VIRNA ALENCAR
Lixo acumulado facilita criação de focos do mosquito / Genilson Pessanha
O ano já começou com 90 casos de chikungunya registrados no Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), em Campos. Mesmo elevados, o número ainda é mais de 450 casos abaixo a janeiro de 2019. Os dados são extraoficiais, confirmados pelo diretor da unidade, o médico Luiz José de Souza e ainda não foram contabilizados pelo setor de e epidemiologia do município. A Prefeitura contabiliza dois e ressalta que mais casos estão sendo analisados. Segundo Luiz José, o aumento do número de casos é previsto durante o verão e, além da chikungunya, as autoridades de saúde se preocupam com a possibilidade da entrada do sorotipo 2 da dengue. No Parque Santa Clara, em Guarus, a população reclama de entulhos acumulados nas ruas e da infestação da doença. A Prefeitura informou que uma equipe irá ao local para tomar providências necessárias.
Luiz José de Souza informou que os casos de chikungunya estão espalhados no município, sendo predominante entre a Baixada Campista, Farol de São Thomé, Penha e Guarus.
— Começamos o ano tendo bastante casos de chikungunya espalhados pelo município. De 2019 para cá, o vírus foi diminuindo, mas não saiu e, portanto, mantivemos tendo casos. Mas neste mês de janeiro, a incidência aumentou. Só na segunda-feira (13) chegaram ao CRDI dez novos casos diagnosticados com exame positivo. Com essas chuvas, calor e o vírus estando presente, certamente irá aumentar o número de casos. A gente já esperava por isso. Nós temos 500 mil habitantes e se considerarmos que 40 mil tiveram a doença conclui-se que muita gente não teve a doença ainda. Então, ela irá continuar esse ano. Ainda existe a possibilidade da entrada do sorotipo 2 da dengue e isso nos preocupa muito — declarou ao ressaltar que no Parque Santa Clara, o CRDI tem registrado três casos confirmados de chikungunya.
Uma moradora da rua Antônio Francisco Alves, no Parque Santa Clara, que não quis se identificar, contou que familiares e vários vizinhos estão com chikungunya e que na rua dela um acúmulo de entulhos colabora para a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. “Na minha rua praticamente está todo mundo com chikungunya e isso veio acontecendo neste início de ano. Recentemente, limparam um terreno baldio, retiraram os lixos, mas os entulhos estão acumulados na rua. São restos de móveis que acumulam água da chuva. Nós, moradores, pedimos para que a Prefeitura retire esses entulhos e que um carro fumasse passe com frequência no local para combater possíveis focos do mosquito”, disse.
Em nota, a Prefeitura de Campos informou que “segundo dados da Vigilância em Saúde, até o momento, foram contabilizados dois casos de chikungunya nos nove primeiros dias deste ano e mais casos estão sendo analisados. Em todo mês de janeiro de 2019, foram 555 casos. A orientação é que a população continue vigilante e realizando ações preventivas, paralelas às ações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), como não manter pneus em áreas sem cobertura, garrafas e outros objetos que possam criar focos do mosquito Aedes aegypti”.
Em relação ao Parque Santa Clara, a Prefeitura informou que a coleta domiciliar é realizada regulamente no bairro e o descarte de entulhos deve ser feito nos Ponto de Entrega Voluntária de Entulhos (Peve). “Uma equipe irá ao local para tomar as providências necessárias”.
Fonte:Fmanhã
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