quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Casos de dengue, chikungunya e zika crescem, e RJ tem pior ano desde 2016

Doenças também tiveram crescimento de 216%, 254% e 76%, respectivamente, de 2018 para 2019
Foto: Divulgação.

O número de pessoas com dengue, zika e chikungunya no Rio de Janeiro em 2019 é o maior desde 2016, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.


Em comparação com 2018, o município teve em 2019


aumento de 216% no número de casos de dengue;

crescimento de 76% nos casos de zika;

aumento de 254% nos casos de chikungunya.


O levantamento considera a última atualização pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Rio, em 18 de dezembro. O órgão é ligado à pasta da Saúde do município.

Dengue
Segundo os dados, o Rio registrou 17.637 pessoas infectadas com o vírus da dengue em 2019. Em todo o ano de 2018, a cidade teve 5.577 casos. Em 2017, foram 3.684 registros.

O ano de 2016 foi o último período de grande preocupação com a dengue no município: foram contabilizados 25.843 casos.

Zika
Em relação aos casos de pessoas contaminadas pelo vírus da zika, o recorde histórico da cidade aconteceu no ano de 2016, quando 31.961 pessoas pegaram a doença.

Os números caíram muito no ano seguinte. De acordo com a Prefeitura do Rio, 640 pessoas foram infectadas nos 12 meses de 2017. O número praticamente se repetiu em 2018: 603 casos.


Apesar de ainda muito distante da marca de 2016, em 2019 os casos de zika voltaram a aumentar. Até o dia 18 de dezembro, foram infectadas 1.064 pessoas na cidade, quase o dobro do período anterior.

Chikungunya
O número de casos de chikungunya são os mais preocupantes no Rio no ano que está para terminar. A prefeitura registrou 38.082 casos da doença, como antecipou o G1. O número equivale a 1 infectado a cada 13 minutos. Em 2018, a cidade teve 10.746 registros da doença.

Entre as três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya é a que causa mais riscos à saúde, podendo levar à morte. Só em 2019, foram 48 óbitos provocados pela doença, um aumento de 380% na comparação com o ano passado– foram 10 em 2018.

Um ano antes, em 2017, o Rio apresentou números reduzidos: 1.820 casos e duas mortes. Os dados representaram uma evolução no controle epidemiológico, já que em 2016 foram 14.203 pessoas infectadas pelo vírus, com 20 mortes.

Aumento previsto no verão
As condições climáticas mais favoráveis para o surgimento de criadouros de Aedes aegypti são durante o verão, quando normalmente ocorrem os períodos mais quentes e chuvosos do ano.


A Secretaria Municipal de Saúde não informou sobre ações especiais para tentar diminuir os números de casos em 2020. Segundo o poder público, existe um combate ao vetor ao longo de todo o ano.

"Em todas as unidades de atenção primária e seus territórios existem ações educativas para orientar a população sobre as medidas que todos podem fazer para auxiliar na prevenção das arboviroses", explicou a Secretaria Municipal de Saúde.

Para as autoridades, a forma mais eficaz de prevenir doenças como a chikungunya é evitar o nascimento do Aedes aegypti.

"80% dos focos são encontrados em residências. Por isso, a participação da população é fundamental, eliminando em suas casas objetos que possam servir de reservatórios de água, onde se formem os criadouros do mosquito", analisou, em nota, a pasta responsável pelos cuidados com a saúde do carioca.

Dicas para combater o mosquito:

tampe os tonéis e caixas d’água;

mantenha as calhas sempre limpas;

deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;

mantenha lixeiras bem tampadas;

deixe ralos limpos e com aplicação de tela;

limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;

limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;

retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;

cubra e faça a manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;

limpe ralos e canaletas externas;

atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;

deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;

verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.

Fonte: G1

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