Temas como armar a Guarda Municipal e permitir construção de “puxadinhos” são pontos de divergência entre vereadores Foto: Alexandre Cassiano em 28-01-2015 / Agência O Globo
Selma Schmidt, Yasmin Setubal*, Pedro Medeiros (colaborou)*RIO — Um terço dos vereadores eleitos no Rio não quer opinar a respeito de temas sobre os quais terão que decidir. Durante duas semanas, O GLOBO procurou todos os 51 parlamentares que venceram nas urnas em 15 de novembro, para que eles respondessem a cinco perguntas. Mas 19 deles (37%) nada quiseram falar, sendo que 15 já são vereadores e foram reeleitos. Já os 32 que participaram da pesquisa mostraram que dificilmente serão aprovados na nova Câmara projetos espinhosos como armar a Guarda Municipal, aumentar a alíquota previdenciária dos servidores públicos municipais, de 11% para 14%, e antecipar os recursos dos royalties para cobrir o rombo do Tesouro.
A proposta que, inicialmente, tem mais chances de passar é a que retorna o IPTU a valores de 2017 e 2018, como proposto pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). O levantamento mostra ainda que a maioria dos eleitos condena a Lei dos Puxadinhos, suspensa pela Justiça, que legaliza acréscimos irregulares, aumenta gabaritos e permite construir acima da cota 100 (cem metros acima do nível do mar) em áreas da cidade.
Silêncio estratégico
Sobre os que preferiram não se pronunciar, a escolha pode ter sido uma estratégia política, na opinião do cientista político Ricardo Cenevita, professor da Uerj.
— Eles temem que o futuro prefeito possa direcionar menos verbas no orçamento para suas emendas — sugere ele.
Quatro novatos na Casa estão entre os que silenciaram. Jorge Braz (PL) alegou que quer se inteirar mais dos assuntos. Celso Costa (Republicanos) informou que perdeu o sogro na semana passada. Enquanto Luciano Vieira e Márcio Ribeiro, ambos do Avante, nada explicaram.
Fonte Extra
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