quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Mudanças partidárias agitam cidades da região restando 6 meses para as eleições municipais de outubro desse ano



Restando menos de 6 meses para as eleições municipais de 2020, as mudanças de partido e articulações visando a corrida pelos cargos de prefeito e vereador em diversas cidades da região já começaram, enquanto outras aguardam a abertura da janela partidária.

No PSDB, os prefeitos de Macaé, Dr. Aluizio (PSDB), e de Armação dos Búzios, Henrique Gomes (PSDB), chegaram em condições diversas, já que o chefe do Executivo macaense termina seu 2º mandato em 31 de dezembro desse ano e está fora da disputa, enquanto o vice-prefeito buziano sonha finalmente ocupar a cadeira da prefeitura através de votação e não de problemas judiciais de seu ex-companheiro de chapa.

Desde o ano passado, Henrique Gomes, eleito como vice na chapa do prefeito eleito Dr. André Granado (MDB), vira-e-mexe assume a cadeira de chefe do Executivo devido aos afastamentos do prefeito eleito, às voltas com problemas judiciais, alguns deles, inclusive provocados pelo próprio vice-prefeito.

Como era de esperar, a chegada de Dr. Aluizio ao ninho tucano causou um strike, jogada em a bola de boliche atinge em cheio todos os pinos, esparramando tudo, tal qual a chegada do prefeito macaense fez com outros pré-candidatos à Prefeitura de Macaé nas eleições deste ano: Silvinho Lopes e André Longobardi.

Enquanto o filho do ex-prefeito de Macaé, Sylvio Lopes (DEM), rumou com seu pai para debaixo das asas do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), partido que também abriga a Prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (DEM), o empresário se mudou para o REPUBLICANOS e assumiu a direção do partido no município.

Apesar das especulações rolarem soltas em blogs e jornais da região, Dr. Aluizio ainda não confirma o nome de seu sucessor, e com isso, aumentam os números de pré-candidaturas na cidade, embora, a prática seja comum nessa época do ano, mas muitos acabam desistindo na hora de registrar a candidatura junto à Justiça Eleitoral.

As saídas de Longobardi e Silvinho do PSDB confirmam o desejo dos 2 de tentarem a disputa pela prefeitura, e também de que o PSDB deve escolher candidato após indicação do grupo político de Dr. Aluizio, o que deixou os 2 sem espaço junto aos tucanos.

Nas eleições municipais de 2016, Longobardi também se anunciou pré-candidato, mas desistiu paós campanhas demonstrarem vitória esmagadora de Dr. Aluizio, o que provocou tentativa de aliança dos opositores, e não evitou a derrota acachapante nas urnas. No fim, Longobardi aceitou compor a chapa de Chico Machado (PSD) como vice, e acabou derrotado com menos da metade dos votos de Dr. Aluizio.

Já a pré-candidatura de Silvinho Lopes é a esperança da chamada “velha política” e das “viúvas” da família Lopes para tentar desbancar o grupo político de Dr. Aluizio e retornar ao comando da cidade depois de 16 anos.

A mudança, porém, representa enorme ruptura nos domínios tucanos em Macaé, já que, desde a gestão de Sylvio Lopes, o partido no município era comandando pelo ex-prefeito e sua família, até perderem espaço com a chegada de Paulo Marinho na direção estadual do PSDB no Rio.

“Uma porta se fecha aqui, outra porta se abre ali... César Maia [vereador, DEM] abonando minha filiação ao Democratas, para pré-candidatura à Prefeitura de Macaé”, escreveu Silvinho Lopes em sua página no Facebook.

A expectativa agora fica por conta dos rumos do vereador Robson Oliveira (PSDB), que desde sua entrada na Câmara Municipal, no início de 2018, sempre se posicionou ao lado da família Lopes, muitas vezes até mesmo sendo cabo eleitoral da família no Legislativo macaense.

Mas essas não são as únicas mudanças de partido visando as eleições deste ano. Em Araruama, a prefeita Lívia de Chiquinho (PP) deixou o PDT, partido pelo qual foi eleita em 2016, supostamente brigada com o partido, acusando a sigla de machismo.

Nas últimas semanas, a chefe do Executivo de Araruama anunciou a entrada no partido do ex-vice-governador do Rio, Francisco Dornelles (PP), assim como outros políticos do Estado.

Enquanto a janela partidária não se abre, provocando o vendaval de mudanças que virá, o único parlamentar que já anunciou novos rumos foi o vereador de Macaé, Dr. Márcio Bittencourt (MDB), que revelou neste ano sua ida ao mesmo partido do presidente da Câmara Municipal de Macaé, Dr. Eduardo Cardoso (CIDADANIA) e do deputado estadual e ex-vereador de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA).

Como a eleição de mandato legislativo é vista como proporcional, a vaga de vereador é considerada como sendo do partido pela Justiça Eleitoral, diferente dos cargos de prefeito e vice, consideradas eleições majoritárias, onde o cargo é dos vencedores, motivo pelo qual vereadores não podem deixar seus partidos antes da abertura da janela partidária, entre maio e abril desse ano.
Fonte:O DiárioLagos

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