domingo, 26 de janeiro de 2020

Verão pede atenção e cuidado no mar

Número de atendimento do Corpo de Bombeiros aumentou nas praias da região em relação a última temporada
POR KAMILLA PÓVOA


Perigos nesse verão-

O verão é motivo para ir às praias. A estação é perfeita para aproveitar as águas, mas é necessário prudência para que a diversão não se torne um caso de afogamento. Para prevenir situações de riscos, o 5° Grupamento de Bombeiro Militar, em Campos, deu dicas para os cuidados que os banhistas devem ter ao entrar em rios, mares, lagoas e piscinas.

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, o número de atendimentos na água não param de subir. No ano de 2018 até o fim do verão 2019, o órgão contabilizou 839 chamados. No mesmo período, entre março de 2019 até o dia 23 de janeiro de 2020, o número aumentou para 1135.

No dia 19 de janeiro de 2020, a pequena Kamilly Rodrigues, de 7 anos, foi arrastada por uma onde quando brincava na areia da praia do Farol de São Thomé com a família. O corpo dela foi encontrado no Açu, dois dias depois, numa operação resgate conjunta entre o Corpo de Bombeiros e a Marinha. Ainda em Farol, no início do ano, um homem se afogou e desapareceu nas águas. Apesar das buscas do Corpo de Bombeiros, ele não foi encontrado.

As águas podem surpreender, por isso redobre o cuidado. Algumas ações simples podem evitar transtornos na hora da curtição.

Mas para não acabar com a festa antes da hora, é sempre bom lembrar de outros cuidados básicos: filtro solar, hidratação, alimentação adequada e bom senso não fazem mal a ninguém.

Confira as dicas:

– Todas as vezes que o banhista chegar à praia deve procurar as orientações com os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros de serviço no local. Procure sempre frequentar os locais da praia que dispõem de posto de guarda-vidas;

– Sinalização de placas: Nesta operação de 2019/2020 foi instituído seguindo o padrão internacional, uma nova sinalização dos perigos no mar, nas praias de todo litoral fluminense;


São quatro bandeiras:

Vermelha – Alto risco de afogamento

Amarela – Médio risco de afogamento

Verde – Baixo risco de afogamento

Roxa – Presença de animais marinhos

– Deve-se evitar ingestão de bebida alcoólica antes de entrar no mar. Assim como evitar entrar no mar ou piscinas após uma alimentação muito pesada;

– Os banhistas devem evitar a utilização de câmaras-de-ar de pneus, colchões infláveis ou outro objeto inflável que não seja para uso específico e seguro no mar e em piscinas. Estes materiais dão uma falsa sensação de segurança e podem ocasionar acidentes;

– Em caso de afogamento em mares, a pessoa deve observar onde está o banco de areia e tentar nadar em direção ao banco de areia que está ao lado de uma possível vala. O banco de areia é o local mais raso e não tem a corrente de retorno que forma uma corrente de águas que retornam ao mar depois que as ondas quebram na areia. O ideal é que sempre antes de entrar no mar, o banhista busque informações com os guarda-vidas;

– Em caso de avistar alguém se afogando evite entrar na água para tentar salvar essa pessoa, pois poderá se tornar mais uma vítima. Essa prática é arriscada e somente profissional com técnicas próprias de salvamento aquático são habilitados para efetuar o salvamento em ambiente aquático. Nesse caso, o indicado é que disponha de algum objeto flutuante, cordas, pedaços de madeira, isopor ou qualquer outro objeto que forneça sustentação a essa vítima na superfície para que esta vítima de afogamento não venha a afundar, não tire os olhos da vítima e chame por socorro através do telefone 193;

– Outras orientações estão relacionadas à identificação de crianças com pulseiras contendo informações dos pais, como nome e telefone, que é de extrema importância para se obter identificação rápida no caso de crianças perdidas;

– Uma boa alimentação, com bastante hidratação, uso de protetor solar, barraca de praia e/ou camisa de proteção UVA, além de óculos escuros ou boné são outros cuidados que os banhistas devem tomar para se evitar problemas devido ao sol e o calor;

– Respeitar as placas de sinalização e os avisos dos guarda-vidas;

– Para as crianças menores de 10 anos e que ainda não têm uma boa capacidade natatória, o ideal são os coletes salva-vidas ajustados ao tamanho da criança. Outros tipos de boias, como aquelas presas somente ao braço da criança ou as boias redondas que ficam na cintura da criança, não são ideais e podem soltar facilmente e ocasionar o afogamento;

– Em caso de prática de natação em águas abertas, procurar nadar sempre paralelo a areia e próximo da praia.

O Corpo de Bombeiros está com um efetivo de guarda-vidas atuando nas praias de Grussaí e Atafona, no litoral de São João da Barra, e na praia campista de Farol de São Thomé. Além disso, estão sendo utilizadas moto-aquáticas, quadriciclos, e veículos do tipo pickup 4×4.
Fonte:Terceira Via

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