Segundo o alergista e imunologista Marcello Bossois, é comum tratar o pulmão como único responsável por uma eventual falta de ar, mas não é bem assim:
— Às vezes o paciente esquece de cuidar das vias aéreas superiores, como nariz, seios da face, garganta e faringe, locais onde podem ocorrer rinite ou sinusite. Incluo aí o estômago, onde pode se desenvolver a doença do refluxo gástrico esofágico, capaz de gerar falta de ar — frisa Bossois, coordenador técnico do projeto social Brasil Sem Alergia, acrescentando que, durante a pandemia, 25% dos pacientes que procuram serviços de emergências relatando dificuldade de respirar e suspeita de infecção apresentam quadros psicossomáticos.
Em casos de falta de ar e sensação de sufocamento em crises de ansiedade, o psicólogo Ronaldo Coelho diz que o ideal é dar a atenção à respiração:
— A concentração deve ser simplesmente em soltar o ar, com força. Quando a pessoa está numa crise, ao invés de soltar o ar, ela fica só puxando. Só se deve soltar o ar com muita força e relaxar o corpo.
Sinal que deve ser encarado com atenção
Para Irma de Godoy, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a falta de ar é um sinal de alerta que precisa ser bem observado, principalmente por quem nunca sentiu o sintoma anteriormente.
— Se o paciente começa a ter falta de ar, ele deve procurar atendimento imediato para que o médico possa definir a causa. Apenas o profissional poderá avaliar o sintoma, caracterizá-lo adequadamente para saber se aquela falta de ar é decorrente de um problema cardíaco, pulmonar, de uma anemia etc. — orienta Godoy, destacando que o sintoma atinge até 25% da população e até 50% das pessoas com doenças graves.
Controlar o ambiente também é muito importante. Pelos e penas, por exemplo, são alguns agentes que podem ser responsáveis pelos processos alérgicos. Confira acima as dicas para evitar o problema.
Extra/Show Francisco
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