Cláudio Castro, governador em exercício do Rio
Após uma missa na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, neste domingo, o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, falou ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, sobre a declaração do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos. Em delação à Justiça, Edmar disse que Castro participava de desvios, conforme o GLOBO publicou no último sábado.— Em primeiro lugar, isso está em segredo de Justiça. Eu não recebi nada ainda. Se eu receber alguma coisa, eu vou estar transigindo a Justiça, então, isso na hora que eu for citado, eu vou falar nos autos — disse ele.
Castro afirmou ainda que processará o ex-secretário de Saúde por calúnia:
— Se ele realmente fez isso, ele será tranquilamente processado.
Castro comentou ainda a investigação do Ministério Público do Rio a respeito de uma suspeita de que recebia propina de uma empresa que tinha contratos milionários com o governo, a Servlog. Um vídeo ao qual a TV Globo teve acesso — que está no processo e foi gravado em julho do ano passado — , mostra o então vice-governador em um shopping na Barra com uma mochila. Lá, o governador em exercício encontrou com o dono da Servlog, Flávio Chadud. A empresa tinha contratos com Fundação Leão XIII, subordinada a Castro e responsável por projetos sociais.
Um dos após o encontro, Chadud foi preso na Operação Catarata. Outro alvo da operação foi Bruno Campos Selem, braço direito de Chadud que fechou um acordo de delação já homologado pela Justiça. Selem diz calcular que, no encontro com Chadud, Castro tenha recebido R$ 100 mil em dinheiro vivo.
O governador em exercício diz que entrar em um prédio com uma mochila não é crime e negou que nunca encontrou o delator no escritório da Servlog. Ele também alegou não ter sido investigado na Operação Catarata e negou o recebimento de propina.
Sobre os números da Covid no estado, Castro disse que encontrará o secretário de Saúde, Carlos Alberto Chaves, ainda esta semana. Na pauta, um dos assuntos a ser abordado é a volta às aulas.
— O secretário de Saúde vai me encontrar esta semana. De ontem até quarta-feira ficou de fazer uma análise das condições sanitárias. Tendo condições volta. Não tendo, a gente espera mais um pouco. Eu estou esperando a resposta técnica da secretaria — destacou.
O governador em exercício comentou ainda o decreto da última quarta-feira que permitia presença do público nos estádios com 30% da capacidade. Durante o fim de semana, a CBF vetou o retorno dos torcedores:
— A questão dos estádios é que o decreto ficou bem claro é que o lugar tem que ter as bandeiras sanitárias, ver o protocolo do Ministério da Saúde. E o que o estado falou é o seguinte: quem cumprir aquele protocolo, estando nas bandeiras corretas, o equipamento está liberado. A questão do jogo, se vai ter ou não, ela é de responsabilidade das federações e dos clubes.
Quanto à prorrogação do Regime de Recuperação Fiscal, uma das prioridades de Castro desde que assumiu o governo, ele disse que o estado está cumprindo o estabelecido pela União, mas destacou que há algumas divergências:
— Está cumprindo. Tem algumas coisas em que há divergências. Eles elogiaram muito a nossa questão da despesa e faltava ainda a questão da receita. Só que o próprio plano dizia que o Brasil tinha que crescer e o Brasil não cresceu. Então, se o próprio Brasil não cresceu, não tinha como o estado crescer. Então, são questões técnicas que estão sendo debatidas. Eu creio que vai terminar num final feliz.
Ao "Bom Dia Rio", a defesa de Flávio Chadud negou acusações e afirmou que ele não teve chances de se explicar. Alegou, ainda, que Selem tratou as imagens e deu a definição que quis.
Extra/Show Francisco
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