Artista popular nos nos 1970 e 1980 era filha de Sylvia Telles, um dos grandes nomes da Bossa-Nova
Uma das grandes vozes da MPB, cantora foi bastante popular (Foto:Reprodução)
Quando o Brasil ouviu pela primeira vez a voz afinada de Claudia Telles, propagada nas rádios em 1976 através da gravação da então inédita canção Fim de tarde (Mauro Motta e Robson Jorge), a cantora Sylvia Telles (1935 – 1966) já tinha saído de cena há dez anos.
Se ainda estivesse viva, Sylvinha – como era afetuosamente chamada no meio musical – não iria se surpreender com o retumbante sucesso nacional obtido pela filha logo no primeiro disco, um single (ou compacto simples, para usar o jargão fonográfico da época) editado naquele ano de 1976 com Fim de tarde, tristonha canção romântica temperada com toque do soul da Filadélfia.
Voz que ajudou a difundir a modernidade da bossa nova, enquanto cuidava da filha que teve com o compositor e violonista José Cândido de Mello Mattos Sobrinho, o Candinho, Sylvia identificara logo cedo a afinação e a musicalidade precoces da menina.
Ao morrer aos 62 anos por volta das 23h de sexta-feira, 21, vítima de falência múltipla dos órgãos, em hospital do bairro carioca de Acari, onde tinha sido internada após sofrer parada cardíaca, Claudia Telles de Mello Mattos (26 de agosto de 1957 – 21 de fevereiro de 2020) saiu de cena tendo cumprido a profecia da mãe. Sobretudo na segunda metade dos anos 1970, década do auge artístico e comercial da cantora carioca.
Cantora profissional desde 1972, ano em que iniciou carreira fazendo coro em discos de cantores como Roberto Carlos e José Augusto, Claudia Telles viveu o melhor momento da carreira na CBS, gravadora na qual lançou três álbuns entre 1977 e 1979. O primeiro fez sucesso com Eu preciso te esquecer (1977), outra canção romântica dos mesmos compositores de Fim de tarde, Mauro Motta e Robson Jorge (1954 – 1992).
Veiculada na trilha sonora da novela Locomotivas (TV Globo), exibida com sucesso fenomenal naquele ano de 1977, a balada Eu preciso te esquecer consolidou o sucesso da fase inicial da carreira de Claudia Telles.
Na sequência, também do primeiro álbum da cantora, as rádios tocaram Aprenda a amar (Walter d’Ávila Filho e Claudia Telles, 1977), música feita com inspiração no cancioneiro do compositor norte-americano Burt Bacharach.
Outra gravação do mesmo disco – a de Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959), lembrança do standard da bossa lançado na voz da mãe Sylvia Telles – surtiu menor efeito comercial, mas apontaria o caminho seguido futuramente por Claudia a partir dos anos 1990.
Após gravar o segundo e o terceiro álbuns em 1978 e 1979, ambos intitulados Claudia Telles e lançados sem repercussão comercial, a cantora foi dispensada da CBS. Gravou somente um álbum na década de 1980, Claudia Telles (1988), até entrar no nicho dos tributos fonográficos a compositores de tempos idos.
Nesse segmento, Claudia gravou discos em homenagens a Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), a Cartola (1908 – 1980), a Nelson Cavaquinho (1911 – 1986) e a Vinicius de Moraes (1913 – 1980), além, claro, de celebrar a mãe no melhor destes saudosistas títulos fonográficos, Por causa de você – Dedicado a Sylvinha Telles, álbum editado em 1997.
Claudia Telles deixa discografia pautada por tributos a partir da década de 1990.
O último disco de Claudia Telles, Quem sabe você, foi produzido por Thiago Marques Luiz e editado em 2009 com regravações de músicas de compositores identificados com a bossa nova e a MPB.
Contudo, o suprassumo da obra fonográfica de Claudia Telles reside na coletânea Primeiros anos 1976 – 1979, idealizada pelo DJ Zé Pedro e editada em 2012 com a reunião de 12 fonogramas da fase inicial dessa cantora que também se apresentava como compositora no alvorecer da carreira.
Fase em que, com o toque do soul de músicos como Lincoln Olivetti (1954 – 2015) e Robson Jorge, Claudia Telles conquistou o Brasil com a doçura e afinação postas a serviço de canções como Fim de tarde e Eu preciso te esquecer. Quem a ouviu naquela época jamais esquecerá de Claudia Telles.
