Ela foi presa junto com a mãe, Alcione Athayde, em desdobramento da Lava Jato
Namorada de Dario Messer, Myra Athayde, fez cinco viagens ao Paraguai em dois meses. (Foto: Reprodução)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, negou, na manhã desta quinta-feira (19), liberdade à campista Myra de Oliveira Athayde, namorada de Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”. Ela foi presa no dia 19 de novembro, na Operação Patrón, desdobramento da Lava Jato no Rio. Na mesma ocasião, Alcione Athayde, mãe de Mira, também foi presa. O ministro justificou que não encontrou ilegalidade na ordem de prisão expedida pela Justiça Federal do Estado do Rio.
A Polícia Federal só conseguiu prender Messer em julho por meio de uma investigação que indicava encontros entre ele e Myra no Paraguai.
“Não vislumbro constrangimento ilegal manifesto a justificar excepcional conhecimento deste habeas corpus. Tanto o ato coator, como o decreto prisional, encontram-se bem fundamentados e amparados por circunstâncias fáticas que justificam a prisão preventiva da paciente (Myra), pelo menos por ora”, decidiu.
Essa não foi a primeira derrota de Myra na Justiça esta semana. Nessa quarta (18), o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou a concessão de habeas corpus para três pessoas presas pela Operação Patrón. Myra Athayde, Antonio Joaquim da Mota e Najun Turner tiveram os pedidos negados em sessão da Primeira Turma Especializada.
Os três são investigados em inquérito da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A Operação Patrón foi deflagrada a partir de informações obtidas pela Polícia Federal, com a prisão de Dario Messer. O esquema de lavagem de dinheiro seria chefiado por ele, por meio de operações de câmbio e transferência de valores para o exterior e para contas de empresários e políticos.
Segundo o inquérito, Myra, o doleiro Turner e o empresário Mota são investigados por participação nas operações criminosas e por ter ajudado Dario Messer a se esconder. Messer, que esteve foragido da Justiça desde maio de 2018, foi preso no dia 31 de julho deste ano na casa de uma amiga em um condomínio de luxo nos Jardins, bairro de classe alta na capital paulista.
Ao negar os habeas corpus, o juiz federal Gustavo Arruda considerou os fortes indícios de implicação dos acusados no esquema criminoso, e que sua soltura representaria ameaça à ordem pública. Ele entendeu que há risco à aplicação da lei penal, já que poderiam fugir.
O desembargador federal Paulo Espirito Santo acompanhou o juiz nos três votos e o desembargador federal Ivan Athié divergiu no julgamento dos recursos de Mota e Myra.
Fonte:Terceira Via
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