Todas as vacinas presentes nos calendários de imunização de crianças e adolescentes farão parte da ação
(Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles)
Na próxima segunda-feira, 5 de outubro, terá início a Campanha Nacional de Multivacinação, uma ação conjunta entre as Secretarias de Estado de Saúde (SES), a União e as Secretarias Municipais de Saúde. A campanha terá o objetivo de atualizar a caderneta de crianças e adolescentes entre 6 meses e 15 anos. Todas as vacinas presentes nos calendários de imunização de crianças e adolescentes farão parte da ação.
A campanha também contará com um Dia D de mobilização, em 17 de outubro. Nesta data, considerada o Dia Nacional da Vacinação, o chamado à população será intensificado para garantir um alcance maior da campanha. As vacinas serão aplicadas nos postos municipais de Saúde da capital e do interior.
Valter Almeida, gerente de Imunização da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ressalta a importância da campanha de vacinação e do Dia D em 17 de outubro, que cairá num sábado:
– O fim de semana é quando há, geralmente, maior facilidade dos responsáveis de ir às unidades de saúde porque eles não estão com suas rotinas profissionais – explica Almeida:
– O sábado, então, é quando a gente faz um chamamento ainda maior para a população.
Vacina de sarampo para adultos
Em conjunto com as vacinas da criança e do adolescente, também será oferecida imunização contra o sarampo para todos da faixa etária entre 6 meses e 59 anos. Almeida explica que, com essa medida, evita-se a exposição desnecessária da população à Covid-19, pois “é possível aproveitar a ida do responsável pelas crianças à unidade de saúde para atualizar a própria situação vacinal dele”.
A SVS estima que cerca de 50% da população-alvo da campanha ainda necessita atualizar a caderneta de vacinação. A cobertura ideal varia entre 90% e 95% para cada imunizante até o fim do ano. Alexandre Chieppe, médico e assessor técnico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, explica que esses dados, no entanto, devem ser analisados com cuidado. Devido a uma mudança no sistema de informações do Ministério da Saúde (MS), que passou a utilizar o e-SUS, alguns municípios tiveram dificuldades de inserir os dados no sistema.
Ainda assim, de acordo com o médico, é possível observar que a pandemia afetou a cobertura vacinal do estado. Ele explica que, com a Covid-19, “as pessoas ficaram temerosas de sair de casa para ir às unidades de saúde”.
Chieppe explica a importância da vacinação para evitar o reaparecimento de doenças já controladas no país.
– Entendemos que as pessoas tenham receio de sair de casa, mas a orientação aos municípios foi no sentido de adequar os postos de vacinação às medidas de biossegurança que garantam que não haja transmissão – assegura Chieppe.
– Por isso, que a nossa orientação, agora que nós temos uma diminuição no número de casos de Covid-19, é que as pessoas não deixem de levar as crianças para se vacinar.
Imunização de populações indígenas
As populações indígenas também serão atendidas na Campanha Nacional de Multivacinação. Essa população tem um calendário de imunização próprio, similar ao geral, mas com diferenças na posologia. Isso porque há diferenças entre as populações em questões como a exposição a doenças, o que provoca diferenças na imunidade dos indivíduos.
Apenas no Estado do Rio de Janeiro, há cerca de 700 pessoas integrantes de povos indígenas, em Angra dos Reis, Paraty e Maricá.
Durante a campanha, assim como durante as imunizações de rotina, a SES terá o importante papel de receber as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde e distribuí-las aos municípios. Cada volume é calculado pela equipe técnica da secretaria com base na população do município, sua capacidade de armazenar as doses e outros dados importantes, como a quantidade de doses de cada vacina de que o município já dispõe.
Além disso, a campanha depende de esforço logístico para garantir que os imunizantes não ficarão represados em nenhum dos pontos de distribuição. No momento que as doses enviadas pelo Ministério chegam, a central da secretaria já está pronta para enviá-las aos municípios.
As vacinas que integrarão a campanha
Todas as vacinas presentes nos calendários da criança e do adolescente serão parte da Campanha Nacional de Multivacinação. No calendário da criança, que inclui a imunização de crianças de até 10 anos de idade, são 14 vacinas no total. São elas: BCG, Hepatite B, Penta (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e poliomielite), Polio inativada, Polio oral, Rotavírus, Pneumo 10, Meningo C, Febre Amarela, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), DTP (tríplice bacteriana), Hepatite A e Varicela.
No calendário do adolescente há mais vacinas, além de reforços das imunizações feitas na infância. São elas: Hepatite B, Febre Amarela, Tríplice viral, Difteria e tétano adulto, DTPa, Meningocócica ACWY, HPV quadrivalente e Varicela.
Fonte Terceira Via
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