arquitetura colonial e degradado pelas constantes cheias do Paraíba. Ao externar sua crítica ao aspecto atrasado que o centro urbano apresentava, Pedro de Toledo mexe com os brios dos usineiros que o acompanhavam”, lembra Vasconcellos.
O resultado foi que os usineiros se mobilizaram para resolver o problema. “Por iniciativa deles próprios, houve a criação de um imposto no valor de 2,5% sobre toda a produção açucareira com a finalidade de modernizar a cidade. A partir de então, a cidade se transforma num canteiro de obras, passando por amplas obras de infraestrutura e embelezamento entre os anos de 1911 e 1916”, acrescenta o pesquisador.
Um século depois, Campos volta a enfrentar críticas pela falta de conservação de seu patrimônio material e de manutenção de sua infraestrutura. Obras não terminadas, serviços públicos ineficientes e a precariedade de parte de seu legado arquitetônico e cultural são assuntos que continuarão a pautar o debate público ao longo de 2020, ao fim do qual se encerra o primeiro mandato de Rafael Diniz.
Galeria de imagens Campos Histórica
fotos divulgação
Fonte:Terceira Via
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