Nos últimos dias, o novo coronavírus foi destaque em toda a imprensa mundial. A epidemia, que começou na China, já deixou mais de 74 mil pessoas infectadas no país, além de causar mais de 2 mil mortes até 19 de fevereiro de 2020.
No Brasil, o primeiro caso de coronavírus foi confirmado em São Paulo no dia 26 de fevereiro. Em Macaé, há um caso suspeito da doença, confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Segundo a prefeitura, uma mulher de 22 anos, deu entrada no Hospital da Unimed, recém chegada da Itália, apresentando quadro de infecção respiratória sem sinais de gravidade, nesta quinta-feira (27).
Ainda de acordo com o município, imediatamente foi aplicado protocolo estabelecido pela SES, sendo a paciente orientada a permanecer em quarentena domiciliar, fazendo uso de máscaras, até que seja divulgado o resultado do exame, o que deve ocorrer nas próximas 24 horas.
Não há no momento um tratamento específico para o novo coronavírus. E, se também não temos uma vacina, como se prevenir desse agente infeccioso originário da China?
Entre os sintomas de doenças causadas pelos coronavírus estão: tosse; dificuldade respiratória; falta de ar; febre. Em casos de síndromes respiratórias mais graves, podem ocorrer insuficiência renal e até mesmo morte.
Diante disso, veja as respostas para oito dúvidas comuns sobre como se proteger dessa doença. Elas foram escritas a partir de documentos da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Infectologia e de uma entrevista com o infectologista Alberto Chebabo, do centro Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, que pertence ao Grupo DASA:
Cumprimentos sem beijinho no rosto
A infectologista Ho Yeh Li, da Faculdade de Medicina da USP, recomenda algumas mudanças de hábito. "Sempre que há circulação de vírus respiratório, precisamos parar de cumprimentar com beijinhos no rosto", afirma ela.
Viagens
Questionado sobre casos de pessoas que tenham viagens programadas para o exterior, o Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que "vale a regra do bom senso", mas que não se pode parar a vida. "Se não é necessário, para que programar uma viagem para um local preocupante?", disse o ministro.
"Se o Brasil, daqui a pouco tiver um número de casos sustentados, tanto faz pra gente", completou Mandetta.
Medidas de higiene pessoal ajudam a se prevenir do coronavírus?
Ele é transmitido por gotículas de saliva e catarro que se espalham pelo ambiente. Até por isso, a principal forma de prevenção é lavar as mãos com água e sabão frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e mexer com animais. Ter um frasco de álcool gel na bolsa também é indicado.
Ao adotar essa estratégia, evita-se que o vírus acesse seu organismo após você colocar as mãos em uma superfície contaminada. A mesma medida, aliás, vale para afastar o risco de gripe e outras tantas infecções.
Como evitar a infecção em locais públicos?
Primeiro, reforçamos que não há motivo para pânico. A mortalidade do coronavírus não parece ser muito alta e não enfrentarmos uma epidemia no Brasil.
Ainda assim, vale seguir aquela recomendação aplicada a qualquer doença que se dissemina pelo ar: mantenha distância de pessoas que apresentem sintomas como tosse, coriza e febre.
Por outro lado, ao espirrar e tossir, cubra o rosto com um braço ou lenço descartável. Seguindo essas orientações, você cuida de quem está ao seu redor e de si mesmo.
Usar máscara no rosto evita o coronavírus?
Você provavelmente já viu imagens de pessoas nas ruas da China com máscaras no rosto em reportagens dos telejornais. E sim: ela pode reduzir um pouco o risco de infecção.
No entanto, o acessório é recomendado em situações locais de surto intenso. Esse é o único cenário no qual se indica a máscara para a população geral.
Até porque, quando não empregada corretamente, ela só dá uma falsa sensação de segurança. No mais, de pouco adianta vestir esse equipamento e não lavar as mãos.
Posso viajar para lugares onde há circulação do vírus?
O Ministério da Saúde, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que viagens para a China e outros países muito afetados sejam realizadas somente em situações de extrema necessidade.
Se for impossível adiar uma ida à China, siga as medidas de higiene pessoal e evite grandes aglomerações. Também prefira alimentos cozidos e não compartilhe talheres.
Lembre-se de não passar as mãos nos olhos, nariz e boca ou entrar em contato com bichos doentes.
Outro conselho é manter a caderneta de vacinação em dia, mesmo que não haja imunizante para o novo problema. Isso porque, em conjunto com o coronavírus, outros vírus e bactérias causariam estragos adicionais.
Um estudo chinês, publicado no periódico The Lancet, investigou os sintomas e grupos mais vulneráveis a essa doença e mostrou que a maior parte dos quadros graves se deve à imunidade baixa dos pacientes.
Ou seja: o coronavírus é mais perigoso para quem está com o sistema imunológico fraco, o que pode ocorrer devido à ação de outras infecções, a exemplo da gripe, que tem vacina.
Quais as orientações para quem acaba de países onde há epidemia do vírus?
Basicamente, fique atento aos sintomas. Se você apresentar febre e sintomas respiratórios dentro de 14 dias, compareça à unidade de saúde mais próxima e não deixe de informar seu histórico de viagem.
Tenho que tomar algum cuidado especial em aeroportos?
Como ali há deslocamento de pessoas do mundo todo, é crucial aderir às medidas de higiene e prevenção em locais públicos.
Nos aeroportos brasileiros, há distribuição de materiais informativos e avisos nos auto-falantes sobre como se comportar. A principal medida é que pessoas com quadro febril procurem o atendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no próprio local.
Posso comprar produtos importados da China?
Boa notícia para quem anda preocupado com as compras online: não há possibilidade de o vírus continuar ativo até chegar no Brasil.
Fora de um organismo vivo, o coronavírus não sobrevive por muito tempo. Como o tempo de deslocamento dos produtos de lá para cá é grande, ele não resistiria à viagem.
Fonte:O DiárioLagos
Nenhum comentário:
Postar um comentário