Fonte G1
Uma das grandes vozes da MPB, cantora foi bastante popular (Foto:Reprodução)
Quando o Brasil ouviu pela primeira vez a voz afinada de Claudia Telles, propagada nas rádios em 1976 através da gravação da então inédita canção Fim de tarde (Mauro Motta e Robson Jorge), a cantora Sylvia Telles (1935 – 1966) já tinha saído de cena há dez anos.
Se ainda estivesse viva, Sylvinha – como era afetuosamente chamada no meio musical – não iria se surpreender com o retumbante sucesso nacional obtido pela filha logo no primeiro disco, um single (ou compacto simples, para usar o jargão fonográfico da época) editado naquele ano de 1976 com Fim de tarde, tristonha canção romântica temperada com toque do soul da Filadélfia.
Voz que ajudou a difundir a modernidade da bossa nova, enquanto cuidava da filha que teve com o compositor e violonista José Cândido de Mello Mattos Sobrinho, o Candinho, Sylvia identificara logo cedo a afinação e a musicalidade precoces da menina.
Ao morrer aos 62 anos por volta das 23h de sexta-feira, 21, vítima de falência múltipla dos órgãos, em hospital do bairro carioca de Acari, onde tinha sido internada após sofrer parada cardíaca, Claudia Telles de Mello Mattos (26 de agosto de 1957 – 21 de fevereiro de 2020) saiu de cena tendo cumprido a profecia da mãe. Sobretudo na segunda metade dos anos 1970, década do auge artístico e comercial da cantora carioca.
Cantora profissional desde 1972, ano em que iniciou carreira fazendo coro em discos de cantores como Roberto Carlos e José Augusto, Claudia Telles viveu o melhor momento da carreira na CBS, gravadora na qual lançou três álbuns entre 1977 e 1979. O primeiro fez sucesso com Eu preciso te esquecer (1977), outra canção romântica dos mesmos compositores de Fim de tarde, Mauro Motta e Robson Jorge (1954 – 1992).
Veiculada na trilha sonora da novela Locomotivas (TV Globo), exibida com sucesso fenomenal naquele ano de 1977, a balada Eu preciso te esquecer consolidou o sucesso da fase inicial da carreira de Claudia Telles.
Na sequência, também do primeiro álbum da cantora, as rádios tocaram Aprenda a amar (Walter d’Ávila Filho e Claudia Telles, 1977), música feita com inspiração no cancioneiro do compositor norte-americano Burt Bacharach.
Outra gravação do mesmo disco – a de Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959), lembrança do standard da bossa lançado na voz da mãe Sylvia Telles – surtiu menor efeito comercial, mas apontaria o caminho seguido futuramente por Claudia a partir dos anos 1990.
Após gravar o segundo e o terceiro álbuns em 1978 e 1979, ambos intitulados Claudia Telles e lançados sem repercussão comercial, a cantora foi dispensada da CBS. Gravou somente um álbum na década de 1980, Claudia Telles (1988), até entrar no nicho dos tributos fonográficos a compositores de tempos idos.
Nesse segmento, Claudia gravou discos em homenagens a Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), a Cartola (1908 – 1980), a Nelson Cavaquinho (1911 – 1986) e a Vinicius de Moraes (1913 – 1980), além, claro, de celebrar a mãe no melhor destes saudosistas títulos fonográficos, Por causa de você – Dedicado a Sylvinha Telles, álbum editado em 1997.
Claudia Telles deixa discografia pautada por tributos a partir da década de 1990.
O último disco de Claudia Telles, Quem sabe você, foi produzido por Thiago Marques Luiz e editado em 2009 com regravações de músicas de compositores identificados com a bossa nova e a MPB.
Contudo, o suprassumo da obra fonográfica de Claudia Telles reside na coletânea Primeiros anos 1976 – 1979, idealizada pelo DJ Zé Pedro e editada em 2012 com a reunião de 12 fonogramas da fase inicial dessa cantora que também se apresentava como compositora no alvorecer da carreira.
Fase em que, com o toque do soul de músicos como Lincoln Olivetti (1954 – 2015) e Robson Jorge, Claudia Telles conquistou o Brasil com a doçura e afinação postas a serviço de canções como Fim de tarde e Eu preciso te esquecer. Quem a ouviu naquela época jamais esquecerá de Claudia Telles.
Fonte G1
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