O candidato à prefeitura Eduardo Paes, do DEM, vota no Gávea Golfe Clube, em São Conrado, acompanhado da mulher e dos filhos Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo
RIO – A cidade do Rio de Janeiro será novamente governada por Eduardo Paes, a partir de janeiro de 2021. O candidato do DEM venceu as eleições municipais ao conquistar 64,41% dos votos contra 35,59% do atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), com 87,96% das urnas apuradas. Ao longo da campanha, Paes sempre apareceu com favorito nas pesquisas de intenção de voto nos dois turnos e confirmou o resultado.A vitória de Paes marca o retorno do ex-prefeito que governou a cidade de 2008 a 2016 ao cenário político do Rio. Nas duas últimas eleições, ele saíra derrotado nas urnas: no pleito municipal sequer conseguiu levar seu candidato, Pedro Paulo, ao segundo turno; em 2018, viu o desconhecido Witzel derrubar seu então favoritismo para o governo estadual.
Também consolida a sua força política na capital do Rio. Apesar da derrota em 2018 no estado, Paes conseguiu virar sobre Witzel na cidade no segundo turno. Para evitar a decepção de dois anos atrás, o candidato do DEM mudou de estratégia. Moderou o discurso, abraçou progressistas e conservadores e evitou o tom por vezes debochado ao criticar figuras nacionais.
Com a tática de não se associar a nenhum padrinho político, montou uma ampla aliança partidária, se coligando ao PSDB, Cidadania, PL, entre outros. De quebra, no segundo turno, ganhou mais alguns apoios como o do PSD, e de lideranças do PT e do PP. O PSOL pregou o "não voto" a Crivella.
Antes mesmo da confirmação da vitória, já era possível ver no entorno do ex-prefeito nomes que deverão ter ascendência no futuro governo. É o caso do médico sanitarista e ex-secretário de Saúde Daniel Soranz e do deputado federal Marcelo Calero (Cidadania), que abriu mão de uma candidatura própria para coordenar a campanha e deve ficar responsável por um setor de compliance na prefeitura.
O atual vice na chapa, Nilton Caldeira (PL), ainda não tem posto definido, mira um papel na articulação política. Até o Republicanos, partido do prefeito Marcelo Crivella, também será alvo de Paes em busca de uma base aliada, apesar do embate entre os dois na campanha.
Fonte Extra
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